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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Glória Albuês

Obras da primeira documentarista de MT são disponibilizadas online a partir desta terça

Foto: Reprodução

Filme Nó de Rosas

Filme Nó de Rosas

Obras da primeira mulher documentarista de Mato Grosso, Glória Albuês, serão exibidas nesta semana na Edição Especial da Temporada de Filmes do Cine Teatro Cuiabá. A exibição será realizada online, em substituição à programação presencial, que foi cancelada por conta da pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

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Maria da Glória Albuês Martins, mais conhecida como Glória Albuês, é cuiabana e atua no cenário audiovisual e das artes cênicas mato-grossense desde os anos 1970. Durante sua carreira, trabalhou nos gêneros ficção, experimental, institucional e marketing político. Em grande parte de suas obras, assina também roteiro, montagem e direção. Possui formação acadêmica em pedagogia pela UFMT e é jornalista profissional. Atuou como diretora do Teatro da UFMT (1985-1989) e diretora da TV Universidade da UFMT (1989-1996), onde foi responsável pela implantação da programação local da emissora.
 
Um dos pontos altos de sua carreira foi o desenvolvimento da série “Programa de índio”, junto a Vincent Carelli. Os quatro programas foram exibidos pela TVU-UFMT e pela TV Educativa do Rio de Janeiro. A série foi produzida e apresentada por uma equipe composta por pessoas indígenas. Atualmente, além de projetos audiovisuais em torno da obra da irmã, a escritora Tereza Albuês (1936-2005), Glória participa de ações que visam o intercâmbio cultural entre mato-grossenses e haitianos radicados em Cuiabá.
 
Os filmes da cineasta exibidos a partir desta terça-feira (14) serão: “P.S.: Glauber, te vejo em Cuiabá” (Glória Albuês, 1986, 15’, classificação indicativa 12 anos), “O canavial” (Glória Albuês, 1990, 10’, classificação indicativa livre), “Nó de rosas” (Glória Albuês, 2007, 15’, classificação indicativa 16 anos), “A trama do olhar” (Glória Albuês, 2009, 52’, classificação indicativa 12 anos) e “Manoel Chiquitano Brasileiro” (Aluízio Azevedo & Glória Albuês, 2014, 25’, classificação indicativa livre).
 
Veja a sinopse de cada filme:
 

“P.S: Glauber, te vejo em Cuiabá” (Glória Albuês, 1986, 15’, classificação indicativa 12 anos)
 
Aproveitando a passagem da Mostra Tempo Glauber (promovida pelo Sesc em 1986 no Teatro da UFMT), os comediantes Liu Arruda (1957-1999) e Meire Pedroso percorrem espaços da cidade de Cuiabá e conversam com pessoas de diferentes extratos sociais e culturais sobre o grande cineasta, televisão, cinema e cultura brasileira. Além da presença saudosa de Lúcia Rocha (mãe de Glauber), o curta faz uma crônica irreverente sobre a Cuiabá de meados da década de 1980 e a relação de seus habitantes com a cultura, em especial com a memória do cinema brasileiro.
 
“O canavial” (Glória Albuês, 1990, 10’, classificação indicativa livre)
 
Adaptação do poema homônimo do poeta mato-grossense Benedito Silva Freire, onde o artista enfoca a beleza do canavial e as terríveis condições sociais e econômicas dos cortadores de cana.
 
“Nó de rosas” (Glória Albuês, 2007, 15’, classificação indicativa 16 anos)
 

Apresenta a história de Rosa, Rosália e Rosário, mulheres de três gerações unidas pelo sangue. Rosa, nascida na fronteira do Brasil com a Bolívia, é filha de pai brasileiro e mãe boliviana. A trágica morte da mãe Rosália afeta a sexualidade de Rosa, que não consegue atingir o orgasmo. Através de uma viagem onírica à Bolívia em busca de suas origens, Rosa encontra a avó Rosário, que a inicia nos caminhos de sua ancestralidade feminina e na descoberta da plenitude do amor. O filme protagonizado por Juliana Knust e Sandro Lucose é uma co-produção Brasil/Bolívia e foi exibido em diversos festivais e mostras de cinema, incluindo: 14º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá; 18º Festival Internacional de São Paulo; XXXIV Jornada Internacional de Cinema da Bahia; III Festival de Cinema Feminino Tudo Sobre Mulheres; 7º Goiânia Mostra Curtas; 6º Festival de Cinema de Juiz de Fora; 12º Brazilian Film Festival of Miami; Selecionado para circulação no SESC Amazônia das Artes.
 
“A Trama do Olhar” (Glória Albuês, 2009, 52’, classificação indicativa 12 anos)
 
Em Mato Grosso, onde vivem cerca de mais de 40 mil pessoas indígenas pertencentes a 42 etnias, duas equipes - uma indígena e outra não-indígena - cruzam olhares entre os modos de ver, sentir, pensar e agir de pessoas de diferentes culturas. Esta é a proposta do documentário, cujo projeto foi o vencedor mato-grossense da quarta edição do Concurso DOCTV, que fomentou a realização de documentários em todos os estados brasileiros. Na equipe que Glória Albuês reuniu para o filme estão os realizadores Caimi Waiasse Xavante, Winti Suyá e Maricá Kuikuro. O documentário foi difundido em rede nacional pela TV Cultura e selecionado, em 2017, pela CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) para o programa “Nossa Língua”, com circulação em países falantes da língua portuguesa.
 
“Manoel Chiquitano Brasileiro” (Aluízio Azevedo & Glória Albuês, 2014, 25’, classificação indicativa livre)
 
Retrata uma dupla luta: a luta particular de um índio Chiquitano em busca de sua documentação como cidadão brasileiro e a luta coletiva do povo Chiquitano, que vive um conflito de identidade étnica, mas vem buscando a demarcação de suas terras tradicionais, apesar das pressões que sofrem dos políticos de Mato Grosso e dos grandes fazendeiros e pecuaristas da região. O curta venceu o edital ETNODOC 2011 e foi difundido pela TV Cultura, além de ter sido selecionado no projeto SESC Amazônia das Artes, o que garantiu a circulação em unidades do SESC de todas as capitais da região Amazônica.
 
Serviço

Edição Especial da Temporada de Filmes do Cine Teatro Cuiabá, com difusão online de filmes de Glória Albuês.  
Data: A partir das 19h30 de terça-feira, 14 de abril de 2020.
Local: facebook.com/cineteatrocuiaba
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