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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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​DIA DE COMBATE À OBESIDADE

Especialista aponta que mudança de estilo de toda família é fundamental para garantir uma vida saudável

Foto: Reprodução

Especialista aponta que mudança de estilo de toda família é fundamental para garantir uma vida saudável
O médico especialista em emagrecimento e longevidade do Hospital São Judas Tadeu, Arnaldo Patrício, tem defendido mudanças no estilo de vida das famílias, já que maus hábitos alimentares e sedentarismo levam à obesidade. Para ele, a demonização de certos tipos de alimentos e gorduras boas a partir da década de 60 foi um dos fatores que ocasionou surtos de obesidade.
 
Ele exemplifica que há meio século, acreditava-se que ovos, manteiga e banha eram ruins para a saúde e que a introdução de alimentos ricos em carboidratos na alimentação era incentivada. Combater esses mitos e estimular dietas equilibradas são temas a serem debatidos neste dia 11 de outubro, Dia Nacional de Prevenção da Obesidade.
 
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“Os fast foods, os alimentos industrializados e a mudança de hábitos de vida provocaram uma epidemia de obesidade”, explica Patrício. “O intenso lobby da indústria alimentícia para vender mais produtos industrializados e inibir o consumo de verduras foi um verdadeiro crime contra a humanidade", complementa.
 
O especialista explica que a gordura causa muitos problemas, pois produz citosinas que inflamam e predispõe o organismo a doenças como a hipertensão, doenças respiratórias, doenças psíquicas e emocionais, vários tipos de câncer e a diabetes tipo 2.
 
“A diabetes expõe o indivíduo a doenças vasculares cerebrais, infartos, a perda da visão, a insuficiência renal, infarto. Isso ficou bem evidente na pandemia”, destaca.
 
Segundo o médico, o que pode levar uma pessoa a obesidade depende de muitos fatores. Um estudo do Ministério da Saúde do ano passado apontou que 12,4% das crianças de 0 a 9 anos em Mato Grosso estão com excesso de peso.  Ou seja, uma a cada 10 crianças está acima do peso.
 
Já dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que é realizado desde 2006 em todas as capitais e no Distrito Federal, aponta que Cuiabá é a segunda capital com maior número de homens obesos, com 25,4%, ou um a cada quatro homens. A Vigitel também demonstrou que o índice tem aumentado ao longo dos anos, o que indica pouca mudança em termos de comportamento de consumo.
 
Um exemplo é o consumo de refrigerantes. O estudo também revelou que as mulheres cuiabanas estão em terceiro lugar no consumo de refrigerante. De acordo com o levantamento, 15,3% das entrevistadas afirmaram consumir refrigerante mais de cinco vezes por semana.
 
Arnaldo Patrício observa que o comportamento dos adultos impacta diretamente nos hábitos alimentares de crianças e adolescentes. Todos devem ser tratados com a melhora do hábito alimentar.
 
“Não adianta conversar com a mãe e à noite o pai chegar com refrigerante e um monte de pizza. É necessário tratar os pais, tratar somente os pequenos não adianta. Tem que ser a família inteira”, afirma.
 
Mudanças no estilo de vida
 
O médico afirma que não existe forma de se tratar o excesso de peso sem adotar um estilo de vida saudável, com menos consumo de alimentos calóricos e mais exercícios físicos.
 
Para crianças e adolescentes, modificar o estilo de vida significa mudar hábitos familiares, que muitas vezes são resultado de nossa forma de pensar. Por isso, é muito importante procurar um médico especialista que poderá indicar tratamentos auxiliares como acompanhamento psicológico, uso de medicamentos, entre outros.
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