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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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decorrência da greve

Greve interrompe fornecimento de flores e decoradores buscam alternativas para eventos e podem fechar lojas

Foto: Reprodução/Internet

Greve interrompe fornecimento de flores e decoradores buscam alternativas para eventos e podem fechar lojas
Os decoradores de casamentos, aniversários e eventos corporativos tiveram que abusar da criatividade para manter os eventos já marcados nas últimas semanas, já que grande parte das flores não chegaram, em decorrência da greve dos caminhoneiros, que já chega em seu oitavo dia.Rosas, lisianthus, alstromelias, aster, tango, e muitas outras estão em falta na cidade.

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Raquel Menezes, proprietária da Bela Flor, contou ao Olhar Conceito que não sabe se vai conseguir abrir a loja amanhã. “Hoje estou numa situação que não sei se vou abrir amanhã, não tenho um botão pra vender”, lamentou.

Segundo ela, ainda não foi cancelada nenhuma festas, mas são necessárias adaptações e substituições por flores tropicais, por exemplo, mais fáceis de serem encontradas por aqui. “É um grande prejuízo para produtores, fornecedores e prestadores de serviço da área... No final de semana passado ainda conseguimos adaptar algumas flores para fazermos as entregas, mas não sabemos como vai ser no próximo final de semana”, afirma.

Raquel explica que em um dia de loja fechada, seu prejuízo pode chegar a R$2 mil, ou até a R$4 mil caso haja o cancelamento de algum evento de pequeno porte, seu carro-chefe.

Quem também teve que pensar em novas alternativas foi o arquiteto Bruno Faust. “Na semana passada, que vi que nossa mercadoria não iria chegar, comprei algumas coisas por aqui, folhagens nobres para criar arranjos diferentes, e flores fack, que temos um estoque grande. Os eventos aconteceram sem mesmo dos convidados saberem, o cliente sim”, contou ao Olhar Conceito.

“Tivemos um evento que tínhamos um quarto da flor, mas como temos um acervo grande de material, fomos pela criatividade e o requinte, usamos muitos castiçais com velas, mais lustres, e isto supriu as necessidades. A negociação continua com as noivas desta semana, até agora nenhum manifesto de adiar. Há muita esperanças, estas negociações que nunca terminam, e a falta do combustível piora, pois não consegue nem voo para isto”.

Para Raquel, o problema maior fica no prejuízo dos comerciantes. “Acho que o pior é estarmos nos recuperando da pior crise que já vivemos. Quando achamos que as coisas estavam melhorando, vendo luz no fim do túnel, chegamos ao ponto de não ter produto pra vender e ainda sem poder fechar eventos novos essa semana, porque não sabemos como vai ser”, lamenta.

Entenda

A greve dos caminhoneiros entrou no seu oitava dia nesta segunda-feira (28) e parece que irá continuar, mesmo após o presidente Michel Temer (MDB) anunciar – na noite do último domingo (27) – ter atendido algumas reivindicações da categoria. Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Estado não houve alteração e 30 pontos continuam bloqueados para o tráfego de caminhões.
 
Desde a semana passada que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não divulga mais os trechos em que há a interdição dos caminhoneiros. O órgão explica que nestes locais não há interdições totais, sendo impedidos de seguir viagem apenas os caminhões.
 
Transporte público afetados, postos de gasolina sem combustível, prateleiras vazias nos supermercados e suspensão das atividades em escolas e universidades são alguns dos efeitos ainda verificados nas principais regiões metropolitanas. Porém, o movimento tem ganhado apoio da população e também de outras categorias.
 
No domingo, Temer anunciou novas medidas em mais uma tentativa de por fim à paralisação dos caminhoneiros. Entre elas está a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias, e a isenção de pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios. Durante o pronunciamento, foram registrados panelaços em vários Estados.
 
Esta redução de R$ 0,46 no preço do diesel custará ao governo R$ 10 bilhões. Conforme o Palácio do Planalto, os recursos serão cobertos pelo Tesouro via crédito extraordinário. O movimento do governo, porém, não surtiu efeito, e os caminhoneiros mantiveram a paralisação.
 
Nesta segunda-feira, diversos órgãos em Mato Grosso decretaram ponto facultativo e não irão funcionar. Um deles é a prefeitura de Cuiabá, onde serão mantidos apenas serviços essenciais como: coleta de lixo, manutenção de distribuição de água, defesa civil, fiscalização e orientação do trânsito serão mantidos. Na saúde, as unidades de urgência e emergência de pronto atendimento (UPA) das regiões Norte, no bairro Morada do Ouro e Sul, no Pascoal Ramos, policlínicas e Pronto Socorro também funcionarão regularmente.
 
Será ponto facultativo também nas unidades escolares da rede municipal de educação. Na secretaria de Educação todas as diretorias e o corpo técnico da SME estarão funcionando normalmente. O secretário de Educação convocou diretores e coordenadores para acompanhar a situação durante o transcorrer do dia.
 
A mobilização foi proposta pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e iniciou na manhã da última segunda-feira (21). Em razão dos pesados impostos e do baixo valor dos fretes, a categoria afirma que enfrenta uma grave crise e articula ações em todo o país para evidenciar o descontentamento com a atual política econômica. A PRF mantêm o diálogo com os caminhoneiros.
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