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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Ronco, sinal de alerta sobre a respiração

Reprodução / Da Assessoria

Dormir com alguém que ronca pode ser algo bem desagradável. O distúrbio do sono normalmente não representa um incômodo para o roncador, o problema é que quem ronca não percebe. Nesse caso, é importante procurar um profissional qualificado quando o barulho aparece, pois, se for recorrente, pode ser um indício de que há algo de errado com a saúde.

O médico pneumologista e cooperado da Unimed Cuiabá, Lucas Bello, explica que o ronco é um distúrbio do sono, causado pela passagem do ar através da garganta, indicando que uma diminuição ou estreitamento desta região está dificultando a respiração. “Além de prejuízos para a saúde do roncador, o ronco resulta em sérias perturbações para as pessoas mais próximas”, ressalta.

Apneia do sono


Segundo Lucas Bello, o ronco e a apneia do sono estão associados, sendo que o ronco é o ruído, um sinal de que o paciente não consegue respirar direito. É muito comum pessoas que roncam terem a apneia do sono, doença caracterizada por pausas na respiração durante o sono. Muito freqüente nas pessoas que roncam, a apneia do sono pode comprometer a qualidade de vida e trazer complicações para a saúde.

As apneias podem se repetir centenas de vezes durante uma noite, impedindo o sono profundo e reparador porque fazem a pessoa despertar após cada pausa respiratória. Como este despertar não é consciente, o portador da doença pensa que dormiu a noite inteira e não entende por que no dia seguinte se sente cansado e sonolento.

Os sintomas mais freqüentes da apneia são roncos, engasgos durante o sono, sono agitado, despertares frequentes, às vezes com sensação de sufocamento, despertar pela manhã com boca seca, cansaço ao longo do dia, sonolência diurna, queda de rendimento físico, intelectual e laboral, desânimo, alteração do humor, irritabilidade, ansiedade e stress, facilidade para ganhar peso e dor de cabeça ao acordar.

Fatores de risco

O ronco pode ocorrer em qualquer idade. Os riscos para desenvolver distúrbio respiratório do sono aumentam com a idade e com o peso corporal. A doença ocorre principalmente nos homens, obesos e de meia idade. Mulheres pós-menopausa também têm o risco aumentado de desenvolver a doença. Obesidade, alterações anatômicas nas vias aéreas superiores, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e hipertensão arterial também favorecem o distúrbio.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença é feito com um exame chamado polissonografia, realizado enquanto a pessoa dorme. Neste exame são feitos registros de vários parâmetros que permitem avaliar a qualidade e a quantidade de sono. “A polissonografia pode ser solicitada por qualquer médico e em Cuiabá. Nós o realizamos na Clínica do Sono, um local especialmente construído para que a pessoa possa dormir e ter seu sono registrado e analisado por médicos especialistas.”

Tratamento

O médico explica que casos leves podem ser tratados com medidas simples como redução do peso ou mudanças de posição para dormir, como por exemplo, não dormir de barriga para cima.

O tratamento dependerá da avaliação clínica e do resultado da polissonografia, que irá identificar a gravidade do problema. A terapia é feita de uma forma individualizada, específica para cada pessoa. “Com o tratamento adequado a pessoa para de roncar e dorme melhor”, frisa.

Há medidas a serem adotadas para amenizar os sintomas da doença como evitar ganho de peso, evitar o cigarro, manter as vias aéreas superiores permeáveis, dormir em ambiente adequado para uma boa noite de sono, não dormir embriagado e não fazer refeições pesadas antes de dormir.

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