Enquanto as grandes avenidas e centros históricos foram ocupados pelo Carnaval de rua dos tradicionais blocos brasileiros, os quatro dias de folia em Cuiabá levaram milhares de fiéis para eventos religiosos. Voltado para o público católico, o Vinde e Vede contou com mais de 10 mil pessoas participando da programação.
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Fotos também mostram o encerramento do Umadecre, evento com programação gospel realizado no Grande Templo, em Cuiabá, com as arquibancadas lotadas. O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), participou do Umadecre nessa quarta-feira (5) e, no palco, manteve o alinhamento com o eleitorado conservador e evangélico ao afirmar que a chave da cidade não seria entregue ao Rei Momo, algo tradicional no Carnaval.
"Neste Carnaval, o Rei Momo não vai colocar as mãos na chave de Cuiabá. Neste ano entreguei as chaves de Cuiabá nas mãos do Rei dos reis, Senhor dos senhores, o nosso Senhor Deus. Nossa cidade se chama Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá. Ao Senhor Deus, toda Honra e toda Glória", disse o prefeito na publicação.
A tradicional entrega da chave ao Rei Momo é um rito simbólico realizado em diversas cidades do Brasil e do mundo, marcando o início das festividades carnavalescas. A figura do Rei Momo representa a alegria e a descontração do período, e o ato de receber a chave da cidade simboliza a permissão para que a folia tome conta do município temporariamente.
O Carnaval, além de ser uma manifestação cultural e histórica no Brasil, tem impacto significativo na economia local, movimentando diversos segmentos, como turismo, alimentação e serviços, gerando emprego e renda para trabalhadores informais e estabelecimentos comerciais.
Em Cuiabá, o Carnaval de 2025 não contou com investimento de recursos públicos por parte da Prefeitura, que atuou de forma indireta com liberação de alvarás e fiscalização. Além das festas particulares que foram realizadas na capital, foliões tentaram resgatar o carnaval de rua no Centro Histórico.
Os eventos realizados pelos bares, como o Rebu na Rua, que levou centenas de pessoas para o bairro Boa Esperança, em Cuiabá, contou apenas com apoio do Governo de Mato Grosso.
Com o Cordão Vem Quem Quer, o cortejo contou com concurso de fantasia, perna de pau e bateria. O grupo percorreu o Centro Histórico de Cuiabá até a Praça da Mandioca. Em seguida, os foliões se concentraram na Rua Ricardo Franco.
.jpg "Sem apoio da prefeitura, carnaval de rua acontece de forma tímida enquanto eventos religiosos lotam em Cuiabá")
