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Terça-feira, 08 de outubro de 2024

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Dia Nacional de Combate ao Glaucoma: oftalmologista destaca importância do atendimento precoce

Foto: Reprodução

Dia Nacional de Combate ao Glaucoma: oftalmologista destaca importância do atendimento precoce
O oftalmologista especializado no atendimento de pacientes diagnosticados com glaucoma, Jadson Eduardo Coleta Coutinho, que atua no Instituto de Oftalmologia do Centro-Oeste (IOCO), em Cuiabá, destaca a importância do tratamento precoce da doença ocular crônica que, nas fases iniciais, é silenciosa e sem sintomas. 


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O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, é celebrado neste domingo (26). Jadson ressalta que a doença é a segunda causa de cegueira no Brasil, atrás apenas da catarata. Apesar de uma doença crônica e sem cura, o  glaucoma pode ser controlado com tratamento adequado e contínuo.

O diagnóstico precoce é essencial para que o glaucoma não evolua para cegueira. Ao Olhar Conceito, o oftalmologista afirma que a maioria dos pacientes que chegam no consultório são diagnosticados com a doença, sendo que boa parte deles já em estágio avançado.

"Todos os dias acontece de chegar paciente em estágio avançado, a maioria desses pacientes chegam em estágio final da doença, principalmente àqueles que não são acostumados de realizar consultas com oftalmologista, só o procuram quando começa a acometer a visão, já estando no estágio final. Nesses casos somos um pouco mais agressivos com o tratamento, possivelmente muitos deles vão para a cirurgia".
 

O médico explica que o glaucoma faz com que o paciente perca a visão periférica, sendo que o último estágio da doença acomete a visão central. O principal caso é o glaucoma primário de ângulo aberto que, como define Jadson, é uma doença que acomete o nervo óptico.  O principal fator de risco e único tratável é a pressão intraocular. 

Por isso, ele ressalta a importância de ir ao oftalmologista para verificar a pressão intraocular e fazer o exame de fundo de olho, que é uma avaliação do nervo óptico. "Com isso você consegue o diagnóstico e começar o tratamento. É interessante fazer acompanhamento com médico especialista em glaucoma uma vez feito o diagnóstico. A pessoa não sente nada, a doença é completamente silenciosa". 

Já o glaucoma por fechamento angular na maioria das vezes apresenta sintomas como dor, fotofobia e embaçamento visual. No entanto, o oftalmologista explica que é menos comum que o glaucoma de ângulo aberto, porém mais agressivo e com maior evolução para cegueira. 

"Não existe cura para o glaucoma, você inicia o tratamento para diminuir a progressão e dar anos de visão ao paciente, aquilo que você perdeu, não volta mais. A princípio o tratamento pode ser realizado com laser, isso para os glaucomas primários de ângulo aberto, hoje já entra como primeira linha de tratamento, ou através dos colírios, quando a gente não consegue um controle adequado com os colírios, aí a gente vai para as cirurgias antiglaucomatórias". 

Diagnóstico e tratamento 

Entre os exames utilizados para a confirmação do diagnóstico do glaucoma estão: exame de campo visual (campimetria), tonometria, exame do disco óptico (fundoscopia), gonioscopia, paquimetria e retinografia. Jadson reforça que é importante realizar regularmente os exames solicitados pelo oftalmologista para verificar se houve aumento da lesão causada pelo glaucoma. 

"Nesses casos [mais avançados] somos um pouco mais agressivos com o tratamento, possivelmente muitos deles vão para a cirurgia. A melhor coisa que tem é quando chegam precoce ou as vezes chegam só com a pressão ocular elevada, sem a neuropatia óptíca, aí você consegue dar anos luz de visão para esse paciente". 

O tratamento pode ser feito por medicamento, laser e cirurgias, que costumam ser necessárias em casos mais avançados. O oftalmologista explica que os medicamentos são eficazes na redução da pressão intraocular na maioria dos casos e, em geral, os colírios são bem aceitos pelo organismo. 

Jadson também reforça a importância do acompanhamento períodico em casos de diagnóstico de glaucoma. "A gente classifica o estágio da doença em  leve, moderado ou grave. Então, dependendo dessa gravidade é necessário ter um acompanhamento a cada quatro ou oito meses, nele é feito a medida da pressão e exames para avaliar a progressão . 

Um dos casos que protelam o diagnóstico de glaucoma é o de pacientes que procuram pessoas não credenciadas  para fazer o exame que identifica o grau de óculos.

"Eles não avaliam isso, na hora que começa a acometer a visão do paciente, já está no estágio final. Com oftalmologista, ele deve fazer essa avaliação, todo oftalmologista é preparado para fazer essa avaliação e fazer o possível diagnóstico, fazemos a avaliação de fundo de olho, que é onde você faz o diagnóstico de glaucoma, através da avaliação do nervo óptico. Se você só faz um óculos, e não mede a pressão, você passa batido, porque ela só vai trazer sintomas em estágio final, se você não costuma acompanhar com oftalmologista, na hora que percebe piora da  sua visão pelo glaucoma, você está em estágio final".. 
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