Começa na próxima sexta-feira (26), às 15h, o Congresso Internacional de Diversidade Sexual, Étnico-Racial, e de Gênero (CINABEH). A abertura conta com a participação do sociólogo francês, Sam Bourcier, e com apresentações culturais dos artistas cuiabanos Chris Chaves e Larissa Padilha. O evento acontece em formato virtual e é organizado pela Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (Abeh), com a ajuda de professores, pesquisadores e alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
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Os interessados ainda podem realizar inscrição em primeira chamada até o dia 29 de março. Para acessar a plataforma virtual do evento,
clique aqui. Com o tema “Políticas da Vida: Coproduções de saberes e resistências”, a proposta do congresso é incentivar os debates sobre gênero e sexualidade em diversas áreas do conhecimento. Dividido em três momentos, o encontro conta com uma programação composta por conferências, mesas, palestras e mostras artísticas.
Em quase 20 anos de trajetória, e mais de dez edições realizadas, essa é a primeira vez que o evento acontece sem o apoio financeiro das principais agências brasileiras de fomento científico, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Neste cenário, a presidente da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (Abeh), Profa, Dra. Bruna Irineu, reforça a importância de um evento como este para o fortalecimento de uma rede de solidariedade. ''Realizar um evento com envergadura de mais de dez edições em um momento político de regressão de direitos, é uma tarefa árdua que nós assumimos com muito compromisso. O fato de estarmos distantes e a dor que sentimos com a perda de pessoas queridas, coloca a urgência de fortalecemos nossas redes de solidariedade'', diz a presidente.
Ao falar sobre a história da Associação que realiza o evento, Bruna relembra o papel político e científico que a Abeah ocupa no país, já que a última gestão foi presidida pela Profa. Dra. Luma Nogueira. ''Fomos a primeira associação acadêmico-política a ser presidida por uma pesquisadora travesti, mas apesar dos disso, não podemos esquecer que se precisou de quase 15 anos para uma associação composta por pesquisadoras do campo LGBTQIA+ elegesse uma travesti e dois anos depois uma pesquisadora lésbica'', afirma.
Os estudantes e pesquisadores que desejam enviar trabalhos para o evento têm até esta segunda-feira (22) para enviar o resumo do trabalho. Já os participantes que desejam submeter propostas para minicurso, oficina, mostra artística e lançamento de livro têm até o dia 31 de março para enviar o pedido.
O congresso é uma realização da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH), com apoio da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão sobre as Relações de Gênero (NUEPOM), Núcleo de Antropologia e Saberes Plurais (NAPLUS) e da Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Universidade Federal de Mato Grosso (Uniselva).
Mais informações podem ser encontradas na plataforma virtual do evento,
clicando aqui.