A compra de um apartamento para a mãe no Rio de Janeiro (RJ) e a reforma da cozinha da avó estão na lista de conquistas da atriz cuiabana Bella Campos, que falou sobre os sonhos e saúde mental em entrevista à Glamour Brazil. Em fevereiro, Bella Campos revelou ter tido depressão e crises de ansiedade.
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A cuiabana contou que se viu no "limite da exaustão", assim como muitas pessoas que se rodeadas de demandas e rotinas atribuladas. Para a atriz, a decisão de tornar o diagnóstico público foi importante para o processo, já que a fama envolve camadas de glamourização.
"Nunca tinha passado tanto tempo sem ver a minha família, meus amigos, as pessoas e lugares que me reconectam com quem eu sou em minha essência. Isso me abalou muito. Houve momentos em que eu não lembrava mais o que me motivava de verdade, mas não me sentia no direito de reclamar por saber que desejei cada uma dessas conquistas. Hoje, o que levo disso é a sensação de trabalhar mais minha mente para ter mais calma e nunca mais me esquecer da Isabella Campos".
Bella Campos também falou sobre os sonhos que já conseguiu realizar por conta do trabalho como atriz. A cuiabana ficou famosa quando interpretou a Muda, em Pantanal, na Rede Globo. Por conta da profissão, ela conseguiu levar a mãe e a irmã para morarem no Rio de Janeiro.
"Comprei um apartamento para elas, reformei a cozinha da minha avó. Estou em busca de um apartamento para mim também. É engraçado esse lance da conquista da casa própria. Muitas pessoas falam que é melhor alugar do que comprar. Mas alugar só vale para quem vive de patrimônio, quem não precisa se preocupar com os pais. A gente tem medo de não dar conta. Eu estou construindo meu patrimônio com o meu trabalho. Não tem patrocínio, nada foi dado, nada foi herdado. É tudo fruto do meu esforço".
A atriz ainda reforçou que, em uma sociedade machista, é importante que as mulheres conquistem o próprio patrimônimo. "Esse pensamento de que nós, mulheres, não precisamos de casa própria é parte da sociedade patriarcal em que vivemos. Uma sociedade machista e misógina. Sou, sim, merecedora. Estou conseguindo viver coisas leves, tranquilas. Comer bem, estar bem, com família e amigos por perto".