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Mé Coado em Várzea Grande, no Sarau das Artes Free, um Blues na Chapada dos Guimarães e as novidades da coluna

Dewis Caldas

Há quatro semanas comecei a coluna e muitas ideias, dicas, toques e reclamações me foram enviadas. É exatamente essa a função da coluna, atender a demanda dos músicos e dos que acompanham a cena musical cuiabana. E assim, vamos estrear novas coisas por aqui, um exemplo? Os classificados, que vai juntar músicos que estão atrás de bandas e bandas que estão atrás de músicos. E também, começa hoje, a seção três perguntas da semana. A cada texto uma pequena entrevista será feita para um músico local, sobre a carreira e cena. E é só o começo. Deixa de falação e vamos lá!

Em Várzea Grande, um dia histórico!



Sábado a avenida Couto Magalhães - uma das principais da vizinha Várzea Grande - foi fechada. E não foi para nenhuma micareta, nem carnaval nem aniversário de uma loja de eletrodoméstico. No palco, bandas independentes, do rock ao pop, compondo a segunda edição do Festival RockDay, que é uma iniciativa da UFMT em parceria com a Prefeitura lá de VG. Um evento que teve doze horas de duração, mostras de vídeos e toda uma áurea de ocupação de uma cidade que praticamente faz parte da capital. Uma ponte não é nada! Além de lotar a avenida, a festa proporcionou a ida de várias bandas do circuito independe cuiabano para o outro lado do rio Cuiabá. E serviu pra mostrar que experiências e ideias como estas podem sim dar certo. Nem vou citar os nomes, mas toda a equipe do departamento de cultura da UFMT está de parabéns, pelo segundo ano fazendo um evento que faz a diferença não só para o público mas também para as bandas. E que a ocupação continue.

O Sarau que todo mundo vê, menos quem deveria



O Sarau das Artes Free é – hoje - um dos símbolos da produção artística livre em nossa cidade. E não falo isso não é por causa das quase 40 edições que já foram feitas (eu disse quareeenta), mas por tomar de assalto espaços público que até pouco tempo era marginalizado, ou entregue para um tipo de produção musical que não é autoral. A postura é simples: o palco é livre, quem quer cantar, dançar, ler um poema... É só levantar. Mas disso você já sabe. O que você não sabe é o quanto o evento, ou a iniciativa, é mal vista pelo Governo, tanto do Estado como pelo Município. Além do caso emblemático que foi o aniversário de Cuiabá, que juntou artistas de várias gerações da música, do teatro, das artes plásticas, para um Sarau que serviu para confrontar o evento oficial com 39 artistas lá no SESI Papa. Mas o lance é que mesmo depois do fato, e mesmo o Sarau Free tendo um papel importante TAMBÉM na revitalização de locais com a Praça da Mandioca, ainda sim, a equipe não tem apoio de nada, e ainda correm o risco de serem marginalizados. Até quando?

Chapada é Jazz, é rock e também é Blues



E Chapada dos Guimarães tem mais um grande evento. Além do tradicional Festival de Inverno, e do Chapada in jazz, agora teremos o Blues Chapada – Moda, Música, Gastronomia e Audiovisual. Começa na sexta (24) e dura o final de semana inteeeeiro. Na programação tem lançamento de coleção, de filme e até um cortejo blues que vai rolar no entorno da Praça Bispo Dom Wunibaldo (praça da igreja matriz). É ou não é uma coisa linda? Vários restaurantes estão participando, e ainda tem uma homenagem ao grande blueseiro americano, B.B. King. Veja o site e te prepara pra subir pra lá www.blueschapada.com

>>>>>>>>  Três Perguntas da Semana com Cezin Zezin



De nascimento Cesar Henrique Faleiro Ribeiro, o Cezin é daqueles músicos que tocam de tudo, nas cordas ou na percussão, cantando e até dançando. Tocou na banda Trieiro e é responsável por uma série de projeto legais que muta gente não sabe que ele está por trás. E a entrevista com esta figura estréia a nossa nova seção. Vamos simbóra.

Mé Coado - Como começou esta loucura toda da música na tua vida?

Cezinha - Foi lá no Tocantins, em Gurupi, tocando contrabaixo numa banda de rock de camaradas que estudavam comigo. Mas em casa meu pai e mãe cantam de curtição e sempre tinha um violão por perto, desde os 14 anos, por ai. Então em casa tive essa iniciação e foi só colocar um instrumento na minha mão para não demorar muito para eu entender que era isso que eu queria. E até hoje estou nessa vida.

Mé Coado - E como chegou em terras cuiabanas?

Cezinha - Foi com o grupo Trieiro ha uns 5 anos, chegamos em Barra do Garças para participar de um festival que não existe mais. Depois percorremos várias cidades, Nova Xavantina, São Felix do Araguaia, Cáceres, Alta Floresta, Tangará... Até que chegamos na capital, e fomos nos instalando. Mas foi uma loucura, o povo fica surpreso com vários malucos chegando dentro de uma Kombi, mas aí quando íamos nos apresentar, conseguíamos quebrar esse gelo e depois estava tudo bem... Nossa onda era chegar nesses lugares, que tinham um atrativo natural, ou um rio ou cachoeira, e ficar por lá, celebrar esta natureza, e o Mato Grosso é campeão. Depois que o grupo acabou decidi ficar por aqui mesmo e continuar a saga com músico solo.

Mé Coado - E a carreira solo depois do Trieiro?

Apesar de eu não tocar o mesmo repertório que fazíamos na época, toco em vários projetos por causa da banda Trieiro, tanto coisas autorais como de buteco, grandes clássicos. Tipo tem um forró no Chorinho (Bar Choros e Serestas) que eu faço a zabumba e canto, quando alguém pensa em forró em Cuiabá hoje já lembra de mim pelo que eu fiz no Trieiro... O maracatu que eu misturo com o rock eu levo para as bandas Fua e Mr.Fuck e os falcatruas. E a gora estou prestes a viajar para a Europa com o grupo Chalana, de Cáceres, vamos passar dois meses viajando por lá, em países como Bélgica, França, Espanha... è um grupo com 40 pessoas e tocamos no grupo... Vamos tocar rasqueados, sambas, chôros... vaneras, xote, frevo, forró e tudo o que lembra o Brasil para os gringos, vai ser fantástico.

CLASSIFICADO PERMANENTE DE MÚSICOS E BANDAS - Encontrei aqui

Bandas Procuram!

O guitarrista André Felipe Frey está montando um projeto junto com a cantora e violonista Karola Nunes. A ideia é fazer som autoral sem preconceitos e estão recrutando músicos. 

Banda com influências de heavy metal, hard rock eprogressivo está procurando baterista e baixista. Gostou? Entre em contato com Luiz Felipe Costa 

O Otávio Souto está montando uma banda, com o foco na música autoral, e está precisando de baixista. Alguém se candidata? Clique aqui e entre em contato através do facebook do músico

A cantora e compositora Flávia Pires está recrutando de um violonista. Ficou interessado, fale com ela pelo facebook aproveita e dá uma sacada nas músicas já lançadas pela artista.

O produtor musical Guilherme Telis está precisando de um baterista, um baixista e um tecladista para um novo projeto em parceria com a Bia Galvão. Se ficou afim manda uma mensagem pra ele por aqui. 

Músicos Procuram

O vocalista e guitarrista Andrei Serotini está procurando banda. As influências dele são Beatles, Chuck Berry, Rolling Stones, Black Crowes, Led Zeppelin, Pink Floyd, Miles Davis e por ai vai. Entre em contato no 9228-5705 ou pelo facebook. 

o baixista Jean Franck Chipicóski acabou de chegar de Maringá e está louco para tocar por aqui. Se interessou? vai lá na página dele. 

O guitarrista Felipe Miranda está montando um grupo com influência de blues, rock roll, reggae, e rap, mesclar todos estes gêneros... As referências são O Rappa, Jimmi Hendrix, Charlie Brown, Pentágono, Rage Against the Machine. Se identificou? Clique aqui

AGENDA DA SEMANA

* Hoje no Butekão Snooker Bar tem a balada Connect Project, a partir das 20h com os Dj’s Frederico Horvatich, Gilberto Farias e D. Moraes. Em frente ao Planeta City lar da Fernando Corrêa.

* Como a Sexta Blues entrou de férias, o Canelas Bar vai receber amanhã a banda de Cáceres, River band, que junta clássicos do rock nacional e internacional para os amantes da boa cerveja. No repertório? Paralamas do Sucesso, The Police, Titãs, Beatles, Pink Floyd, Legião Urbana, Dire Straits, Nirvana, Pearl Jam, U2, Charlie Brown Jr, Engenheiros do Hawaii, Black Sabbath, Ac/Dc e um tanto mais. E está rolando promoção na fan Page do bar, corre lá

* E também na sexta, no Cavernas Bar, a banda Velhos Jovens, de Rondonópolis, faz uma homenagem dupla, aos guitarristas Jimi Hendrix e Eric Clapton. Além do show, vai ter também vídeos a noite inteira dos guitarristas homenageados. Começa as 22h e custa R$10.

* E no dia seguinte, os Velhos Jovens se apresentam novamente no Cavernas Bar, agora com um super tributo ao Pink Floyd. As 21h será exibido o filme The Wall, um clássico feito a partir do disco da banda inglesa, lançado em 1979. A entrada custa R$ 10.

* E sábado tem o show 200 Km/h – Crônicas da Música Autoral, no Canelas Bar. Com o mote “Para fazer nossa vida uma obra de arte”, o evento terá o Power trio Caio Mattoso, Joseph Skull e Maykonn Sauder e ainda os convidados: bandas Lord Crossorad e Os Viralatas, e a poesia de Anna Marimon, a dança de Judite Botega, as artes plásticas do Caio André a discotecagem de Gabriel Mograbi. E pra completar, ainda PE o pré-lançamento do livro Subterfúgios Urbanos, de Wuldson Marcelo. Começa as 22h e custa R$ 10.

Tem eventos para divulgar, então mande no dewiscaldas@gmail.com
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