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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Franklin Andrejanini

Cuiabano “abandona” tudo para realizar sonho e conclui graduação no Canadá

Foto: Reprodução

Cuiabano “abandona” tudo para realizar sonho e conclui graduação no Canadá
Filho de uma cuiabana com um cearense, Franklin Andrejanini ficou conhecido por uma publicação no Instagram Xômano Que Mora Logo Ali, que reuniu mais de 6,7 mil curtidas. À época, ele estava comemorando a conclusão da graduação em marketing na New Brunswick Community College (NBCC), no Canadá. A mudança para o país se deu por acreditar que lá teria mais oportunidades. 

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Ao finalizar o ensino médio, ele passou a trabalhar com informática e, na época, já estava buscando uma nova oportunidade porque as coisas não estavam fáceis. Aos 19, foi para São Paulo, onde ficou por dois anos pregando o evangelho e posteriormente chegou a trabalhar em uma escola de inglês em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá) e depois montou uma franquia em Cáceres (a 219 km de Cuiabá).

Ao sentir que tinha cumprido seu papel com as escolas, foi estudar direito em Brasília (Distrito Federal). Formado, ele deu aulas para concursos por 10 anos, enquanto seus filhos iam nascendo. O dinheiro que conseguia enquanto professor era bom e, hora ou outra, vinha para Mato Grosso visitar seus familiares.

Por volta de 2015, Franklin começou a cogitar a possibilidade mudar-se para outro país, em busca de novas oportunidades para fazer uma nova graduação, por acreditar que no Brasil não seria muito valorizado. Decidido a se mudar, Franklin começou a estudar ainda mais inglês até que em meados de 2019 pôde mudar-se para o Canadá. Inicialmente, o país cogitado era os Estados Unidos, mas as oportunidades não deram certo.

No Canadá, ele decidiu fazer graduação na área de marketing por estar decepcionado com o Direito e área judiciária em geral e, para conseguir pagar os estudos, precisou trabalhar bastante, assim como sua esposa Wanessa Lima Andrejanini. Frank conta que teve “trabalhos de imigrante”, como ele mesmo classifica. Passou por recepções de hotéis e supermercados.

“Quando eu vim para cá, foi bem na eleição do Bolsonaro. Pensei: ‘cara, ele vai vencer e ferrar com tudo’. Quando eu vim mesmo, o governo dele já estava iniciando e só foi confirmando nossos pontos de vista do que iria acontecer com a economia do Brasil. Com ou sem pandemia, o Brasil já estava em recessão economica”.

Franklin teve dificuldades para se adaptar à nova realidade de ficar enclausurado em casa por conta dos invernos rigorosos, mas ao longo do tempo conseguiu se ajustar. Os amigos canadenses também contribuíram para a adaptação. “Quando você passa dois invernos no Canadá, você entende que o povo daqui é forte no sentido de lutar por aquilo que eles querem”.

Ao Olhar Conceito, Franklin conta que o verão também é um período complicado no Canadá, mas explica que não é possível fazer comparações com Cuiabá, por exemplo. Para Franklin, mesmo com as temperaturas altas, ainda é possível se refrescar de forma mais fácil na capital mato-grossense, visto que a arquitetura das casas é benéfica com calor, sendo possível abrir janelas ou então se refrescar com um ar-condicionado. Já no Canadá, as casas são preparadas para o frio, com janelas compostas por vidros duplos e pouca abertura, por exemplo. 

“Quando chega essa época do ano, o calor é insuportável. Agora imagina, a casa é isolada termicamente, com um tipo de dry wall, para conservar o calor internamente. Agora imagina, semana passa deu 32ºC. Em uma casa termicamente isolada, [a temperatura] é muito maior. Não é como estar em Cuiabá”, explica em entrevista ao Olhar Conceito. “Aqui o calor é muito grande e existe um alerta nacional de incêndio”, acrescenta.

Franklin relembra quando trabalhava em Cuiabá, na Avenida Coronel Escolástico, e ia a pé almoçar, enfrentando o calor que para ele é mais pesado que o canadense, pelo que enfrentou até agora. A diferença fica por conta da inversão, com temperaturas em -25ºC no inverno, e 30ºC no verão.

Segundo reportagens da CNN, a onda de calor no Canadá tem provocado mortes na região da Colúmbia Britânica, onde fica localizada Vancouver, que chegou a atingir 38,6º C. Mais de 480 mortes foram notificadas - 65 somente em Vancouver - e a principal suspeita é o calor. Na região, também foram notificados 240 incêndios e no município de Lytton foram 49,6 ºC registrados na última terça-feira (29).

Franklin terminou a gradução na New Brunswick Community College (NBCC) e trabalha atualmente na área de marketing em uma empresa de renome no Canadá.
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