O recém-nomeado secretário de Cultura de Cuiabá, Alberto Machado, o Beto Dois a Um, esquivou-se das reações contrárias de vários atores culturais da capital de Mato Grosso à sua nomeação. De acordo com ele, críticas são naturais para quem assume um cargo público.

Após oito meses de idas e vindas, Mauro Mendes cede às pressões e nomeia secretário de Cultura

“Não existe unanimidade, mas quero buscar o diálogo e atender as necessidades de todo o setor. Espero que atuar no segmento sertanejo não seja uma barreira”, disse o novo secretário, que é cantor sertanejo e empresário da comunicação.

O nome de Beto surgiu após oito meses de indefinição do prefeito Mauro Mendes (PSB), que avaliava a fusão das secretarias de Cultura e Turismo. Antes a pasta era comandada por Marcus Fabrício, que acumulava a função de secretário de Turismo, cargo no qual ele continua.

Durante a apresentação do secretário, nesta quarta-feira (21), o prefeito afirmou que foi levada em conta a atuação do artista, como gestor e empreendedor de Beto.

A escolha desagradou a alguns segmentos da classe artística que temem que a cena musical em que atua seja privilegiada em detrimento de outros estilos, a exemplo. Contudo, o cantor sertanejo garantiu que irá abrir diálogo com toda classe cultural.

Dialogar com a classe, segundo ele, significa receber os artistas em seu gabinete. Dada a nomeação repentina – Beto informou que foi convidado na segunda-feira (20) – ele afirmou ainda estar se inteirando da pasta, sob orientação do secretário de Turismo de Cuiabá, Marcus Fabrício, que estava acumulando funções.

O secretário ainda se diz estimulado pelo fator Copa do Mundo. “A Copa vai trazer visibilidade, é um bom momento para a cultura”. De acordo com Beto, a pasta vai ter suas ações voltadas para a sustentabilidade artística. “Trabalhei 15 anos no meio cultural sem necessitar incentivos do poder público, vamos trabalhar parcerias”.

Quanto ao prefeito Mauro Mendes ter voltado atrás na ideia de fundir as secretarias, segundo declarou, quer destacar as potencialidades da pasta e ao ouvir a classe e refletir sobre o tema, se convenceu. “O diálogo é uma marca da nossa gestão”.