O oficineiro e artesão Alexandre Paes, de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, acredita que se não ensinar aos seus alunos a como fazer a viola de cocho, esta arte irá morrer com ele. Em abril, Alexandre ministrou a oficina “Modos de Fazer Viola de Cocho”, que foi contemplada pelo edital Expressões Culturais Várzea-grandenses, com recursos da Lei Aldir Blanc no município.
Leia também:
Dermatologista completa 40 anos e dá dicas de como chegar nesta idade com uma pele jovem e saudável
"Penso no amanhã, não quero deixar essa riqueza e beleza que recebi do meu pai só para mim e não repassar para frente. Se eu não repassar para os alunos, ela morrerá comigo e não terá proveito nenhum", ressalta o artesão.
Alexandre aprendeu com seu pai o ofício de artesão da viola de cocho, mocho e ganzá. Desde 2010, quando entrou na Associação das Manifestações Folclóricas de Mato Grosso (AMFMT), ela ministra oficinas em Várzea Grande. Ele começou dando aulas de musicalidade para jovens na Escola Estadual Nadir de Oliveira e posteriormente iniciou as oficinas de viola de cocho.
Nas oficinas, além de ensinar a confeccionar a viola, ele também ensina a tocar o cururu e cantar o siriri, como é feito os versos e o que significam, ou seja, explica aos alunos todo o processo de musicalização.
Confecção artesanal
A madeira usada para a confecção da viola é extraída de árvores como o sarã de leite, chimbuva, cedro rosa, cajá manga, seriguela e cajueiro. Alexandre conta que costuma usar pedaços de árvores que já foram cortadas e descartadas porque para ele é muito gratificante dar vida a algo que foi jogado fora, “fazendo reviver”.