13 Mai 2023 - 14:44
Da Redação - Bruna Barbosa
Foto: Reprodução
Apesar da pouca idade, Ana Clara Bezerra de Lima, de 18 anos, descobriu cedo a vontade de empreender. Quando trabalhou em uma cafeteria, a jovem conta que sentiu na pele as consequências da desvalorização dos trabalhadores e das cargas horárias exaustivas. Foi quando decidiu que abriria a própria empresa: o primeiro “cat café” de Cuiabá, uma cafeteria que une as palhas italianas e os brownies que ela faz sozinha com o amor pelos gatos.
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O plano é abrir espaço para o público em 2024. Até lá, a “Cat Mosfera” funciona apenas na modalidade delivery, pelo IFood. Ana Clara conta que fez curso na Confeitaria Maskavo, em São Paulo (SP) para aprender a executar as receitas de doces com qualidade.
O foco da jovem é produzir palhas italianas perfeitas e com sabores diferentes, como cappuccino, limão e bicho de pé.
“A palha italiana é nosso carro chefe, mas também fazemos brownies, brigadeiros e cookies. Decidi experimentar sabores diferentes como palha italiana de limão, cappuccino, coco e bicho de pé. Por enquanto os pedidos podem ser feitos pelo Ifood, fica disponível todo dia, mas terça e quinta-feira, por exemplo, são os dias reservados para os brownies”.
Ana Clara começou a vender os doces ainda durante o ensino médio, quando estudava no Colégio Salesiano São Gonçalo, em Cuiabá.
A pandemia da covid-19 e a chegada da época de vestibular exigiram uma pausa na produção das palhas italianas. No final de 2022, uma viagem para São Paulo reacendeu a vontade da jovem de empreender.
“Minha mãe descobriu um lugar chamado ‘Gato Pingado’, que também é um cat café. Começamos esse planejamento, conversamos com empreendedoras que estão no mercado há anos. Estamos estudando a melhor forma de trazer para Cuiabá. Estamos correndo atrás dos documentos, já conseguimos um local para poder desenvolver. Também estamos vendo o que vai precisar ser feito, a adaptação da cozinha. Todas essas questões mais práticas”.
A jovem nasceu em Sinop (513 km de Cuiabá), mas se mudou para Cuiabá com seis anos. Quando chegaram na capital, ela e a mãe começaram uma ONG de proteção animal, a “Patinha de Luz”.
Ela conta que a mãe descobriu o amor pela veterinária, curso que se formou no ano passado. O plano é que gatos acolhidos por ONGs recebam os clientes em um cômodo especial da cafeteria.
“O cliente vai poder entrar pagando uma taxa de R$ 10, que será usado para a alimentação e outros cuidados dos gatos. Vamos ter uma veterinária que será contratada por nós para ser responsável por eles. Então, qualquer problema que acontecer, vamos usar esse dinheiro para possíveis tratamentos”.
Café, coworking e “Recanto dos Gatos”
Ana Clara explica que o projeto prevê a cafeteria dividida em três espaços: coworking, café e o “Recanto dos Gatos”, onde os felinos poderão receber o carinho dos clientes, que também vão poder adotar os gatinhos do cat café.
“O cliente que gostar de algum dos gatos que conhecer lá, sentir afinidade, vai poder adotar. Vamos marcar um dia para conversar e depois visitar a casa da pessoa para verificar se está tudo certo para receber o gatinho”.
O espaço da cafeteria, onde serão vendidos os doces que Ana Clara é apaixonada por fazer, também será “pet friendly”, ou seja, os clientes poderão ir ao local acompanhados de seus cães ou gatos.
“Você vai poder levar seu pet para fazer companhia enquanto você estiver ali. Serão espaços separados, os gatos do Recanto dos Gatos não terão contato com os animais que estiverem na cafeteria. Estamos criando tudo de um jeito muito especial para os gatos e para os futuros clientes. É tudo muito meticuloso, precisamos organizar cada detalhe”.