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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Coluna de estreia: Do fanatismo à barbárie não há mais do que um passo

Arquivo Pessoal

O futebol, esporte que leva multidões às arquibancadas a fim de torcerem, vibrarem por seus times, tem se destacado cada mais nos noticiários brasileiros e internacionais, principalmente agora que o nosso país será sede de um dos eventos mais importantes do calendário esportivo mundial: a Copa.

Gostaria de ressaltar que o futebol parece ter-se originado na China do século III, no entanto, ganhou notoriedade na Inglaterra medieval e se tornou mundialmente difundido no século XIX.

Ainda em relação à origem de futebol, chamo a sua atenção para a antiga prática desse esporte pelos cavaleiros medievais, em que então era considerada como uma rude competição.

Já de volta aos dias atuais, têm-se noticiado muita violência dentro de estádios partindo de torcedores, ou como alguns dizem fanáticos.

Cabe tentar buscar na origem deste termo o porquê desse amor pelos times. Fanático é um termo que veio do latim “fanaticus”- louco, entusiasta, inspirado por algum deus, originalmente relativo a um templo.

Já o termo torcedor provem do verbo também latino “toquere”, que tem o significado original de torcer, desvirtuar, distorcer, torturar e atormentar.

Segundo o professor Ari Riboldi, “o torcedor, na verdade,vê apenas o que lhe é favorável. Por seu amor incondicional ao clube do qual é simpatizante e seguidor, é capaz de desvirtuar as notícias a seu favor”
Tendo como base essa afirmação e as raízes latinas, concluo com uma citação de Diderot: “do fanatismo à barbárie não há mais do que um passo”.

*Jefferson Almeida é professor de línguas estrangeiras, estudante de letras da UFMT e membro do grupo de pesquisa “História do português brasileiro” da USP/UFMT. É amante de literatura, têm 24 anos e fala seis línguas.


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