O Dia Internacional da Mulher é comemorado em oito de março, e durante todo o mês diversas instituições realizam ações em homenagem a elas. O Sesc Arsenal é uma delas, e, por meio do ‘CineSesc’, vai exibir seis longas-metragens e três curtas, além de realizar uma sessão de debate, sempre colocando em discussão as questões do ser mulher, da discriminação, o assédio em diversos ambientes e a objetificação.

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O primeiro filme, ‘Para Fora’, é um drama alemão, e será exibido nesta quinta-feira (1), às 19h30. A seção é realizada em uma parceria do Sesc com a embaixada alemã. O filme tem 95 minutos, e conta a história de Hannes e Kiki, que são os responsáveis do ano por escolher o destino do grupo de ciclistas do qual participam. Os dois são da Bélgica, terra dos chocolates, e no meio do caminho Hannes tem uma surpresa pouco agradável sobre sua saúde, que ele não consegue mais esconder dos amigos.
 
Na sexta (2), é a vez de ‘Paulina’, filme argentino de 2015 que fala de uma jovem que largou sua promissora carreira de advogada para ser professora em uma região pobre. Sua escolha é colocada à prova ao ser estuprada por um grupo de alunos que a confunde com outra mulher. O longa volta a ser exibido nos dias 15 e 29, sempre às 19h30. A classificação indicativa é de 16 anos.
 
‘O sonho de Wadjda’, filme de 2012 feito na Arábia Saudita, será exibido no sábado (3), e também no dia 11 de março, às 19h30. Nele, uma garota vive em uma cultura conservadora e seu maior desejo é comprar uma bicicleta para disputar corrida com seu melhor amigo. Porém, encontra dificuldades para realizar seu sonho, pois bicicletas são consideradas perigosas para meninas e Wadjda terá que conseguir sozinha.
 
No domingo (4) e na sexta-feira (9), é a vez do documentário brasileiro ‘Meu nome é Jaque’, feito em 2016 por Angela Zoé. A história é da mulher transexual brasileira Jacqueline Rocha Côrtes, que vive com Aids, é casada e mãe de dois filhos e mora numa pequena cidade onde leva a vida voltada para a maternidade e a família. O filme aborda a diversidade e a essencialização do ser humano, e apresenta os inúmeros desafios que foram rompidos pela personagem, levantando uma reflexão sobre o preconceito, a homolesbotransfobia e a identidade de gênero.
 
Outro documentário brasileiro, ‘Antes de mãe, elas são mulheres’, feito em 2017 por Anna Lorenza, será exibido nos dias 10 e 18 de março. Nele são entrevistadas dez mulheres brasileiras, que falam sobre suas experiências e percepções pessoais sobre ser mulher e mãe. O documentário tem o objetivo de despertar reflexão e discussão sobre o que a TV não diz a respeito da maternidade, como o medo, a culpa, o puerpério e a ausência dos pais na paternidade. Busca repensar as possibilidades de mudanças na vida da mulher que passa por essa transformação.

O CineSesc Debate acontecerá na sexta-feira, dia 16 de março, e nesta data serão exibidos três curtas-metragens: ‘Vou contar para meus filhos’, ‘Quem cala não consente’ e ‘Autópsia’. O primeiro é um documentário de 24 minutos, feito em 2011 e dirigido por Tuca Siqueira. Ele fala sobre 24 mulheres que estiveram presas na Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, em Recife (PE), porque lutavam por igualdade social e pela democracia entre 1969 e 1979.

‘Quem cala não consente’ é de 2016, tem 15 minutos de duração e é dirigido por Cintia Kavaguti e Aline Fornel. A produção mostra casos de violência sexual contra a mulher no ambiente universitário.

Por fim, ‘Autópsia’ é um filme experimental dirigido por Mariana Barreiros em 2016. Com 8 minutos de duração, ele é uma inspeção de como a cultura e a mídia são responsáveis pela objeticação e desumanização da mulher e, portanto, da violência contra ela.

Confira a programação completa do Sesc para março AQUI.