Transformações drásticas na geopolítica, economia e vida social e no próprio modo de ser dos humanos chegarão a partir de 2020, devido a uma série de mutações em ciclos e megaciclos planetários. Segundo a astróloga Maria Eunice Sousa, estas mudanças explicam o sentimento de exaustão coletiva dos últimos anos, e não deve passar logo.
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Em um artigo publicado em seu site e reproduzido pelo
Olhar Conceito, a astróloga explica tudo o que tem acontecido com os planetas, como isso se reflete na humanidade e, ainda, como é possível se proteger ou agir da melhor forma.
Maria Eunice começou a estudar astrologia em 2005, depois que foi à uma profissional para fazer seu mapa astral e se apaixonou. Depois disso, fez um curso básico e começou a estudar e ler tudo que tinha acesso. Em 2008, foi morar na Inglaterra e lá quis aprofundar seus conhecimentos. Estudou durante três anos no Centro de Astrologia Psicológica de Londres e obteve a graduação. Quando voltou para Cuiabá, em 2011, já começou a atender profissionalmente.
Leia a íntegra do artigo:
A grande mutação - antes e depois de 2020
Você tem se perguntado o que está acontecendo no mundo, que tudo está intensificado, extremado, assim meio... insano? Muitas pessoas, amigos e clientes têm me feito esta pergunta nos últimos anos e meses... E sim, há explicações astrológicas para isso! Já faz alguns anos que estamos fechando alguns ciclos astrológicos, de várias configurações planetárias, que se manifestam por essa intensidade que temos vivido nos últimos tempos - desde 2008, quando Plutão ingressou em Capricórnio ganhando volume com Urano em Áries, aumentando mais um pouco com a quadratura Urano-Plutão a partir de 2013 (e com a entrada de Netuno em Peixes em 2012) e nos últimos anos tá ficando estridente. Vários ciclos entre os planetas lentos estão atualmente em fase minguante ou decrescente – alguns estão mesmo na fase Balsâmica – ou seja, o planeta mais rápido do par em questão, depois de ter atingido o apogeu do ciclo corrente (oposição), está indo ao encontro de uma nova conjunção e nesse processo vai finalizando os assuntos referentes ao ciclo atual. Além dos ciclos individuais desses pares de planetas, também estão sendo finalizados alguns Grandes Ciclos e até Megaciclos – ciclos de longa duração e de grande impacto histórico e que envolvem mais de dois planetas – ciclos maiores, que levam centenas e centenas de anos para se desdobrarem. Por isso os anos recentes têm sido tão pesados e exaustivos, de modo que nos perguntamos: quando teremos um alívio nessa loucura? Essa loucura atingirá seu ápice entre 2019 e 2020, com a tripla conjunção entre Júpiter, Plutão e Saturno em Capricórnio (embora essa conjunção não fique exata entre os três ao mesmo tempo) e com a mudança de elemento das conjunções de Júpiter e Saturno, portanto, ainda temos pelo menos TRÊS anos extremamente intensos à frente. Aperte os cintos e prepare-se porque a “festa” está apenas começando! O que vimos até agora foi apenas ensaio!
Que ciclos são estes?
As conjunções dos planetas lentos marcam os tempos de grandes mudanças, de profundas, drásticas e poderosas transformações sociais e coletivas. Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão e o asteroide Quíron, quando se encontram, “botam mesmo para quebrar” e indicam fins e começos de eras. Júpiter, o primeiro dos planetas mais lentos, está na fase minguante de ciclos com vários planetas, a começar por Saturno, sobre o qual falamos no próximo parágrafo. Fecha ciclo também com Plutão – conjunção em 2020 (Júpiter-Plutão: Transformação das expectativas das sociedades) 1; com Netuno – quadratura minguante em 2019 e conjunção em 2022 (Júpiter-Netuno: Relação entre os ideais e as expectativas da sociedade) 1; com Quíron – trígono em 2018 e conjunção em 2023 (Júpiter-Quíron atribuindo significado ao sofrimento e à cura); e com Urano – trígono minguante em 12/2019 e nova conjunção em 2024 (Júpiter-Urano: relação entre mudança intelectual e as expectativas das sociedades) 1. A conjunção de Júpiter a Plutão ocorre ainda em Capricórnio, acontece três vezes entre abril e novembro de 2020 e, na verdade, essa conjunção também é parte do megaciclo Júpiter-Saturno-Plutão, do qual falamos mais à frente. Então, além do ciclo Júpiter-Saturno, temos mais quatro ciclos sendo finalizados nos próximos cinco anos. Outro que está fechando seus próprios ciclos é Saturno: fará conjunção a Plutão em 2020 e a Netuno em 2026, em Áries – Saturno fez a quadratura minguante a Netuno entre 2015 e 2016. Ao todo, temos simplesmente seis ciclos se fechando até 2024 e SETE se estendermos a conta até 2026. Acredite, é muita mudança em muito pouco tempo, porque os planetas envolvidos são os “Big Dogs”, os “Cachorros Grandes” cósmicos, que, como já disse acima, dividem a história entre “antes e depois”.
Os Senhores do Tempo
As conjunções de Júpiter e Saturno, os planetas sociais, marcam as grandes mudanças sociais, políticas, econômicas e os ciclos de crescimento. Na antiguidade os planetas exteriores, Urano, Netuno e Plutão, não eram conhecidos – só foram descobertos depois da invenção do telescópio – e Júpiter e Saturno eram chamados os “Grandes Cronocratores”, ou os “Grandes Regentes do Tempo”, ou ainda os “Senhores do Tempo”. Essa conjunção estava associada a mudanças nos governos: à morte do velho rei, um período imediato de caos e ao aparecimento de um novo rei. O tema principal é o novo substituindo o velho, mas, principalmente, o encontro desses dois planetas é considerado, há milênios, como divisor de águas político, econômico e social, ou seja, históricos pontos de mutação. Os ciclos de Júpiter e Saturno também estão associados com as grandes religiões:
“as grandes religiões tradicionais, quase todas, estão associadas com uma dada conjunção de Júpiter e Saturno, que marca o nascimento de sua ‘encarnação’: Moisés, Buda, Maomé, Jesus e outros. Embora a conjunção ocorra a cada vinte anos, marcando ritmos sociais e a psicologia de massas específicos, um ciclo mais amplo é a repetição da conjunção no mesmo elemento por cerca de duzentos anos”. (2) Podemos deduzir, a partir dessa mudança de ciclo, que haverá alterações bastante significativas quanto ao poder e à expressao das instituições religiosas nos próximos dois séculos.
Onde você estava há 800 anos?
Olhando mais de perto: Júpiter e Saturno têm um Megaciclo de aproximadamente 800
anos (795 anos para ser precisa) desdobrados em quatro Grandes Ciclos de cerca de 200 anos, que é o tempo que esses dois planetas levam fazendo conjunções no mesmo elemento, como lembra Arroyo (2), com algumas conjunções do elemento seguinte intercaladas no fim do ciclo. Os ciclos menores são de 19,9 anos – tempo entre cada conjunção simples – e 60 anos, tempo necessário para se encontrarem no mesmo signo novamente – ou seja, a cada terceira conjunção!
Nos últimos duzentos anos Júpiter e Saturno se encontraram no elemento Terra (Touro, Virgem e Capricórnio), a primeira conjunção neste elemento ocorrendo em julho de 1802, com uma conjunção ainda acontecendo no elemento Fogo – o ciclo anterior – em junho de 1821 e as três conjunções em Ar que ocorreram em Libra no início dos anos 1980. Se considerarmos apenas as conjunções consecutivas, este ciclo teria começado em 1842. O ciclo anterior ocorreu nos signos de Fogo (Áries, Leão, Sagitário), começou com o alinhamento de 1663 e terminou com o de 1821; tendo sido interrompido pela conjunção de 1802 em Virgem. É relativamente comum que os penúltimos ciclos de cada 200 anos ocorram no elemento seguinte, como se fossem um aperitivo e antecipassem os temas dos séculos à frente.
O Capitalismo reinventado?
Conjunção Júpiter-Saturno em 2021, mudando dois ciclos ao mesmo tempo
O ciclo muda para o elemento Ar (Gêmeos, Libra e Aquário) nos próximos anos. Começa com o alinhamento de 21 de dezembro de 2020 (exatamente no Solstício!), e é finalizado com a conjunção de 2199; é intercalado com a conjunção de 2159 em Escorpião. Richard Nolle diz que
“a mudança de elemento nos ciclos dos Grande Cronocratores é conhecida como Trigonalis ou como ‘A Grande Mutação’ e, desde os tempos antigos, é considerada como a marca registrada da mudança social e política da época em questão – em média, isso ocorre apenas uma vez a cada dois séculos ou mais. Dessa perspectiva, parece que estamos vivendo no crepúsculo de uma época histórica que vai de 1840 a 2020” (3).
Os signos de Terra tratam de matéria, dinheiro, riquezas, propriedade, terra, segurança, estabilidade, produção de alimentos. As conjunções de Júpiter e Saturno no elemento Terra marcam, portanto, a era do materialismo, iniciada, neste caso/ciclo atual, pela Revolução Industrial. Simbolizam assim, a exploração (incessante) dos recursos naturais, a ascensão dos grandes bancos, a consolidação do atual sistema financeiro mundial e as incontáveis alterações pelas quais passou a economia global nestes últimos dois séculos.
Américo Ayala Júnior, colaborador do site Constelar analisa os ciclos de Júpiter-Saturno em dois excelentes artigos (4) e diz, entre outras coisas, que estes ciclos estão diretamente relacionados ao surgimento/fundação do capitalismo e, agora, à sua “refundação”. Ele diz que
“o ciclo Júpiter/Saturno expressa, em maior ou menor intensidade, a viabilização estrutural da sociedade. Por isso mesmo, chamarei o ciclo Júpiter-Saturno de ‘ciclo de construção do progresso’, porque estruturas (Saturno) de poder (Saturno), organizando (Saturno) leis (Júpiter), sistema financeiro (Júpiter) e a própria sociedade (Júpiter), são o cenário de fundo onde os atores – cada um de nós – atuamos. E este ciclo de construção de ideais recomeça em 2020, um destes momentos em que podemos sentar à janela e ver a História desnudar-se diante de nossos olhos; a conjunção Júpiter-Saturno, ao passar de um ciclo de Terra que começou no Século XIX, e que fundamentou todo o percurso do Capitalismo até os nossos dias, para um ciclo de Ar, permitirá que observemos uma quebra de paradigma: vislumbraremos o fim do Capitalismo (transição, não ruptura) como até hoje concebido e os desdobramentos deste fato notável, tal Fênix renascida. As cortinas se abrem, o palco está posto”.
Ayala faz um apanhado histórico que vale a pena ler, associado aos ciclos de Júpiter e Saturno e que explica muito da história social, econômica, política e religiosa da humanidade nos últimos séculos (4).
Lá atrás...
O último ciclo em Terra ocorreu entre 1007 e 1206, respectivamente séculos XI e XII. Para termos ideia do que isso significa, no século XI tem início a Baixa Idade Média e a Europa ainda é feudalista. Surgem as cidades, a partir dos burgos, que se popularizam, dando origem à vida urbana, que por sua vez origina a burguesia. A agricultura também progride com o advento de novas técnicas, aumentando a produção de alimentos em geral, o que tem impacto direto na demografia, fazendo crescer a população. O artesanato é outra prática impulsionada pelo urbanismo e origina também a organização das Corporações de Ofício, organismos onde se encontravam pessoas de uma mesma profissão/religiosidade, que cooperavam entre si e que foram cruciais para a estruturação do mundo do trabalho como entendemos hoje. A cultura medieval atinge seu ápice neste século. Ocorre a primeira Cruzada.
Já no século XII ocorrem muitas transformações na Europa ocidental, propulsionadas ainda pela renovação da vida urbana, pela Segunda Cruzada, pela restauração do comércio e a emergência da burguesia. Também ocorre um renascimento cultural de cunho científico-filosófico, que posteriormente leva ao renascimento italiano. Isso é um resumo muito grosseiro dos principais acontecimentos destes dois séculos, mas vemos que, de fato, há uma ênfase na vida material e na geração/distribuição de riquezas e desenvolvimento do comércio.
Como já dito, o ciclo de Terra dos séculos XI e XII foi seguido pelo ciclo em Ar entre 1186 e 1405 – séculos XIII e XIV. Uma das coisas mais significativas que ocorrem no século XIII é o surgimento das universidades na Europa. Surgem ainda movimentos artísticos importantes, como o Romantismo e o movimento Gótico. Tomás de Aquino é um filósofo proeminente desse período que também influenciou muito o pensamento cristão ocidental. No início do século XIII Genghis Khan avança com o Império Mongol pela Europa Oriental e após a sua morte seu filho continua a expandir este império. No século XIV se acelera a desestruturação do feudalismo e a transição para a nova estrutura capitalista-comercial. Houve uma grande crise, originada por estes fatores: revoltas camponesas, depressão econômica, problemas climáticos, fome, guerras, e muitas doenças/epidemias, entre elas a peste negra, que dizimou mais de 50 milhões de pessoas (cerca de um terço da população europeia na época) entre 1343 e 1351... Devido aos muitos surtos de doenças, guerras e fome, houve grande redução demográfica. Neste século também tem início a guerra dos cem anos entre França e Inglaterra, que foi motivada por disputas territoriais, poder e o controle das rotas comerciais que levavam à Feira de Flandres. Essa guerra também marcou o processo de formação das monarquias nacionais inglesa e francesa. Nesse período, o Império Bizantino também já estava em franca decadência. Essa é uma pesquisa rápida sobre a história do período, para contextualizar, mas o leitor é convidado a investigar mais a fundo para entender melhor as implicações.
Então, com os ciclos de Júpiter-Saturno migrando de Terra para Ar o foco da atenção humana e das sociedades muda radicalmente e como o Ar é o elemento que simboliza a civilização, esse tema se torna proeminente de várias maneiras. Há renovação no conceito do que é civilizado e na forma de as civilizações existirem. Essa renovação pode implicar também diminuição demográfica, seja por epidemias, guerras ou cataclismos naturais.
Conjunção Júpiter-Saturno em 2021, mudando dois ciclos ao mesmo tempo!
Este ciclo de Júpiter-Saturno, que marca não apenas a transição de um ciclo de 20 anos, mas também o ciclo maior de duzentos anos, que ocorreu pela última vez há quase 800 anos, começa em Aquário, ciclo regido duplamente por Saturno e Urano, dois planetas arqui-inimigos e contraditórios por natureza, mas que em sua rivalidade têm algumas semelhanças. Aquário é um signo de progresso e futuro. Ar fixo, também pode ser inflexível e simbolizar ditadores que impoem ao "grupo" sua própria visão de futuro, vista como a única possível. No mapa da conjunção de Júpiter-Saturno, vemos que o ciclo é autorreferente, já que o regente tradicional de Aquário é Saturno, o que sugere rigor científico, talvez até cientificismo e o intelecto tido como “deus”. O regente moderno de Aquário, Urano, por outro lado, está em Touro, signo da Terra, feminino e fixo. Aliás, a conjunção Júpiter-Saturno está em quadratura a Urano em Touro... Seria um embate da Ciência contra a Natureza? Ou a ciência percebendo que precisa se dobrar à Natureza (já que ambos, Júpiter e Saturno, hierarquicamente, são menos “poderosos” do que Urano?). Também é muito simbólico que essa conjunção ocorra exatamente no grau zero, parece que é uma ênfase a mais: tudo novo, do zero mesmo!! Suspeito que neste ciclo o dilema ciência-natureza fique muito salientado, seja para percebermos que não precisam ser díspares e daí caminharemos para uma integração e sinergia; seja para se alargar ainda mais o abismo aparente entre as duas: a ciência tendo que dominar a natureza e sofrendo as consequências nefastas da sua (neste caso) visão estreita e reducionista. O que acontece a partir daqui? Como a humanidade se desenvolve, para além do materialismo cíclico?
Era de Aquário x Era de Peixes (Editado)
Muito astrólogos estão entendendo essa conjunção de Júpiter e Saturno em Aquário como o sinalizador para a entrada definitiva na Era de Aquário, confirmada depois pelo ingresso de Plutão em Aquário, já em 2024. Estamos saindo da Era de Peixes e entrando na Era de Aquário, e para se entender o que é isso, é necessário falarmos sobre o Grande Ano, um ciclo diretamente relacionado ao fenômeno da Precessão dos Equinócios, um dos vários movimentos que a Terra realiza - que é quase imperceptível. Esse movimento se dá devido ao fato de a Terra realizar sua rotação de forma inclinada, e isso dá origem ao Grande Ano porque a cada 25.868 anos ela dá uma volta completa em torno do eixo da sua eclíptica. Nicholas Campion, em Mundane Astrology (5) fala sobre o Grande Ano, esse grande ciclo astrológico de 25.868 anos, período durante o qual a Terra passa por todas as "influências" zodiacais, pois cada "mês" desse ciclo corresponde a aproximadamente 2.155 anos (outras fontes dizem que seriam 2.160 anos e o Grande Ano seria de 25.920 anos) e também a um signo do Zodíaco, dividindo, consequentemente, as eras astrológicas. No contexto histórico, de acordo com as pesquisas, o primeiro "mês" desse grande ano que se consegue identificar é o mês de Leão, ou Era de Leão, que teria começado por volta de 10.567 AC, representado pela "formação das hierarquias nos grupos sociais, processos de individualização e exploração" (5); em seguida viria a Era de Câncer, a partir de 8.411 AC, em que começam os assentamentos agriculturais - as comunidades se centram ao redor disso - o culto à deusa-mãe e matriarcados; a Era de Gêmeos é uma época em que o ser humano desenvolve novas formas e ferramentas de comunicação, formas de escrita, o pensamento dualista e também movimentos migratórios - isso se iniciou por volta de 6.255 AC; a partir de 4.099 começa a Era de Touro, que traz no seu bojo a construção de cidades e maiores aglomerados humanos protegidos por muros, há os cultos à fertilidade e a adoração à figura do touro; a Era de Áries começa a partir de 1.943 AC, com os impérios agressivos, as invasões de guerreiros bárbaros, a adoração a deuses masculinos poderosos, como Javé, Zeus, etc.; finalmente, entramos na Era de Peixes, já por volta do ano 213 da nossa era, DC, uma era caracterizada pela espiritualidade - principalmente cristianismo -, confusão, colapso dos sistemas anteriores e muita instabilidade. Nota: como você percebeu, no Grande Ano as eras "andam" de trás para a frente, ou seja, ao sair da Era de Peixes, ao invés de entrarmos na Era de Áries, entramos, na verdade na Era de Aquário, exatamente por causa da precessão. Também é por causa desse fenômeno que atualmente o Zodíaco Tropical não coincide mais com as constelações que levam os nomes dos signos.
Embora Campion coloque esses anos exatos como marcos do início dessas eras, a maioria dos astrólogos entende que essas eras não têm um dia, hora ou ano exatos para "começarem", isso porque durante muitas décadas, talvez mais de um século, as civilizações vivem um período de transição entre a era vigente e a seguinte, como é o nosso caso, viventes no planeta Terra no momento atual, que estamos saindo da Era de Peixes e entrando na de Aquário. Porém, os ciclos de Júpiter e Saturno nos elementos são sinalizadores marcantes dessa transição.
Algo que precisa ser dito também é que, embora a Era de Aquário - que já vem sendo discutida em meios alternativos, espiritualistas, hippies, etc. há muitas décadas - seja colocada como uma era "paz e amor", de fraternidade e igualdade, esse discurso tem sido muito idealizado e ganhado uma grossa camada utópica, que pode não corresponder à realidade. Aquário, como já disse acima, é um signo fixo e rígido e pode simbolizar ditaduras ou, no mínimo, o culto ao pensamento racional como deus supremo. Portanto, não dá para esperarmos que essa Era de Aquário seja só paz e amor e todos se amando como irmãos... Pode até ser que se chegue a isso em algum momento - afinal, como já dito, cada era dura em torno de dois mil anos - mas, sejamos honestos, considerando-se o ponto em que a humanidade está, de super exploração do planeta, do individualismo exacerbado, do lucro acima de qualquer princípio... será que podemos esperar que "magicamente" o mundo se transforme da noite para o dia? Obviamente, não! Por isso, vai levar muitas décadas até que consigamos ter uma noção mínima do verdadeiro significado da Era de Aquário em termos concretos - e claro, nós que aqui estamos provavelmente nem chegaremos a esse ponto, porque é algo que vai muito além do escopo de uma vida humana em termos de tempo linear. Convém botar as barbas de molho, porque talvez o paz e amor ainda não seja servido tão de imediato nas opções desse menu! Vamos ter que pagar para ver!
Megaciclos se encerrando...
Realmente vamos “pagar para ver", especialmente porque Júpiter-Saturno não é o único megaciclo que se encerra para iniciar outro. Temos um outro megaciclo extremamente importante e de impacto massivo sendo finalizado agora em 2020. Trata-se do ciclo de Júpiter-Saturno-Plutão, uma conjunção tripla de planetas associados a poder, riqueza, estruturas sociais de peso, aplicação de justiça/enfrentamento de consequências e, podemos dizer, à própria estruturação da humanidade no mundo. Esse megaciclo ocorre apenas seis vezes nos dois milênios da nossa era, embora não tenha uma regularidade linear como alguns outros ciclos: em 113, 411/412, 709/710, 848/849, 1146/1147 e 2020, ou seja, a última ocorrência dessa tripla conjunção com orbe de até cinco graus aconteceu há 873 anos! E para saber o que nos espera, o que essa tripla conjunção e megaciclo representa, o melhor é olhar para trás para ver o que houve nas ocorrências anteriores. Para falar deste megaciclo, minha referência principal é a palestra
Megaciclos e Microtécnicas, de Fernando Fernandse, astrólogo especializado em Astrologia Mundial, proferida no Simpósio do Sinarj em 2016, no Rio de Janeiro (6). Os dados que se seguem são tirados dessa palestra, com autorização do autor -
meu agradecimento sincero, profundo e profuso a Fernandse, pela autorização!
Fernandse informa que usou como critério apenas as conjunções ocorridas com orbes de até cinco graus entre os três planetas, chegando aos seis períodos abaixo:
Ano 113 – O Império Romano está no seu apogeu, na sua máxima expansão, sob o imperador Trajano, da Dinastia Antonina. Neste período Roma consegue enfrentar o Império Persa, também chamado de Império Parta/Parto, a maior potência do oriente na época, com igual poderio militar e material: “a maior potência do mundo ocidental, o Império Romano, combate as maiores potências do mundo oriental, a Armênia e o Império Parta. Vitória dos romanos! Um a zero para o Ocidente”, diz Fernandse. Essa região corresponde à região onde hoje é a Turquia, Iraque, Irã. Mas a área de conflagração do conflito foi a região do Mediterrâneo e Oriente Médio. Lembra Fernadse.
Anos de 411/412 – A conjunção vai se formando a partir do ano de 410, o ano em que Roma é saqueada pela primeira vez, pelos visigodos, que descem da região do Mar Cáspio, passam pelo Mediterrâneo, invadem a Península Itálica saqueiam Roma e se estabelecem na Espanha, até a chegada dos Mouros. Oriente um, Ocidente um, o jogo empata, pontua Fernandse, já que na conjunção tripla anterior o Ocidente levou a melhor.
Anos de 709/710 – Os Mouros se preparam para invadir a Europa. No ano de 711 eles invadem a Espanha e lá permanecem até 1492, ou seja, 780 anos! A maior potência asiática da época, o Califado Omíada, islâmico, organiza os nômades e aos poucos vai ocupando o norte da África, até chegar à Espanha. Dois a um para o Oriente!
Anos de 848/849 – O mulçumanos tomam a Sicília, entreposto comercial muito importante do mundo ocidental, visando controlar o comércio no Mediterrâneo, que se torna uma das causas do surgimento do feudalismo europeu: o fechamento do comércio no Mediterrâneo aos cristãos. Fernandse brinca que o feudalismo se consolida sob a tripla conjunção Júpiter-Saturno-Plutão – “isso o professor não conta!”. Três a um para o Oriente!
Anos de 1146/1147 – Início da Segunda Cruzada, organizada por reis – Luís VII, Rei da França, Leonor de Aquitânia e Conrado III, rei do Sacro Império Romano-Germânico. Essa aliança ocidental ataca o Oriente por duas frentes: por terra, atacando Constantinopla (atual Turquia) e pelo Mar Mediterrâneo, vindo da Península Ibérica e libertando a Sicília da influência mulçumana no caminho, até chegarem à Palestina. Isso dá uma vantagem momentânea ao Ocidente e o placar vai para três a dois. As forças conflitantes nessa época envolvem, além dos reis e das questões de poder, as religiões mulçumanas e cristã e Fernandse lembra que, quase 900 anos depois, dias atuais, praticamente nada mudou. Estamos nós ainda às voltas com este conflito milenar.
2020 – Fernandse acredita que uma das manifestações possíveis da tripla conjunção de 2020 seja uma reedição deste conflito milenar, entre Oriente e Ocidente e, de modo mais particular, entre cristãos e mulçumanos – a presença de Júpiter garante o elemento religioso no conflito.
“Israel, Líbano, Síria, Itália, Grécia, Espanha, Marrocos, Egito, Tunísia, Argélia... Esses são os países que hoje estão ocupando os lugares que foram o cenário do que ocorreu em todas as conjunções anteriores”, afirma Fernandse e que, segundo ele, são prováveis de serem palcos de novas conflagrações.
“É claro que pode haver uma mudança radical e essa sequência de megaciclos possa ter sua associação com esses processos históricos rompida... pode ser que a humanidade resolva mudar o seu rumo, pode ser que o Ocidente e o Oriente resolvam se entender, resolvam superar suas diferenças religiosas, políticas, étnicas, econômicas...”, tergiversa ele.
Crise Ambiental e Crise Civilizatória
Essa palestra foi proferida em novembro de 2016, há quase três anos. Na época, ele apontava turbulências militares, econômicas e étnicas como possíveis expressões desse megaciclo, além de terrorismo, é claro:
“Os ‘atores’ principais são sempre as grandes potências, mas há também as massas populacionais que entram em processos migratórios, fugindo da guerra e que, por conseguinte, provocam desequilíbrio populacional, econômico e religioso na Europa e em outras partes do mundo”. O cenário, como já dito, é a região que envolve os países Irã, Iraque, Turquia, Armênia, Síria, Jordânia, Líbano, Israel, Argélia, Egito, Espanha, França, Líbia, Tunísia, Marrocos, Portugal, Itália, Grécia e a região da antiga Iugoslávia. Perguntei a Fernandse recentemente como ele via a possível manifestação dessa tripla conjunção em 2020, tendo em vista os acontecimentos dos últimos anos. Ele respondeu:
“É mais do que uma crise política, é uma crise civilizatória”. Creio que essa fala resume o que vamos vivenciar nos próximos anos!
E é civilizatório porque, somando-se a tudo o que vimos relacionado aos cinco ciclos anteriores, temos agora também a crise ambiental, algo que não tem como ser ignorado e que, definitivamente, é um agravante bastante sério. Urano estando em Touro, signo da Terra e relacionado aos recursos naturais e também à produção de alimentos, alerta para transformações radicais nesta esfera e adiciona peso a essa tripla conjunção. É um grande despertar a respeito da nossa responsabilidade no gerenciamento (ou falta de) dos recursos naturais do planeta. Se por um lado não somos individual e diretamente responsáveis pelas políticas públicas e pelo uso e abuso dos recursos do planeta, aos quais temos assistido – muito passivamente – nas últimas décadas, por outro, como humanos e seres sociais, temos sim uma parcela de responsabilidade (enorme, a começar pelo consumismo desvairado do humano médio ocidental) pelo tamanho da encrenca que criamos no que tange a esse limiar que atingimos na exploração do ambiente e aos desmandos que a ele infligimos. Creio que chegamos a um ponto sem retorno – e nem temos alcance real do quanto fomos longe demais nesse abuso do planeta.
Outro ponto muito importante que não deve ser ignorado é que Plutão já está há alguns anos fazendo Conjunção ao próprio Nodo Sul e agora Saturno também se aproxima dessa Conjunção. Em adição, os nodos de Saturno também estão no eixo Capricórnio-Câncer. Jeff Green, autor do livro
Plutão, uma Jornada Evolutiva da Alma diz que
“Plutão é a subjacente Lei Natural de evolução para todas as coisas, incluindo seres humanos” (7).
Sobre o significado da conjunção de Plutão ao próprio Nodo (neste caso, Nodo Sul = expurgo), um evento que leva muitas décadas para acontecer, um estudioso de Astrologia Evolucionária diz que
“isso se relaciona com a mudança de combustíveis fósseis como a principal fonte de energia e de que sustenta nossos sistemas econômicos para (fontes de energia) recursos renováveis. Por exemplo, a última vez que Plutão fez conjunção ao seu próprio Nodo Sul, relaciona-se com a invenção do motor de combustão interna que acelerou o uso de petróleo/petróleo ao ponto de o petróleo ter se tornado o eixo principal em nossos sistemas econômicos até hoje. Isso se relacionará com o modo como os seres humanos se organizam em relação ao uso e distribuição de recursos de todos os tipos, o que, naturalmente inclui comida e água. Se a maneira existente de fazer isso se relacionar com menos de um por cento da humanidade (corporações) agora controlando 40% de todos os recursos para beneficiar apenas a elas mesmas, essa disparidade aumentando cada vez mais no tempo presente, então isso levará à rebelião das massas que estão sendo usados para beneficiar este pequeno grupo de humanos que foram mais ou menos apontados por Zaratustra. Quando Plutão ingressar em Aquário, isso começará de formas cada vez mais intensas na Terra, onde quer que esta crescente disparidade esteja ocorrendo. Como resultado, teremos a necessidade de recriar sistemas econômicos nos quais a distribuição de recursos se torne mais justa e equitativa para a maioria dos seres humanos no planeta”. (8)
Faxina Cósmica?
A última vez que Plutão fez contato aos próprios nodos foi em 1931: Plutão estava trafegando o signo de Câncer e fez conjunção ao seu Nodo Norte. A conjunção exata recente de Plutão ao seu Nodo Sul se deu no início de 2018, contudo, ele permanece em orbe de conjunção por bastante tempo e a conjunção Saturno-Plutão ocorre a cerca de dois graus de orbe do NS de Plutão e a um grau do NS de Saturno.
Particularmente, eu penso que Plutão e Saturno conjuntos aos próprios nodos (o Nodo Sul de Saturno também trafega por Capricórnio) intensificam a limpeza e elevam a tensão coletiva! É uma limpeza cármica ocorrendo na civilização! E então, por várias fontes vai se confirmando que a humanidade alcança, novamente, aquele momento em que há um salto evolutivo, embora a princípio (primeiras décadas/séculos), pareça que estamos em retrocesso.
Astrocartografia da conjunção Saturno-Plutão em Janeiro de 2020.
In Mundo
Acima você vê o mapa astrocartográfico da conjunção de Saturno-Plutão (12 de janeiro de 2020 12h04min, horário de Brasília -
NOTA: este mapa é levantado para o minuto em que a conjunção se torna exata/partil e o consequente mapa astrocartográfico traz essa conjunção no MC sobre o Brasil. Contudo, com o movimento de rotação da Terra, essa conjunção é vista em todas as latitudes ao longo de 24 horas. Em Astrologia costumamos fazer as análises e interpretações para o minuto em que o aspecto fica partil, ou minuto da ingressão no signo, etc.). Neste mapa, vemos que as linhas de Saturno e Plutão, mais Sol e Mercúrio (que estarão transitando Capricórnio no período) no MC passam sobre a região Nordeste e Sudeste do Brasil. Podemos supor a partir disso que, o que quer que aconteça, o Brasil estará diretamente implicado nessa grande crise civilizatória. As linhas do Meio do Céu, além de implicarem governos, os poderes reguladores, também implicam que tudo o que acontece se dá de forma muito pública, espalhada aos quatro ventos. Obviamente, este novo ciclo de Júpiter, Saturno e Plutão será muito importante para o país – o que quer que vire a geopolítica a partir daí – estamos falando do território geográfico!
Por outro lado, olhando o mapa do Brasil da Independência, notamos que essa conjunção não faz aspectos tensos a nenhum planeta ou ângulo do mapa natal - apenas faz trígono a Mercúrio. Contudo, faz quadratura à Vênus progredida a 24° de Áries e isso pode indicar problemas ao sistema financeiro/economia, duplamente pois Vênus rege esses assuntos e neste caso está progredindo pela casa 2.
E a Venezuela?? (Editado)
As linhas de Saturno e Plutão no MC descem pela Groelândia e passam pelo meio do Oceano Atlântico, e ali, bem no centro do Atlântico, entre as latitudes 23 e 30 Norte (destacadas pelo círculo vermelho na figura 16), temos também vários Parans (cruzamentos) entre Saturno-Urano, Urano-Plutão, Sol-Urano, Mercúrio-Urano, indicando que essa região também fica sujeita a bastante tensão. O Paran de Saturno-Plutão, por sua vez, passa no Norte da Venezuela.
E por falar em Venezuela, quando olhamos o mapa astrocartográfico do período no
detalhe, enfocando a Venezuela, o indício é mesmo de guerra. Veja na imagem ao lado, circuladas em vermelho, as regiões em que há vários Pontos Médios envolvendo Marte/Saturno, Marte/Plutão, Marte/Sol, Marte/Mercúrio, Marte/Vulcanus, e ainda Saturno/Admetos, Plutão/Admetos, Sol Admetos - ou seja, sinônimo de barril de pólvora! Tudo isso junto aponta para fortes indícios de guerra, morte, limitações e confinamentos. Realmente, a região está e fica mais explosiva nos próximos meses. Infelizmente!
Hegemonias ameaçadas?
Outras regiões afetadas por esta grande conjunção são a América do Norte, particularmente os EUA e o Canadá, uma vez que as linhas de Saturno e Plutão no Ascendente passam pela região central do Canadá e Centro-Oeste dos EUA. A região de San Francisco e Los Angeles ficam salientadas, pois além de haver essas linhas mencionadas, também vemos a linha de Urano IC (Fundo do Céu-Lar) na costa, já no oceano, mas ainda tendo efeito sobre o continente, e mais: cruzando com as linhas de Saturno-Plutão, o que, na linguagem astro-cartográfica significa um Paran (do grego paranatellonta), o mesmo que uma quadratura mundana. Como essa região é propensa a terremotos, isso faz pensar e supor que pode haver cataclismos na região... As linhas de um planeta sobre o Ascendente implicam a própria identidade, é algo que impacta diretamente o “indivíduo”, no caso, a imagem de uma nação e obrigam essa nação a se transformar. Como já vimos que a configuração Júpiter-Saturno-Plutão está associada à queda de grandes impérios e que a mudança de ciclo das conjunções Júpiter-Saturno também podem simbolizar hegemonias quebradas e novas forças surgindo, isso leva a muitas ponderações acerca do poderio do Tio Sam. Estaria sua hegemonia ameaçada?
As linhas de Saturno e Plutão no Descendente, que têm a ver com relações e com tudo o que se refere ao “outro”, passam pelo Centro-Leste da Europa (Alemanha, Polônia, Hungria, Romênia, Bulgária, Grécia) e descem pelo Oeste da Turquia, passando diretamente sobre Israel (!!!), cruzando o Mar Vermelho e descendo pelo Leste da África (Etiópia, Somália, Madagascar) e pelo Mediterrâneo. A linha de Vulcano no Ascendente, planeta hipotético que, na Astrologia Uraniana simboliza situações fora de controle, desafios extremos e “destino”, também desce pelo Leste Europeu, oeste da Turquia, extremo leste da Síria, Iraque e Arábia Saudita. Em outras palavras, esse mapa corrobora muito da análise do Fernando Fernandse sobre as regiões geográficas que foram afetadas nos ciclos anteriores de Júpiter-Saturno-Plutão. É possível que essa região, que normalmente já é um barril de pólvora, exploda mais uma vez. As linhas desses planetas no Descendente sugerem que o que ocorre nesses países é sentido como algo precipitado por “outros” países – ou seja, essas nações se sentem vulneráveis diante do que “cai” sobre elas.
Por fim, ainda temos as linhas desses planetas no Fundo do Céu do Mundo, que passam pela Sibéria, descendo próximo às Filipinas e ilhas da Indonésia, cruzando a região central da Austrália. Aqui, a Grande Mutação acontece “dentro de casa”, com situações envolvendo a terra e o conceito de pátria. É possível que esses países também passem por algumas turbulências que podem modificar sua geografia e sua maneira de se enxergarem a si mesmas como nações.
Mapa astrocartográfico da conjunção Júpiter-Saturno-Plutão do ano de 1147 - Em vermelho as áreas onde a conjunção tem mais influência.
Se olharmos o mapa astro-cartográfico da última conjunção desses planetas, ou seja, do ano 1147, veremos que as áreas afetadas são bem parecidas, exceto pelo fato de que, na última conjunção, os EUA saem ilesos: essa conjunção ocorre no Fundo do Céu na região do extremo Oeste do que hoje é o Canadá, mas não chega a afetar o que é o atual território americano – mas agora os EUA também entram na dança!
No mapa astrocartográfico ao lado, levantado para uma das conjunções de Júpiter e Plutão em 2020, vemos que as linhas de Júpiter e Plutão no Fundo do Céu passam pelo extremo oeste americano, enquanto a linha de Saturno ainda está no Meio-Oeste. Já as linhas de Júpiter-Plutão no MC passam exatamente sobre o Oriente Médio, especificamente sobre o Iran. As linhas do ASC descem do Norte da Europa, passam pelo Reino Unido (Londres), pela Costa Noroeste da África e pela Costa do Nordeste do Brasil e também sobre o Rio de Janeiro. Por fim, as linhas desses dois planetas no Descendente descem da Mongólia (lado esquerdo do mapa) e passam sobre a Nova Zelândia. Júpiter-Plutão têm a ver o crescimento das riquezas, as plutocracias, a expansão do poder, incluindo o poder religioso. Esses locais onde essas linhas planetárias se estendem estarão lidando com estes temas mais de perto neste período. Na Venezuela, apesar de não haver linhas desses planetas passando diretamente sobre o país, tem parans na mesma latitude, ou seja, as duas linhas se cruzam na mesma latitude e isso tem efeito sobre todo o globo ao longo da latitude em questão - é o caso da Venezuela. Como Plutão rege as riquezas escondidas e enterradas na Terra, incluindo minérios e petróleo, e Júpiter se relaciona com crescimento, esse assunto fica realçado também ao longo dessa latitude.
Concluindo... (Editado)
Essa Grande Mutação, essa mudança de vários ciclos ao mesmo tempo, representa um novo momento na história da humanidade e do mundo, porque, embora já tenhamos vivido ciclos semelhantes no passado, o ser humano e o próprio mundo são completamente diferentes do que eram há alguns séculos, portanto, não somos os mesmos, como o mundo também já não é o mesmo! É um grandioso e profundo processo de transformação das estruturas que o ser humano veio construindo ao longo da história e que permitiram que ele chegasse até aqui. Júpiter, Saturno e Plutão, juntos, representam a demolição completa e absoluta de tudo o que é velho, obsoleto, ultrapassado e, principalmente, que já não serve à nossa evolução! Esses sistemas que foram úteis e funcionaram por muito tempo, mas agora, que estão emperrando a vida e perderam o sentido, precisam se transformar drasticamente, ou estão fadados a desaparecer - o que vai surgir no seu lugar, ainda não sabemos. Em Capricórnio, isso tem diretamente a ver com as estruturas sociais, econômicas e governamentais, de poder, e com a nossa própria percepção da realidade - ao redor de todo o mundo. Isso implica uma transformação e reformulação completas na forma de existir e de interagir, não apenas entre as diversas raças, etnias, classes e economias do planeta, vai muito além! Implica a forma de nos entendermos como espécie que compartilha este planeta com outras espécies e até mesmo, como compartilhamos a vida com os outros mundos deste vasto universo. O que estamos prestes a viver é um momento poderoso que pode significar mudanças positivas a longo prazo, embora possam ser perturbadoras e por demais intensas enquanto acontecem. É como disse o Ayala: é um momento de Fênix, mas eu diria que não apenas para o sistema capitalista, mas para o próprio planeta Terra! Precisamos estar preparados para esta Grande Mutação. Você está?
Então, fazendo um resumão bem grosseiro:
1 – Estamos mudando vários ciclos e megaciclos planetários, alguns de décadas, outros de 200, 800 e 900 anos;
2 – Essas mudanças de ciclos implicarão transformações drásticas na geopolítica, economia, vida social e no próprio modo de o ser humano existir no planeta;
3 – Pode ser que haja conflitos bélicos devido a questões religiosas, políticas e econômicas – ou seja, brigas pelo poder – como sempre! Pode ser que haja caclismos naturais... Nada que não se tenha visto antes na história da humanidade, a diferença agora é que, além de a Terra estar superpopulada, há as implicações ambientais (temos abusado demais da nossa sorte e vamos pagar o preço por isso) e o poder bélico poderia destruir a Terra um zilhão de vezes;
4 – O mundo não será o mesmo depois de 2020/2021!
5 – O ser humano precisa mudar – para ontem! - e para melhor, que fique bem claro!
6 – Pessoas, empresas, entidades, países... que tenham planetas ou ângulos entre os graus 20 e 24 dos signos Cardinais (Áries, Câncer, Libra e, particularmente, Capricórnio) serão diretamente afetados por estes ciclos planetários.
7 – A humanidade já passou por várias Grandes Mutações e esta é apenas mais uma - claro, é diferente, considerando nosso contexto. Como fica o mundo depois disso, não sabemos, mas sabemos que o ser humano tem uma capacidade de adaptação formidável! O que não temos é humildade para perceber o quanto dependemos deste planeta e, como disse aquele chefe indígena, quando percebermos que não dá pra comer dinheiro, pode ser um pouco tarde. Acredito que vamos levar uma baita puxão de orelhas, mas se vamos aprender com isso, não se sabe. De um jeito ou de outro, creio que vamos nos adaptar.
O que você pode fazer? Em primeiro lugar, não tenha medo! Sua alma pediu para estar aqui, vivendo estes tempos intensos e preciosos, de aprendizados acelerados. Se estamos encarnados neste planeta, neste tempo, é porque temos razões para aqui estar, portanto, abrace esse tempo sabendo que veio aprender com tudo isso! O medo paralisa e não resolve nada, portanto, precisamos ficar serenos porque assim ficamos centrados e inteiros. Lembremos da canção: "nada a temer senão o correr da luta, nada a fazer senão esquecer o medo..." E, onde quer que você esteja, quem quer que você seja, seja o melhor que puder ser, faça o melhor que puder fazer, como ser humano, como pessoa, como homem ou mulher, ou qualquer que seja o seu gênero! O que quer que aconteça, é parte do nosso processo evolutivo e precisamos estar prontos para isso. Você está? Se não está, sempre é tempo de se conscientizar e se colocar a caminho!
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