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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Nunca foi condenado

História de matador que executou 492 pessoas vira filme; dois aconteceram em MT; Trailer

Foto: Reprodução

História de matador que executou 492 pessoas vira filme; dois aconteceram em MT; Trailer
A história do assassino de aluguel que atende pelo nome de Julio Santana e foi responsável por 492 execuções, virou filme – com estreia prevista para 9 de agosto deste ano. O trailer foi divulgado nesta terça-feira (10) e o longa contará a trajetória do ‘matador’, que não foi condenado pela Justiça e preso apenas uma vez. Em Mato Grosso, segundo os registros, dois crimes foram cometidos.

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O livro é baseado no livro homônimo de 2006, escrito pelo jornalista Klester Cavalcanti. Julio Santana escrevia o nome de suas vítimas em um caderno. Nele, ele relatou que duas das mortes aconteceram em Mato Grosso. Porém, não há detalhes sobre suas vítimas ou identidades. Pará, Tocantins e Maranhão foram os estados onde ele mais ‘atuou’.


 
O filme contará a história de Julio Santana, um jovem que vive com a família no interior do Brasil. Por lealdade ao seu tio Cícero (André Mattos), Júlio mata pela primeira vez. Descobre então uma perturbadora vocação, que irá se transformar em ofício.
 
O matador é atormentado por sua consciência a cada disparo, mas segue adiante, tornando-se um matador de aluguel que afirma ter assassinado 492 pessoas. Na vida real, o assassino está solto e escondido em uma cidade do interior do Brasil. Ele só foi preso uma vez e escapou após subornar um policial.
 
O ator Marco Pigossi interpretará o matador no cinema. "Queremos fugir do estereótipo", disse o ator, por telefone, de Tocantins onde está para as gravações. "O Julio Santana foge de tudo o que já fiz. Queremos mostrar o lado humano do matador". O livro foi lançado recentemente na Alemanha com o título "Der Pistoleiro”.
 
História
 
O primeiro crime como profissional ocorreu em 27 de julho de 1972. Pelo assassinato, recebeu 300 cruzeiros. “Ganhar 300 cruzeiros por um dia de trabalho era algo que ele jamais imaginara ser possível. Além disso, havia gostado da emoção que sentira ao matar Caetano.” Ele “queria ganhar mais dinheiro”.
 
Júlio matou quatro menores de 16 anos, 59 mulheres (“a maior parte delas teve a morte encomendada pelos próprios maridos, que acreditavam ter sido traídos”) e 424 homens. Sem contar “as três pessoas [Amarelo, Maria Lúcia Petit e Caetano] que matou antes de 1974, quando começou a anotar seus trabalhos” num caderno. Esse caderno era mantido escondido numa mochila, atrás do guarda-roupa, e nele havia um relato pormenorizado com os nomes de suas vítimas e as circunstâncias de suas mortes.
 
Após matar um funcionário público, em Carolina, no Ma­ranhão, voltou para casa e, deitando ao lado da mulher, disse: “Acabou”. Ela nada respondeu. Júlio comprou um sítio, onde mora com a mulher. “Não precisava de mais dinheiro. Já tinha tudo o que era necessário para ser feliz: uma boa casa, a roça e a família. E ainda havia guardado parte de suas economias na poupança. (…) Júlio Santana costuma dizer que só não vive totalmente em paz porque, de vez em quando, ainda sonha com algumas de suas vítimas.” O que ele faz? Reza as dez ave-marias e os 20 pai-nossos que aprendeu com o tio Cícero. “E volta a dormir.”
 
O filho mais velho de Júlio morreu aos 19 anos, num acidente de mo­tocicleta. “Júlio acredita que a morte do seu primogênito foi um cas­tigo de Deus por todas as desgraças que fez na vida.” Por não ter sido preso pela polícia e julgado e con­denado pela Justiça, pode-se dizer que Júlio, autor de vários crimes, não foi castigado? Por mais que se diga “tranquilo”, um homem que se sente vigiado, que teme a própria sombra, está irremediavelmente preso numa cela invisível. O “já” do título indica que, mesmo aposentado, Julão pode voltar a matar? Não se sabe. Nem Júlio, sua mulher e Klester certamente sabem. (Com informações do UOL e Euler de França Belém)
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