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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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'vem pra rua'

Avenidas e praças históricas de Cuiabá servem de palco para mudança

Foto: Reprodução Facebook/ Breno Ricardo Marques

Avenidas e praças históricas de Cuiabá servem de palco para mudança
As avenidas históricas da capital mato-grossense foram preenchidas por um mar de gente que trazia estampado no corpo a vontade de mudança no país. A Praça Alencastro, as Avenidas Getúlio Vargas, Isaac Povoas e Tenente Coronel Duarte, mais conhecida como Prainha serviram de palco para a manifestação na quinta-feira (20).

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Uma data que daqui pra frente ficará marcada na história de Cuiabá, quando quase 50 mil pessoas foram para as ruas reivindicarem por seus direitos. Ainda eram 16h, uma hora faltava para o início da caminhada organizada pelas redes sociais que tinha a expectativa de parar Cuiabá, e, parou.




O local escolhido para a concentração foi a Praça Alencastro, que pegou emprestado o nome do Palácio Alencastro, onde está instalada a prefeitura de Cuiabá. Logo após sua construção, em 1903, a praça era um espaço destinado para o lazer e se transformou num ponto de encontro de amigos e familiares.

Anos mais tarde, o local serviu de palco para shows musicais que ocorriam duas vezes por semana e contava com a segurança do, hoje, 44º Batalhão. Apenas os mais abastados podiam frequentar e passear na Praça Alencastro, no entanto, esse retrato do passado ficou borrado com as imagens que vimos ontem.

Porém, o foi visto nesta quinta-feira (20), cuiabanos sem distinção de credo ou raça munidos de cartazes, buzinas, nariz de palhaço, caras pintadas e bandeiras nacionais reafirmaram o novo significado do logradouro: Protesto.

O relógio marcou 17h e o carro de som já estava estacionado ao lado da Catedral Basílica Bom Jesus de Cuiabá. O Hino Brasileiro foi o toque do sino, a badalada fina convocando aqueles manifestantes ainda dispersosl: era hora de ir paras as ruas.

Quando a canção símbolo do país começou, rostos e cartazes viraram-se e seguiram para a Avenida Getúlio Vargas, a primeira avenida da capital construída durante o programa “Marcha para o Oeste”.  A via foi construída para agrupar prédios destinados à administração pública, agências bancárias, hotéis e espaço para lazer, com exceção dos prédios públicos que foram transferidos para o Centro Político Administrativo (CPA).




Divididos por razões ainda não esclarecidas, uma grande parte dos manifestantes decidiram subir a Getúlio Vargas, enquanto outra parte desceu a via em sentido à Prainha. Um dos dois grupos subiu a Getúlio até o 44º Batalhão do Exército, nesse instante, os manifestantes precisavam resolver um impasse: ou seguiam em frente com destino a Secopa, ou retornavam pela Avenida Isaac Povoas. Sendo assim, o grupo achou melhor descer a avenida que tem o nome do ex-prefeito de Cuiabá, responsável pela transferência do Horto Florestal da atual Isaac para margem esquerda do rio Coxipó.

Manto humano

No meio do caminho os que estavam na parte de cima da Isaac ficaram impressionados com a multidão que havia tomado conta de toda via, e o mesmo aconteceu com aqueles que chegaram à parte de baixo e viram a imagem se repetir logo acima de suas cabeças. O que se ouvia das bocas eram, “estou arrepiado”. Um manto humano tomou o lugar dos carros, que diariamente tiram a paciência dos cuiabanos em horário de pico.

Já cruzando a Tenente Coronel Duarte, os passos fortes dos manifestantes passaram por cima do córrego da Prainha, lugar que no passado já foi fonte de riqueza do município. Ansiosos para chegarem à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o grupo que se dissipou no primeiro momento voltou a ser um só, formando um corpo de quase 50 mil cuiabanos. 
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