Olhar Conceito

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Chef Paulo Vitor

bastidores e cultura gastronômica

Chef Paulo Vitor fala sobre a 'Westvleteren 12', melhor cerveja do mundo produzida por monges belgas

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Chef Paulo Vitor fala sobre a 'Westvleteren 12', melhor cerveja do mundo produzida por monges belgas
Olá amigos!

Na coluna de hoje vou conversar com vocês sobre as cervejas trapistas, ou seja, produzidas sob a supervisão dos monges da Ordem Trapista, uma congregação religiosa ligada à Igreja Católica. Elas são bebidas raras e, por este motivo, existe a seu redor uma ‘áurea’ especial.

Uma delas é considerada por muitos cervejeiros, e também por alguns concursos, a ‘melhor cerveja do mundo’: a Westvleteren 12, uma Belgian Dark Strong Ale. Produzida desde 1940, essa cerveja só é vendida na Abadia de Westveleren, na Bélgica, e não tem nem mesmo um rótulo.


Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Isto acontece porque as cervejas trapistas são fabricadas e vendidas para angariar fundos para manutenção do monastério, e todo e qualquer lucro deve ser doado à caridade. Desta forma, são produzidas em pouca quantidade e não têm grande interesse comercial.

Dos 171 mosteiros trapistas existentes no mundo, apenas onze são autorizados a marcar suas cervejas com o selo de autenticidade, garantindo a origem monástica de sua produção. Para garantir essa unicidade, em 1997 foi fundada a “Associação Internacional Trapista” (International Trappist Association) e, assim, empresas comerciais foram impedidas de usar o nome trapista. A associação - privada - criou um logotipo que é atribuído aos produtos que respeitem critérios de produção precisos.


Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

São esses critérios:

- Ser fabricada dentro dos muros de um mosteiro trapista, pelos próprios monges ou sob sua supervisão

- A cervejaria deve ter importância secundária dentro do mosteiro, e deve seguir práticas de negócios adequadas para o modo de vida monástico

- A cervejaria não deve visar o lucro, visto que todo dinheiro deve ser usado para manutenção do monastério e para caridade

Por ter tantas restrições, as cervejas trapistas são feitas em número restrito. A Westvleteren 12 (10,2% de álcool), por exemplo, não é vendida oficialmente no Brasil. A mesma abadia, na Bélgida, também produz a Westvleteren 8 (com 8% de álcool) e a Westvleteren Blonde (com 5,8% de álcool).

Confira um vídeo do ‘Mestre Cervejeiro’, em que ele prova uma das poucas Westvleteren 12 do mundo:



Por hoje é só! Até a semana que vem com mais “bastidores e cultura gastronômica”!

*Paulo Vitor é Chef de cozinha e proprietário do Restaurante Dom Sebastião.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet