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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Sonora Brasil

Músicos levam a tradição cultural quilombola para o palco do Sesc Arsenal

Foto: Divulgação

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Com tambores, cânticos e batuques, o SESC Arsenal transita entre o religioso e o profano de hoje até domingo (4). Quatro grupos musicais advindos de comunidades quilombolas se apresentam pelo projeto “Sonora Brasil”, com o intuito de difundir a tradição oral de suas comunidades. Os shows ocorrem sempre às 20h, no teatro do Sesc Arsenal. A entrada para as apresentações será um litro de leite longa vida.

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Vindos do Amapá, Bahia, Pará e Rio Grande do Sul os conjuntos: “Raízes do Bolão”, “Raízes do Samba de Tocos”, “Samba de Cacete de Vacaria” e “Alabê Ôni” apresentarão cânticos que aludem a fatos da vida social, ao trabalho e às crenças religiosas de suas comunidades. Os instrumentos utilizados são todos fabricados artesanalmente.

No primeiro dia, a “Raízes do Bolão” traz do Curiaú, área rural de Macapá o som do marabaixo e a dança típica da região. Essa manifestação cultural é associada a festividades da igreja católica em louvor a diversos santos como Santo Expedito, São Tiago, São José e remete a tradições seculares que tiveram origem nos quilombos da região. Dona Chiquinha, a matriarca do quilombo de 92 anos, é uma das figuras importantes do Curiaú. Através dela, os mais novos aprenderam as histórias e os cânticos do passado.



Já o “Raízes do Samba de Tocos” vem na sexta-feira (02) mostrar a tradição do samba de roda da Bahia. Liderados pelo Mestre Satu, apresentam-se em eventos locais geralmente de caráter profano e em algumas festividades religiosas, principalmente as ligadas a São Cosme e São Damião. O grupo foi organizado há sete anos a partir de laços familiares e amizades entre vizinhos. Os integrantes são camponeses que vivem na região da antiga fazenda de Tocos, no interior da Bahia e sobrevivem da atividade agrícola até hoje.



No sábado (03) as relações familiares e de vizinhança também dominam o palco do SESC Arsenal. O grupo paraense “Samba de Cacete de Vacaria” vive na zona rural da cidade de Cametá e se uniram devido ao apreço pelo samba de cacete. Seus cânticos são acompanhados por dois “tambouros” e mais um percussionista responsável os cacetes, além aa liderança do Mestre Benedito Moía.



Para encerrar, dia 4, o “Alabê Ôni” sobe ao palco para mostrar a história e a sonoridade do tambor de sopapo. Além disso o grupo mostra um repertório de maçambiques, quicumbis, alujás e candombes, manifestações da cultura negra gaúcha ligadas à tradição religiosa e profana. Os quatro músicos pesquisadores que integram o grupo são Richard Serraria, Mimmo Ferreira, Pingo Borel e Kako Xavier.

O “Sonora Brasil – Formação de Ouvintes Musicais” é um projeto temático do Sesc de circulação nacional que apresenta programações voltadas para o desenvolvimento histórico da música no Brasil. Além de Cuiabá, o Sonora passou por Rondonópolis no dia 08 de Julho. Os grupos dos Tambores e Batuques também passarão pelos outros estados da região Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Os demais estados recebem grupos que trazem o tema Edino Krieger e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea.
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