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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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associação brasileira de hoteis

Depois de 2 hoteis fechados em 2016, presidência da ABIH procura medidas para alavancar turismo

Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito

Bruno Delcaro, novo presidente da ABIH

Bruno Delcaro, novo presidente da ABIH

A Associação Brasileira de Indústria e Hoteis apresentou, na última sexta-feira (8), sua nova direção em Mato Grosso. Com um cenário ruim para enfrentar, o novo presidente Bruno Delcaro (sócio-proprietário dos hoteis Delcas e Delmond) e o novo vice-presidentre André Machado (gerente do Deville) expuseram as ideias e propostas para alavancar o turismo mato-grossense. Em especial, o cuiabano.

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Segundo o novo presidente, o cenário não é animador desde 2012. “Estamos vivendo uma crise dentro de outra crise”, afirma. Depois da Copa do Mundo de 2014, foram criados três mil novos leitos só na grande Cuiabá, o que, para a Associação, deixou a cidade com uma oferta muito maior do que a necessária. “Temos leitos demais e a crise política, o que só agrava, pois não tem hóspede e as contas só aumentam”.

Atualmente, estão disponíveis na cidade 12700 leitos, que tem uma taxa de ocupação de 50%, em média. Para Bruno, o ideal seriam nove mil. Só a grande Cuiabá tem 144 dos 300 meios de hospedagem do estado.

Como consequência, dois grandes hoteis da capital já fecharam as portas neste ano: Mangabeira e Slaviero. Um deles, inclusive, está sendo reformado para se tornar uma clínica médica: “Temos essa grande oferta de leitos, mas os hoteis também não podem ficar fechados, esse foi um dos caminhos encontrados por eles”, disse Bruno.

Apesar do cenário, a Associação está em busca de alternativas. Dentre elas, está a realização do encontro “Hotelaria e Negócio”, que será realizado no próximo dia 28 de julho no Hotel Deville. “A ideia deste encontro é trazer fornecedores e hoteleiros para fazer negócios, e criar uma sinergia entre os players. O turismo é uma fonte de receita que tem que ser mais trabalhada em todas as vertentes”, afirma o novo presidente.

No encontro, além do ‘networking’, haverá palestras pela manhã e também um painel com Toni Santo, case de sucesso da São Paulo Conventions Visitors Bureau (SPCVB). Quem quiser participar deve apenas ir ao Deville no dia 28, a partir das 9h.


André Machado, vice-presidente da ABIH e gerente do Deville (Foto: Isabela Mercuri / Olhar Direto)

Outras medidas

Não são poucos os motivos que fazem com que o turismo mato-grossense não se desenvolva. Dentre as reclamações mais frequentes estão a falta de segurança, de transporte público de qualidade, infra-estrutura cara, ICMS caro sobre a conta de luz (o que aumenta o custo dos hoteis e, consequentemente, das diárias), e também a atual ‘má fama’ do Brasil quando se trata de turistas estrangeiros.

Para driblar essa realidade, a Associação estuda, por exemplo, promover um concurso de fotografia sobre Cuiabá, dando uma câmera como prêmio. “Seria uma forma espontânea de divulgar a cidade, pois cada um postaria as fotos nas redes sociais. Isso também será discutido dia 28”, explica Bruno. Além disso, outra ideia é promover o “Natal Luz” na Arena Pantanal.

Neste ano, a ABIH incentivou a vinda de turistas dando ofertas nos hoteis aos que participassem, por exemplo, do carnaval, da Corrida de Reis e de algumas edições do Vem pra Arena. “É uma forma de fazer com que o turista do interior, por exemplo, que viria pra passar só o dia, fique e se hospede aqui. Nós achamos o Vem pra Arena incrível, por exemplo, mas pensamos que a Secretaria poderia trazer shows maiores para atrair o pessoal das outras cidades”, disse Bruno.

Por fim, discutindo a ‘competição’ com meios de hospedagem mais baratos, como AirBnb, Bruno afirma que os hoteis não devem travar uma rivalidade, como aconteceu com taxi e uber: “Aqui em Cuiabá o Airbnb ainda não é um concorrente forte da hotelaria. Ele tem benefícios, mas o grande diferencial dos hoteis ainda é a qualidade. (...) O problema é que no Brasil as coisas são tratadas com dois pesos e duas medidas. O hotel tem que ter alvará, tem custo de impostos... o que não pode é ser injusto”, finaliza.
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