A decisão da companhia aérea Azul Linhas Aéreas de suspender, a partir de 1º de julho, voos diretos de Cuiabá para seis cidades brasileiras acendeu um alerta no setor hoteleiro de Mato Grosso. A presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Mato Grosso (ABIH-MT), Liliane Alcântara, avalia a mudança com preocupação e ressalta o impacto negativo para que Cuiabá receba grandes eventos, como o show do Guns N' Roses, no futuro.
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A informação sobre a suspensão dos voos foi confirmada no início da semana pela Centro-Oeste Airports (COA), concessionária que administra o Aeroporto Internacional Marechal Rondon. A partir do próximo mês, deixam de ter voos diretos com a capital mato-grossense os seguintes destinos: Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Brasília (DF), Maceió (AL) e Alta Floresta (MT), este último anunciado em maio.
“Tivemos uma outra notícia que foi um pouco preocupante, porque se alguém quiser vir de Brasília para cá, por exemplo, é uma das cidades em que a Azul cancelou o voo para Cuiabá. É preocupante. A gente fica naquela: ‘o que vem primeiro, o ovo ou a galinha?’. A gente recebe um evento e se estrutura em todos os aspectos depois ou a gente estrutura primeiro para receber esses eventos depois?”, questiona a presidente da ABIH-MT.
Lilian explica que os hotéis da capital estão preparados para a alta demanda, com reformas recentes e investimentos em estrutura, mas a redução da malha aérea pode afastar promotores de grandes eventos.
“Quanto mais reduzida estiver nossa malha aérea, pior para gente, até na questão de pleitear eventos. Quando o organizador de um grande evento pensa em um lugar para receber aquele evento, uma das coisas que ele vai olhar é a malha aérea. Se for muito difícil, muito caro, muito pouco, ele vai repensar, vai colocar em um lugar com mais acesso.”
Em nota, a COA ressaltou que a definição de rotas e horários é de responsabilidade exclusiva das companhias aéreas, que ajustam suas malhas conforme estratégias comerciais e operacionais. Passageiros com bilhetes já emitidos devem procurar a Azul para tratar de reacomodações ou reembolsos.
O
Olhar Conceito procurou a assessoria de imprensa da companhia aérea, que ainda não se manifestou sobre os voos suspensos.