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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Cuiabanos abrem suas casas para hospedar turistas brasileiros e estrangeiros

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Carolina (esq.) é a anfitriã e Simonia (dir.) a hóspede

Carolina (esq.) é a anfitriã e Simonia (dir.) a hóspede

Quando soube que seu novo emprego a deixaria mais longe de Cuiabá do que perto, a veterinária Carolina Limonge Kavlac, 35, decidiu abrir sua casa para turistas. Isso aconteceu pouco tempo antes da Copa do Mundo de 2014 e, logo no começo, ela já recebeu alemães, colombianos, chilenos e nigerianos. Hoje, dois anos depois, as portas continuam abertas. Nesta semana, sua hóspede era Simone Marques Nonato, 52, de Brasília.

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Carolina e Simone ‘se conheceram’ por meio do ‘AirBnb’. Fundado em 2008, mas popularizado recentemente, o AirBnb é uma empresa que permite que as pessoas anunciem suas casas (ou parte delas) para acomodação de viajantes. “Não importa se você precisa de um apartamento por uma noite, um castelo por uma semana ou um condomínio por um mês: o Airbnb conecta as pessoas a experiências de viagem únicas, preços variados, em mais de 34.000 cidades e 191 países”, diz o site.

Simone, a hóspede de Carolina, já passou por outras experiências antes. Em 2015, viajou para Paris e Bordeaux, e nas duas cidades se hospedou pelo AirBnb. “Eu acho que o principal é a comodidade. Em um hotel você tem a dificuldade de horário para comer, para cozinhar, e quando você fica em uma casa fica mais fácil”, conta.

A brasiliense veio a Cuiabá junto com o irmão, que mora no interior de Mato Grosso e está na capital fazendo tratamento contra o câncer. “Achei melhor alugar um apartamento, também, porque meu irmão está com restrição alimentar de sal. Então é mais fácil de prepara a comida aqui”.


Carolina e Simonia em um dos quartos da casa em Cuiabá (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

Para os irmãos, que vieram em dois e alugaram o apartamento inteiro, o preço ficou parecido com o de um hotel. No entanto, a casa de Carolina tem seis lugares e ela diz que não se importa com a quantidade de pessoas que quiserem dormir em colchões. O preço da diária – pelo apartamento, não por pessoa – é de R$150, para no mínimo duas noites. Fazendo uma conta rápida, se seis pessoas se hospedarem ali, o total fica R$50 para cada um, por duas noites.

“Sempre vem concurseiros, pessoas a trabalho, turistas do interior também. O valor que recebo me ajuda a pagar o financiamento do apartamento, mas o mais importante pra mim é não deixar o local parado, vazio”, conta. “Lógico que já aconteceram alguns problemas. Algumas coisinhas quebradas, mas eu não ligo, se eu estou abrindo minha casa eu estou me sujeitando a isso”.

Carolina conta que, no início, só deixava aberto para aluguel dois dos quartos da casa, porque no terceiro ficavam suas coisas. “Depois eu decidi desapegar de vez. Abri a casa toda e, quando eu venho pra Cuiabá e tem gente na minha casa, eu fico na minha mãe”.

A veterinária optou por alugar todo o imóvel. No AirBnb, no entanto, há a possibilidade de alugar um quarto, ou até mesmo um sofá, mesmo que você more no local. Uma das premissas é, além da economia, conhecer pessoas que vivem no local, os costumes de cada um. “Quando fiquei em Paris, convivi com as pessoas que moravam no condomínio, vi como é o estilo de vida deles. Isso também é muito legal”, lembra Simonia.

Outra moradora de Cuiabá que já teve a experiência de viajar pelo AirBnb é Natália Ilka Nascimento, 31. Ela já foi para Porto Alegre e Fortaleza e, nas duas vezes, alugou todo o espaço do apartamento. “Na primeira vez optei por alugar o apartamento todo, portanto, não convivi com a dona. Ela foi me receber, entregou a chave, mostrou o apê. Foi super solícita e simpática. Deixou até alguns biscoitos na cozinha e me orientou um pouco sobre a cidade. Não fiquei apreensiva, talvez por estar locando de uma mulher e porque eu não estava sozinha na viagem. O lugar correspondia à descrição, a localização era ótima e por ser um apê, é mais aconchegante do que ficar em hotel”, conta.


Natália em Fortaleza (Foto: Arquivo Pessoal)

Por suas contas, somente na segunda viagem chegou a economizar cerca de R$400 na hospedagem, comparado ao preço de um hotel. Depois das experiências, ela sempre usa o AirBnb como primeira opção: “O Airbnb tem diversas opções, então dá pra se adaptar bem ao bolso e ao gosto da pessoa. Nas duas vezes optei por não alugar um quarto na casa de alguém, então não convivi com os donos dos locais. Mas é uma possibilidade que não descarto em minhas próximas viagens”.

Todas as negociações e até o pagamento no AirBnb são feitas pelo site. Segundo Carolina, os hóspedes pagam para o site, com cartão de crédito, assim que fazem a reserva. No entanto, ela só recebe o valor combinado depois que os turistas fazem check-in e confirmam que o local é exatamente como anunciado. O site fica com uma comissão. “Os clientes pagam uma porcentagem a mais, e nós, donos da casa, ainda recebemos um pouco a menos. Mas é muito seguro fazer pelo site”, explica.

Depois da hospedagem, tanto o hóspede quanto o anfitrião escrevem sobre sua experiência no site, e dão notas nas páginas um do outro. Assim, se cria uma ‘rede’ onde, no futuro, quem for se hospedar ou receber as pessoas novamente, já sabe o que esperar.

Para quem quiser abrir as portas de sua casa, ou encontrar um ‘canto’ para ficar ao redor do mundo, pode conhecer mais sobre o AirBnb AQUI.
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