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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Turismo gastronômico é grande aposta das agências de viagens; MT ainda não possui tour específico

Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito

Chef Francisco Manoel Rebelo, palestrante na ABAV expo

Chef Francisco Manoel Rebelo, palestrante na ABAV expo

Os turistas de hoje em dia, muito mais que diversão e descanso, buscam conhecer novos sabores. Essa ideia foi apresentada pelo Chef Francisco Manoel Rebelo, na palestra “Slow + Comfort Food: a alimentação para a alma e mente criam um novo nicho de mercado”, na tarde desta quarta-feira (28), na 44ª Expo Internacional de Turismo da ABAV. Segundo o chef, a gastronomia é hoje motivadora de uma série de viagens, e é importante focar neste novo nicho para “driblar a crise”.

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Em Mato Grosso, apesar de um dos grandes atrativos ser a culinária, ainda não há um tour dedicato totalmente à gastronomia. “É um nicho ainda não explorado, as pessoas ainda estão investindo em ecoturismo, turismo de natureza e rural”, explicou o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens em Mato Grosso, Joari Proença.



A ‘lacuna’, no entanto, não é só mato-grossense. De acordo com o Chef Francisco Rebelo, o investimento em turismo gastronômico é maior nos Estados Unidos e países da Europa. O palestrante citou, por exemplo, uma pesquisa que mostrou que aumentou de 40 para 58% o número de norte-americanos que viajam exclusivamente para ter experiências gastronômicas. “O alimento funciona como fixador psicológico no plano emocional. Comer é ligar-se ao local e a quem preparou a comida”, disse, citando o pesquisador Da Motta.

Rebelo ainda lembrou da importância da promoção de feiras gastronômicas e encontros de gastronomia no geral, para atrair este tipo de público, a exemplo da ‘Mistura’, maior feira gastronômica do Peru.

Em Cuiabá, no mês de novembro, acontece a primeira edição do Pantanal Cozinha Brasil, com a presença da Chef Helena Rizzo. Além disso, no mesmo mês a capital recebe o 1º Congresso Vegetariano do Centro Oeste, provando o investimento no setor.

Slow e Comfort Food



Focando nos alimentos ‘da terra’, o movimento Slow Food nasceu na Itália e hoje já está em todo o mundo. A ideia de priorizar alimentos “bons, limpos e justos” também foi citada na palestra, como uma inovação para o turismo.

Em Cuiabá, o movimento é liderado pelo mestre queijeiro Pollaccia, e ganha cada vez mais adeptos desde o início deste ano, quando aconteceu o primeiro encontro. Atualmente, os associados se reúnem na Rua Estevão de Mendonça, em frente à Mundo Verde, às segundas, das 16h às 19h, e também aos sábados, das 8h às 12h, na Paneteria Tabacchi, no Jardim Petrópolis.

Em entrevista ao Olhar Conceito em fevereiro deste ano, Pollaccia sintetizou a ideia do movimento: “A ideia do slow food é que o alimento seja bom, limpo e justo. Bom porque tem que ter alta qualidade, melhor do que os industrializados, limpo porque deve respeitar a natureza, as pessoas e os animais, e justo porque o preço que se cobra deve ser justo com o consumidor, assim como o preço que se paga deve ser justo com o produtor”.

*O Olhar Conceito participa da 44ª Expo Internacional de Turismo da ABAV a convite da ABAV nacional.
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