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Sábado, 19 de julho de 2025

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Dermatologista fala sobre 'onda' de faceliftings com 'novo rosto' de Anitta e perigos de começar cirurgias mais jovem

Foto: Reprodução

Dermatologista fala sobre 'onda' de faceliftings com 'novo rosto' de Anitta e perigos de começar cirurgias mais jovem
A cantora Anitta voltou a movimentar as redes sociais nos últimos dias, após surgir com um ‘novo rosto’, com traços mais definidos, pele lisa e quase nenhuma linha de expressão, em um aspecto ‘mais boneca’. A mudança gerou especulações na mídia, indicando que talvez a artista pop tenha realizado um Deep Plane Face Lifting, técnica de rejuvenescimento facial considerada uma das mais avançadas da atualidade.


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A dermatologista Dra. Elaine Togoe Kunze, em entrevista ao Olhar Conceito, analisou a evolução das intervenções estéticas feitas pela cantora ao longo dos anos.

“A Anitta já havia mudado bastante o rosto dela com preenchimentos e cirurgias, como no nariz e nos lábios. Ela não é aquela pessoa que quer manter a mesma fisionomia. Se for para mudar e ficar mais bonito, no padrão de beleza que ela acredita, ela muda sem medo”, afirma a médica.



Segundo a especialista, esse último procedimento foi mais radical, sobretudo pela técnica utilizada. “O facelift profundo não puxa só a pele, ele traciona músculos, tendões e tecidos mais profundos, dando um efeito mais fino ao rosto. É uma cirurgia que antigamente era reservada para quem tinha excesso de pele pela idade, mas que agora tem sido feita cada vez mais cedo”.

Aos 32 anos, Anitta optou pelo procedimento que, segundo a Dra. Elaine, normalmente é reservado para idades mais avançadas. “Essa cirurgia é indicada para quem tem excesso de pele ou flacidez muito evidente, que costuma aparecer após os 50. Quando feita tão jovem, pode parecer que o resultado é rejuvenescer, mas, na prática, é mais uma mudança de fisionomia do que de idade real”.

“Se compararmos fotos antigas, mesmo da juventude, ela nunca teve esse rosto tão esticado e afilado. É um outro formato”, complementou a dermatologista.

Dra Elaine alerta que ao antecipar etapas e recorrer a técnicas invasivas cedo demais, há riscos cumulativos, pois os pacientes que começam estes procedimentos agressivos antes dos 35 anos, podem se tornar dependentes de cirurgias sucessivas.

Ela explica que uma cirurgia plástica tão precoce pode comprometer a saúde da pele no futuro. “Quando você faz um lifting aos 30 e poucos anos, como foi o caso da Anitta, você está esticando uma pele que ainda tem colágeno e firmeza naturais. A camada dérmica fica mais fina, as fibras de colágeno se fragilizam, e o envelhecimento continua. Aos 50, provavelmente vai precisar de outras cirurgias e mais tratamentos de sustentação”.

“A pele perde resistência, e manter aquele aspecto vai exigir cada vez mais intervenções. No futuro, pode ficar até mais envelhecida que alguém que preservou a firmeza natural por mais tempo”, complementou.



Influência na nova geração

Nos últimos anos, nota-se que a influência das redes sociais e o culto aos filtros perfeitos têm levado muitas pessoas jovens a procurar procedimentos invasivos, conforme relatado pela dermatologista.

 “O que começa com os artistas chega rapidamente ao público. Muitos pacientes chegam mostrando fotos de celebridades e dizendo querer ter uma característica ou um rosto igual, como por exemplo, uma boca da Angelina Jolie. Mas cada pessoa tem seu formato de face, seu contorno. Não adianta preencher ou operar esperando que vai ficar igual a outra”, reforçou Dra. Elaine.

Fisionomia e identidade

A dermatologista ainda comparou a fisionomia com uma impressão digital: algo único de cada pessoa. “A característica facial é sua identidade. Quando você muda demais, você deixa de ser reconhecível até por documentos oficiais. Não é só uma mudança estética, é uma mudança de identidade.”

Dra. Elaine ressalta que há casos em que cirurgia plástica é necessária e traz resultados excelentes, especialmente em quem já apresenta flacidez avançada. Porém, em pessoas jovens, há inúmeras alternativas menos invasivas. Entre os tratamentos de prevenção e rejuvenescimento estão o uso de bioestimuladores de colágeno, fios de PDO, reposicionamento facial com a própria gordura (lipofilling) e a medicina regenerativa com exossomos.
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