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Terça-feira, 08 de outubro de 2024

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Cuiabana viraliza ao falar sobre morte do irmão eletrocutado em computador: 'época mais difícil da minha vida'

Foto: Reprodução

Cuiabana viraliza ao falar sobre morte do irmão eletrocutado em computador: 'época mais difícil da minha vida'
Quando decidiu gravar um relato sobre a morte do irmão aos 13 anos, a gerente de vendas Juliana Maciel Latorraca, não esperava que o vídeo fosse alcançar mais de 2 milhões de visualizações no Tik Tok. Ela conta que queria apenas falar sobre o processo de luto e sobre o conforto que a família encontrou em cartas psicografadas. 


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Ao Olhar Conceito, Juliana conta que tinha 11 anos quando o irmão, Felipe Maciel Latorraca, foi eletrocutado ao encostar na placa mãe do computador da família, em 2007. No dia, os dois chegaram da escola, almoçaram e Felipe decidiu jogar.

Quando percebeu que a caixa de som estava desconectada, o adolescente, que estava descalço, se deitou no chão para ajustar o cabo no CPU. Foi neste momento que ele tomou um choque na frente da irmã. 

"Lá em casa tem uma tomada de fio terra, até hoje a gente não sabe se pode ter influenciado ou não, acreditamos que sim. Ele tomou esse choque e ficou tomando o choque, ele não soltou, porque estava deitado em cima dessa tomada de fio terra. Ele ficou grudado no computador e eu estava na frente dele. Fiquei vendo ele, ele falava 'Juliana', tentando me mostrar que estava tomando o choque. No primeiro Juliana, ele ficou vermelho, no segundo, ele ficou roxo e, no terceiro, ele desmaiou", conta a gerente.

No momento, os pais dos irmãos não estavam em casa e ela conta que, com ajuda de uma funcionária, tentaram achar o padrão da casa. "Fiquei apavorada, saí no meio da rua pedindo socorro, naquela época eu nem sabia direito o que era morte, só achava que meu irmão estava desmaiado. Nisso, as mulheres lá de casa, já eram mais velhas, já assustaram, ligaram para minha mãe, ela ficou desesperada. O Samu não chegou, a gente ligava, não chegou. Uma vizinha, que era avó do melhor amigo dele chegou, saímos correndo para o hospital". 

A cuiabana conta que a família sempre foi unida e conectada, mesmo com a diferença de quase dois anos entre os irmãos, Juliana lembra que os dois eram inseparáveis. "Como nossa diferença de idade nem chegava a dois anos, a gente fazia muitas coisas juntos, óbvio, ele por ser menino gostava de umas brincadeiras e eu de outras, mas a gente sempre foi muito conectado, a gente brigava, mas se amava e se defendia, contra tudo e contra todos". 
 
@juliana__maciel Respondendo a @Kássia Sousa como meu irmao morreu na minha frente #fy #foryou #paravoce #morte #irmao ♬ som original - juliana__maciel
Processo de luto 

Juliana afirma que o processo de luto da morte do irmão foi a época mais difícil que viveu, como tinha apenas 11 anos, ela teve dificuldade de entender a ausência do irmão. "Entender que a partir daquele momento ele não estaria mais conosco, que a nossa família não teria mais ele, que era uma presença tão forte. Ele foi o primeiro neto, primeiro sobrinho. Foi muito complicado, para processar isso doeu muito, a gente teve muita dificuldade de entender". 

Para a cuiabana, compartilhar o relato é uma forma de acessar pessoas que também passam por processos de luto ou que ainda não superaram a morte de um ente querido. Em outra publicação, Juliana lê uma carta psicografada do irmão e explica que também quis falar sobre o tema, que pode servir de conforto para outros que estão em luto. 

"As cartas psicografadas que recebemos dele podem receber muita gente no sentido de ir buscar também, procurar respostas, procurar entender sobre os entes queridos, todo mundo perde muita gente ao longo da vida e tem pessoas que sofrem mais que as outras, tem perdas mais doloridas que outras. Meu intuito de compartilhar é mostrar que é possível, para as pessoas que creem, que existe esse lado no espiritismo. Também para as pessoas entenderem a gravidade da eletricidade, que a descarga elétrica mata". 

Juliana explica que a "família seguiu", apesar de datas comemorativas ainda provocarem o choro da mãe dela, como o aniversário do irmão, por exemplo, que nasceu em 13 de março. "Fico pensando muito também em como seria nossa relação se ele tivesse vivo hoje, como seria nossa irmandade e reciprocidade. Ao longo da minha vida sempre pensei isso, quando tinha 18 anos pensava em como seria se tivesse apresentado um namorado, se ele tivesse me levado para a balada. Sinto muita falta disso, as vezes me pego pensando, vejo quando dois irmão são muito ligados e conectados, penso bastante em como seria se o Felipe tivesse aqui, mas como não tem essa opção, acredito muito na reencarnação e de que num futuro nós estaremos juntos novamente". 
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