O clima maluco de Cuiabá me fez sair preparado para mais um dia de calor e, horas mais tarde, me ver sem agasalho nenhum. Resultado: passei alguns momentos sofrendo com o vento gelado vestindo apenas camiseta fina e shorts para caminhada.

Sei que o frio cuiabano é ameno se comparado a outros lugares do Brasil e do mundo. Mas, o meu rápido momento tremedeira me remeteu ao filme Frozen: Pânico na Neve, de 2010. Esse longa-metragem é a prova que filmes de suspenses e terror não precisam exagerar na ação e em efeitos especiais para atraírem a atenção do espectador.

Três amigos decidem esquiar nas montanhas geladas dos Estados Unidos e são esquecidos em um teleférico antes da última descida. Pendurado a metros de distância do solo, eles passam uma noite bem gelada com direito a hipotermia, queimaduras de frio e ataques de lobos.

Para sobreviverem, eles tomam medidas extremas, que infelizmente, não dão certo. Ironicamente, um dos atores principais da obra, Shawn Ashmore, é o mesmo que atuou como o Homem de Gelo em três filmes do X-Men. Se em uma película, ele é capaz de manipular o gelo, em outra, ele é devastado pela neve.

Um dos pontos altos do filme é com certeza a maquiagem. A equipe de produção realmente consegue convencer que os três jovens estão sofrendo com a baixa temperatura. Mérito que também deve ser creditado aos atores. Apesar do clima tenso, Pânico da Neve é, na verdade, uma repetição de fórmula.

É facilmente comparado com Mar Aberto (2003), que conta a história de um casal de namorados que é esquecido no mar pela equipe de guia de turismo após um mergulho. Coincidências à parte, eu prefiro Pânico na Neve, já que o público está cansado de ver o que um tubarão pode fazer com nadadores e surfistas desobedientes.

Voltando ao filme em questão, destaque à cena que mostra um dos esquiadores pulando do teleférico para ver se consegue chegar ao chão a salvo com o intuito de pedir ajuda. Durante a queda, ele quebra as pernas, agoniza, chama a atenção de alguns lobos e é devorado sem chances de reagir. Outra boa sequência é quando a mão de a mocinha do grupo fica com a mão colada em uma barra de ferro. Momentos que te deixa aliviado e pouco se importar com o clima frio de Cuiabá.

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