É um desconcerto este meu descompasso. Quarta-feira chegou e eu não sei sobre o que escrever nestas linhas que se seguem. Preciso de inspiração. Acho que o mundo inteiro precisa de inspiração. E às vezes, é a simplicidade que nos toma e nos invade de novos sentidos. Basta uma palavra, uma música, um sorriso, um abraço, um poema, uma flor.

O que precisamos para nos invadir a alma um sentimento que nos faça continuar, em constante movimento. Em um dia cinza com meus desalentos, no rush do trânsito, no transporte público precário, um sinal de que não podemos parar. “Não pare de sorrir”.

Não pare. Simplesmente continue, mesmo que sorrir seja a coisa mais dolorida a se fazer. É o sorriso que estampa a cara que colore a vida. Tire o peso dos ombros e deixe ser invadido por um singelo sorriso. Pode ser uma inspiração.

O mundo vai de torto a direito, são tantas preocupações, com a violência, poluição, degradação ao meio ambiente, intolerância religiosa, direitos humanos, etc e etc.

E a globalização nos conecta em uma rede de meandros que ainda não temos muita noção do seu poder de união (tivemos uma pequena amostra com os protestos realizados em todo o Brasil). Mas, estar perto, nem sempre significa que haverá uma busca.

Quantas pessoas dizem: Eu me preocupo e isto basta. Pré-ocupa-ação, é se ocupar antes de agir, e nem sempre significa que haverá resultado disto.

Para estar em movimento e fazer as coisas acontecerem é preciso não parar. Continuar sorrindo, se deixar invadir pela inspiração, mesmo que seja com o pequeno, para depois passar ao grande, e assim, perpetuar um ciclo de ação, e se isso não der certo, paciência, o mundo não parece que conseguirá chegar até a próxima volta mesmo.

(Só se houver mais inspiração, e menos preocupação).