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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Trigória se transforma em palco para o rasqueado cuiabano nesta sexta-feira

Foto: Reprodução

Trigória se transforma em palco para o rasqueado cuiabano nesta sexta-feira
O Restaurante Trigória se transformará em um palco para o rasqueado cuiabano nesta sexta-feira (20), a partir das 19h. O Rei do Rasqueado, Roberto Lucialdo, é uma das presenças confirmadas na Noite Cuiabana, e ele ainda irá lançar com exclusividade uma nova canção, “Marimondinho”.

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O show desta sexta-feira também conta com a participação de grandes nomes da música cuiabana e mato-grossense: Vera e Zuleika, Gilmar Fonseca, Eridson Marques, Dilson Oliveira, Maestro Fabrício e Raoni Ricci.

O Restaurante Trigória fica localizado na Avenida Haiti, número 468, no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. A Noite cuiabana está programada para começar às 19h. Para entrar, é preciso adquirir um ingresso no valor de R$ 20 por pessoa.

Herança paraguaia e a mistura com Mato Grosso

O rasqueado cuiabano surgiu após a Guerra do Paraguai, que chegou ao fim em março de 1870. Com a prisão de paraguaios em Várzea Grande, não demorou muito para que a polca paraguaia se misturasse com o siriri e cururu. A partir desta mistura, o rasqueado se divide em dois, fronteira e cuiabano, de acordo com Guapo em seu livro “Romedeia co que tem”.

O rasqueado de fronteira se caracteriza pelo pouco uso de instrumentos, como acordeão e violão, tendo influência por ritmos platinos, como a própria polca, valsa, tango e chamamé. Já o rasqueado cuiabano, com instrumentos de sopro, piano e violino, tem influência do samba, chorinho, marcha dobrado e outros.

Sua popularização começou por conta da proclamação da República. Com a necessidade de serem eleitos, políticos traziam cantores do gênero em eventos que ficariam conhecidos mais tarde como “showmícios”. O gênero musical se tornou tão importante para o estado que é considerado rítmo símbolo musical de Mato Grosso, por meio da Lei 8.203/2004. 

O rasqueado, todavia, era visto pela elite cuiabana com olho torto. Foi preciso que alguns músicos recorrentes dos saraus cuiabanos, Mestre Ignácio, Honório Simaringo e outros, trouxessem o ritmo para estas noites.

A década de 1990 foi uma época onde houve uma explosão do rasqueado em Cuiabá por conta do projeto Rasqueart. O evento reuniu mais de 30 mil pessoas apaixonadas pelo gênero. Atualmente, o principal projeto ligado diretamente ao ritmo musical é a Rua do Rasqueado, também iniciado nesta década.

“É uma das principais expressões culturais que nós temos. É uma expressão ligada a música e, quando se fala de música, existem alguns viveis e, entre eles o econômico. O rasqueado está hoje em nossa raiz e tradição. Quando você realiza um evento, você participa de uma festa ou alguma atividade específica e coloca o rasqueado não há como ficar parado”, destaca o secretário.
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