Olhar Conceito

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Carreira

engenharia

Aluna do IFMT é aprovada em três universidades dos EUA e em federal de Santa Catarina

Aluna do IFMT é aprovada em três universidades dos EUA e em federal de Santa Catarina
Com apenas dezessete anos, a mato-grossense Luana Aparecida Gomes, estudante do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) campus Tangará da Serra foi aprovada no processo seletivo de três universidades dos Estados Unidos da América (EUA), e pelo Sisu na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Por não ter alcançado 100% de bolsa no exterior, ela optou por ficar no Brasil, onde vai estudar Engenharia Mecatrônica.

Leia também:
Aluno do IFMT tira 913 no ENEM e passa em 6 faculdades de medicina; veja rotina de estudos

Luana se inscreveu para os processos seletivos depois de assistir a uma palestra do Escritório Education USA, no IV Workif (Worshop de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação do IFMT) que ocorreu em Cuiabá, em 2016. Ela foi aprovada na University of Evansville, Seton Hall University e University Bridgeport, rejeitada em uma das opções e em quatro ainda não obteve retorno.

Sua escolha pelo curso de mecatrônica, segundo ela, se deu pela proximidade que teve com a matéria durante o ensino médio. Ela era estudante técnico integrado em Manutenção e Suporte em Informática do IFMT. “A princípio eu queria fazer engenharia mecânica. Eu passei para esse curso também, mas preferi optar pela mecatrônica, porque além da parte da mecânica aborda a parte de informática que eu gostei muito quando estudei no IFMT. Para mim o curso técnico integrado de Manutenção e Suporte em Informática atendeu as minhas necessidades".

Gilcélio Luiz Peres, diretor geral do campus Tangará da Serra, afirma que o bom desempenho de Luana é a confirmação de que as instituições públicas são merecedoras de confiança e de mais investimentos para se consolidarem como uma ferramenta de oportunidades, principalmente para a população mais carente. "A Luana é inspiração para os estudantes, porque deixa claro que dedicação e saber aproveitar as oportunidades são o caminho para alcançar o sucesso. Ao mesmo tempo, ela inspira a nós, educadores, na medida em que vemos suas conquistas o resultado do nosso trabalho", disse orgulhoso o diretor-geral. Antes do IFMT, a aluna estudou somente em escolas públicas.

"As minhas atividades extracurriculares, praticamente todas, estão relacionadas ao IF, seja através da participação em feira científica, como no time de Xadrez do IFMT. Eu participei dos Jogos do Instituto Federal de Mato Grosso (JIFMT) nos anos de 2016 (sediado no Campus Tangará da Serra) e 2017 (sediado no Campus Sorriso) representando meu campus. Todas essas coisas contam numa seleção nos Estados Unidos da América. Além disso, fazer parte de um projeto de extensão, ser bolsista e estar na liderança desse projeto conta mais ainda. Essas atividades são muito bem vistas aos olhos das universidades dos Estados Unidos, e certamente foram essas qualidades que me fizeram ser aceita em três delas", conta Luana.

Apesar das boas notas, a estudante explica que se tivesse obtido um melhor desempenho no TOEFL (teste de proeficiência da língua inglesa), teria sido selecionada também para Harvard, Santford e Yale, que tem mais oportunidades de oferecer bolsas 100%. "Eu precisava tirar 100 no TOEFL e tirei 81. Se eu tivesse tirado uma nota maior, juntamente com as atividades extracurriculares que eu tenho, teria a aceitação numa dessas universidades. A partir do resultado da prova de proficiência, tive que optar por universidades menores. Isso me fez perder a vontade de estudar fora", relembra.

Para entrar na UFSC, ela destaca que o apoio do Instituto foi fundamental, já que como estava dedicada aos processos seletivos dos EUA, não estudou para o ENEM. "Eu não parei para estudar ao Enem, em nenhum momento. Eu ter tirado 690 de média, não é baixo, mas não é a melhor nota de todas. Se eu não tivesse tido professores que se dedicassem tanto em suas aulas, preparassem com tanta eficácia, não tivesse tido laboratórios, biblioteca, livros, dentro do Instituto Federal, certamente a minha aprovação no Brasil não teria se dado dessa forma. Talvez não tivesse tido essa nota", conta.

Agora, ela afirma que vai continuar tentando ir para fora, mesmo estudando no Brasil. "A vontade de estudar no exterior ou até mesmo trabalhando lá continua presente. Eu observei que a UFSC tem várias oportunidades de intercâmbio, talvez durante a graduação eu consiga participar de algum programa", finaliza.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet