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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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philipa

Curta-metragem de cineasta cuiabana retrata o surgimento de uma doença mental e as primeiras alucinações de uma garota

Foto: Reprodução

Curta-metragem de cineasta cuiabana retrata o surgimento de uma doença mental e as primeiras alucinações de uma garota
O surgimento de uma doença mental e as primeiras alucinações de uma garota de vinte e poucos anos são mostrados no curta-metragem criado pela recém-formada Lívia Camila como seu Trabalho de Conclusão do curso de Rádio e TV da Universidade Federal de Mato Grosso.

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Em quase nove minutos de duração, ‘Philipa’ é uma vídeo-arte que traz sensações diferentes a cada espectador. Dividido em três partes, ele começa com a apresentação das confusões mentais da mente da garota através de alguns animais regionais. Na segunda parte, ela cai dentro de si mesma em um possível afogamento e, por fim, se perde em suas alucinações.

A cineasta Livia Camila contou ao Olhar Conceito que teve como inspiração para criar o filme a trajetória de uma tia que tinha esquizofrenia: “Mas eu nunca presenciei um ataque dela, porque era muito criança e quando cresci passei a morar longe. Só ouvia relatos da família, mas eu relatei uma parte da loucura como eu achei que fosse”. 


A cineasta Livia Camila (Foto: Arquivo Pessoal)

O filme foi feito com uma equipe de duas pessoas, Lívia e Helena Gentile. “Minha ideia inicial era ter como personagem uma mulher negra, porque é o que menos tem no cinema. Mas como era minha primeira experiência dirigindo, eu queria alguém que fosse próximo a mim, e as pessoas que eu conhecia com esse perfil não estavam disponíveis”, explica.

Criação

O roteiro de ‘Philipa’ surgiu durante uma aula de roteiro na faculdade. Já com essa ideia, Livia conta que teve dificuldades de criar diálogos mais ‘orgânicos’ e reais por ainda ser uma iniciante. “Fui tratando o roteiro e conheci o Marchetti – cineasta cuiabano. Aí ele começou a me fazer perguntas, e eu não sabia nada, percebi que ainda estava crua”.

Depois desta conversa, ela começou a pesquisar sobre vídeos experimentais e chegou na vídeo arte: “A diferença deve estar na duração e no fato de que a vídeo arte cabe em diferentes plataformas”, afirma Livia. Uma de suas inspirações foi Bill Viola, um vídeo artista americano.

Pensando em projetar seu filme nas paredes de uma sala, Lívia criou uma fotografia que une três telas – mesmo no computador. “É uma estética que vem das vídeo instalação. Geralmente, as mais comuns são emparelhados dessa forma, mas existe vídeo instalação de todos os jeitos. No teto, no chão... Porque a intenção é que seja exibida numa sala grande, cada tela num projetor. Então as telas saem muito maiores e com maior nitidez”, explica.

Agora, depois que publicou o filme online, a cineasta busca festivais para inscrevê-lo. “Eu não ia publicar, mas achei que aí ele seria esquecido”, finaliza.

Assista ao filme Philipa:

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