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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Endosuturas

Técnica que reduz estômago sem cortes será realizada pela primeira vez na Capital no Jardim Cuiabá

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Técnica que reduz estômago sem cortes será realizada pela primeira vez na Capital no Jardim Cuiabá
Uma nova técnica capaz reduzir o estômago sem que sejam feitos cortes, como ocorre na cirurgia bariátrica, passará a ser realizada na Capital a partir de segunda-feira (7). As suturas endoscópicas, utilizadas também para outras finalidades, começam a se popularizar no Brasil e aqui, serão desenvolvidas inicialmente por médicos do Complexo Hospitalar  Jardim Cuiabá. Após uma série de cursos no Brasil e no exterior, eles serão acompanhados por uma equipe de profissionais de São Paulo, responsável pelo maior número de procedimentos do tipo realizados no Brasil.

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De acordo com o gastrocirurgião Juliano Canavarros, a operação que desperta maior interesse na população é a gastroplastia endoscópica. Contudo, por meio das endosuturas também é possível realizar cirurgias revisionais, fixação de endopróteses, estancamento de sangramentos digestivos, dentre outros. “Utilizamos principalmente nos casos de redução de peso, mas também é possível, por exemplo, conter o sangramento de uma úlcera”, diz.

Ao Olhar Direto ele contou que duas das três pacientes que passarão pela cirurgia na próxima semana tiveram como motivação a perda de peso. O terceiro caso, no entanto, trata-se de um acompanhamento de uma operação realizada anteriormente no Paraná.

O procedimento é feito por um aparelho inserido pela boca do paciente. No estômago, pregas são suturadas na parede do órgão, diminuindo o tamanho do mesmo. A opção não é invasiva e não precisa de incisões. Os pacientes são anestesiados e o procedimento é feito por uma equipe especializada. No Hospital Jardim Cuiabá, os profissionais já receberam todo o treinamento necessário.  

As vantagens incluem menos dor, ausência de cicatrizes ou cortes na pele e rápida recuperação, já que o paciente pode ser liberado do hospital no mesmo dia. “Como esta será a primeira cirurgia realizada aqui, manteremos os pacientes em observação até o dia seguinte, por pura cautela. Mas via de regra, essa necessidade não existe, em todos os outros lugares eles são liberados horas depois da cirurgia”, explica o especialista.  

Canavarros, que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) e da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic (IFSO), explica que o procedimento é novo, tendo surgido há dois anos e começado a se popularizar no Brasil recentemente. Sendo assim, os custos para a operação dependerão da demanda de pacientes e de sua cobrança junto aos órgãos de regulação, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Quanto mais gente optar por essa cirurgia, mais fácil fica sua inclusão nos planos de saúde.”
 
 
Reprodução/Clínica Concon
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