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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Após dois anos, exposição permanente de arte sacra é inaugurada na Igreja Santo Antônio

Foto: Assessoria

Após dois anos, exposição permanente de arte sacra é inaugurada na Igreja Santo Antônio
Será inaugurada na próxima quarta-feira (13), a exposição permanente da artista plástica mato-grossense Mari Bueno, na Igreja Santo Antônio, primeira paróquia do município de Sinop (500km de Cuiabá). A inauguração acontece no feriado municipal em comemoração ao Dia do Padroeiro, a partir das 9h, e, na sequência, haverá almoço em comemoração à data.

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Mari mora em Sinop desde 1979, e já realizou exposições e recebeu 26 premiações no Brasil e em outros países, entre eles, Itália, França, Alemanha, Suíça, Inglaterra, EUA, Portugal e Egito. Em seu currículo, estão três exposições no Museu do Louvre, em Paris, no Museu de Chianciano, na Itália, duas Bienais na Europa, a Bienal de Londres, onde ganhou menção especial por sua participação e a Bienal de Siena na Itália. Levou também 49 obras sacras para o Museu de Arte Sacra e Etnologia no Santuário de Fátima em Portugal, e, em seguida esta mesma exposição foi apresentada no Museu Tesouro da Misericórdia na cidade de Viseu, Portugal. E em 2015 na Basílica de Santo Ambrósio em Milão.

A artista é, ainda, pós-graduada em Arte Sacra e Espaço Litúrgico Celebrativo, estudou na Itália técnicas de mosaico, pintura, desenho e iconografia. Realizou mais de 1.200 m² de arte sacra em Igrejas, entre elas a obra da Catedral Sagrado Coração de Jesus, em Sinop. Associada da Academia Marial de Aparecida, é pós-graduanda em Mariologia e Teologia.

As obras

O trabalho na Igreja Santo Antônio levou dois anos, e aconteceu a partir de um convite da diretoria da paróquia. "É uma igreja católica, que remete ao padroeiro da cidade e tem uma ligação direta com o colonizador do município e região, que foi o Sr. Enio Pipino, que era devoto de Santo Antônio. Inclusive onde ela se encontra atualmente foi realizada a primeira missa da cidade. É um trabalho que envolve um resgate histórico, fazendo uma homenagem às pessoas que chegaram aqui no início da colonização e tiveram também um amparo da comunidade por meio da fé", afirma a artista.

De acordo com a assessoria, a escolha de Mari foi pelas cores mais quentes,  que remetem às características da região onde começa a floresta amazônica com tons terrosos e relacionados à flora. Além disso, as linhas e os elementos adotados nas obras são embasados na cultura local.

Intitulado ‘Cores de Santo Antônio’, o projeto recebeu o incentivo via lei Rouanet, por meio do Ministério da Cultura, e inclui os trabalhos de arte sacra na fachada da igreja (toda em mosaico); painel do presbitério (pigmento sobre textura e mosaico); montagem do altar, do ambão e da sedia (mosaico); pia batismal (composta por pedra, madeira e mosaico), sendo uma releitura da pia que já existe na Catedral de Lisboa, na qual o santo foi batizado; na Capela do Santíssimo (pintura sobre painel) e mosaico no Sacrário.

Em outra etapa, foi executado a via sacra, na parte externa, com técnica em mosaico, composta por 15 placas que estão no entorno do jardim, onde o visitante pode fazer o caminho, de estação em estação. Na parte interna, ao fundo da igreja, nas paredes das laterais, um espaço com a imagem de Nossa Senhora e Santo Antônio para o qual foi preparado um painel em pintura e mosaico. Nas paredes superiores, nas laterais da porta, um painel em pintura da Sagrada Família e outro de Santo Antônio. A história das edificações anteriores da igreja é contada por meio de cinco pinturas na parte interna sobre a porta principal.

Há, ainda, um painel histórico. "É um espaço que faz parte da história do município e toda a obra é voltada à comunidade. O projeto, agora, está na etapa de conclusão, fase que inclui registros, montagem de textos, catálogos, cartões postais, convites e folders", acrescenta Mari.

Para ela, o sentimento é de muita gratidão pela realização e finalização do trabalho. "Todos os trabalhos são especiais. Sempre tenho um amor e dedicação por cada igreja e exposição permanente de arte sacra composta, porque as considero únicas. Estudo a cultura local, a comunidade, então tudo é diferente em cada concepção. É muito gratificante olhar o local no qual entrei quando era criança, há cerca de 40 anos atrás, e agora realizar um trabalho tão importante nesse mesmo ambiente. Isso é um grande presente para minha vida pessoal e profissional", conclui.
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