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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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fora do eixo RJ-SP

Rapper mato-grossense Pacha Ana se apresenta com FBC, expoente nacional

Foto: Reprodução

Rapper mato-grossense Pacha Ana se apresenta com FBC, expoente nacional
Um show de muita atitude feminina e resistência para balançar a cena do rap fora do eixo Rio-São Paulo: a rapper mato-grossense Pacha Ana se apresenta com o mineiro FBC, um dos expoentes do rap nacional, no dia 13 de abril. Poesia, arte e ritmo marcam a primeira edição do “Poesia de Rua 065”, na Casa Cuiabana.

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Rapper, cantora e poeta, Ana Gabriela Santana Corrêa é natural de Rondonópolis (MT), nascida em 1995. Vocalista do grupo de Maracatu Buriti Nagô, Pacha Ana também é uma das idealizadoras da Batalha das Minas e colecionadora de folhinhas em disputas entre Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. Na literatura falada, foi semi-finalista do SlamBR 2017 pelo Slam do Capim Xeroso.

Após lançar seu disco de estreia Omo Oyá no ano passado, 2019 só tem a somar para Pacha Ana, que foi convidada pelo idealizador do Poesia de Rua 065 para abrir o show do FBC. “Conheci o trabalho dele há uns 2 anos, por causa do grupo DV TRIBO lá de Belo Horizonte (MG), que ele é membro. Um dos trabalhos dele que mais gosto antes do disco é "Cimento e Lágrimas", sem falar do disco por inteiro, que é uma obra incrível e que me passa muita verdade”, comenta a rapper sobre o trabalho de FBC. A produção do disco dos dois foi feita pelo mesmo produtor.

FBC é mais uma voz que se une ao coro de artistas mineiros que estão despontando no rap nacional, como Djonga e Sidoka. Fabrício, o verdadeiro nome do rapper, é um dos maiores campeões do Duelo de MC’s de Belo Horizonte, e conta com alguns EPs antes de ter lançado o estrondoso “S.C.A.”, figurado como um dos melhores álbuns de 2018.

Ainda que Pacha tenha feito o caminho inverso – de cantar primeiro e depois perder o medo de rimar nas batalhas -, os dois marcam esse cenário de um movimento genuíno da comunidade. Além disso, fogem desse eixo Rio- São Paulo.

“Eu costumo dizer que Mato Grosso ainda não teve o boom que outros eixos tiveram com o rap. O eixo que São Paulo teve há 10 anos”, analisa Ana. “Mas não acho que somos atrasados por isso não. Acho que cada um tem seu tempo, somos um estado gigantesco que passa por várias etapas e várias barreiras, também. Somos um estado que predomina a soja, o gado, o agronegócio, e a gente sair do foco de sertanejo pra falar de rap já é uma vitória”.

Fora isso, o eixo fica ainda mais estrito, quando se trata da representatividade feminina dentro do próprio gênero musical, que é predominantemente masculino. A poeta e cantora se sente grata, por exemplo, de ser a primeira mulher a lançar um disco feminino de rap – que com certeza incentiva outras mulheres a fazerem o mesmo.

“A cena do rap está sendo expandida também por causa dessa nova geração, que está vindo com as batalhas, com o lance da visibilidade, e acho que a gente tem muito a crescer ainda”, comenta Pacha, ainda sobre batalhas que acontecem no interior do estado, como Cáceres, Rondonópolis e Primavera do Leste.

Os ingressos do show já estão à venda, no primeiro lote.

Ouça o som dos dois:



Serviço

Data: 13 de abril (sábado)
Horário: 21h
Endereço: Casa Cuiabana - Avenida General Valle, 181, 78010-010 Cuiabá
Entrada: R$ 20 na Lancaster Tabacaria
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