Nós já estamos acostumados a ouvir “doar sangue é um ato de amor e salva vidas”. As orientações surgem em tantas campanhas publicitárias para incentivar a doação. No entanto, muitas pessoas nunca se sentiram estimuladas a doar seu sangue seu tempo, talvez por falta de mais informações, talvez por receio, ou por qualquer outro motivo que não podemos conhecer.
Na última sexta-feira (23) eu realizei minha primeira doação de sangue. Sou doadora universal, possuo sangue O negativo, qualquer pessoa pode recebê-lo, no entanto, se eu precisar receber um dia, só posso de alguém com esse mesmo tipo.
Sempre tive vontade de doar e já havia procurado um ponto de doação, mas eu não tinha o peso necessário, pelo menos 50 quilos. E, alcançados agora, resolvi doar e, mais ainda, relatar como foi, na tentativa de esclarecer detalhes e estimular mais pessoas a fazer o mesmo.
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Como foi minha primeira doação, o tempo que eu precisei foi de pouco mais de uma hora. Cheguei ao Hemocentro MT e pedi informações na recepção. Foi feito um cadastro de doadora com meus dados pessoais e precisei apresentar documento com foto.
Em seguida, fui encaminhada para a triagem, na qual profissionais iriam me classificar como capacitada ou não para fazer a doação. Esperei a fila (primeira vez em que fiquei feliz por haver uma fila, rs) e fui para a primeira etapa.
Uma profissional me pesou, perguntou minha altura, aferiu minha pressão, mediu o pulso, fez um pequeno furo em um dos dedos da não e realizou um rápido teste de anemia com a amostra coletada.
Tudo certo, então voltei ao corredor para esperar a próxima chamada. Minutos depois entrei em outra sala para uma entrevista individual e sigilosa, na qual a profissional faz perguntas fundamentais sobre o histórico de saúde e vida sexual do doador. São perguntas importantes e devem ser respondidas com muita honestidade.
A orientação é ter se alimentado muito bem pelo menos duas horas antes do procedimento. Além de estar bem hidratado. Tomei mais uns dois copos de água e logo fui chamada para a doação.
Muito simpática, a profissional que me assistiu foi de extrema delicadeza e educação. Explicou-me como tudo ocorreria, já que eu estava ali pela primeira vez. A agulha é realmente grande. Ela já avisa “a agulha é um pouquinho grande, se você não quiser, nem olhe, porque ela assusta, mas não dói, porque só coloco a pontinha”.
Honestamente, eu olhei e fiquei um pouco assustada, já que estava acostumada a ver agulhas bem finas para tirar sangue em laboratórios. Apesar da aparência, eu não senti muita diferença na “picada”. É uma dorzinha rápida.
A doação começou. Em pouco mais de 15 minutos eu havia enchido uma bolsa com 400 ml de sangue. Normalmente seriam 450 ml, mas, devido ao meu peso perto do limite, a orientação foi diminuir um pouco a quantidade.
Senti uma leve fraqueza durante o procedimento, mas passou rápido. Terminado o procedimento, fui encaminhada à copa, onde me serviram suco de maracujá, sanduíche de queijo e presunto e um tablete de goiabada.
Como eu estava sozinha, dirigindo e o calor estava muito insuportável lá fora, fui orientada a não ir embora e esperar pelo menos 20 minutos ali para garantir que eu não sentira nenhuma franqueza ou vertigem. Não senti nada e, passada a espera, fui embora.
Naquele dia não pude carregar peso e nem fazer qualquer atividade física. Recomendação de beber muito líquido e me alimentar bem. A parte líquida do sangue PE reposta em 24 horas e as células em algumas semanas.
As mulheres podem doar a cada 4 meses e os homens a cada 3 meses. Aproximadamente 20 dias após a doação, o doador pode voltar ao Hemocentro para retirar os resultados de todos os exames feitos com o sangue: tipagem sanguínea e fator RH, Hepatite B e C, Doença de Chagas, HIV, Sífilis e outros.
Doar sangue é rápido, é fácil e salva vidas. Quem tiver entre 16 e 67 anos, bom estado de saúde e mais de 50 quilos está apto a doar. O Hemocentro MT fica na Rua 13 de Junho, 1.055, Porto. Informações pelo 3623-0044.
