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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Intenção de se hospedar em casa de conhecidos cresce no país, diz estudo

Uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Ministério do Turismo em sete capitais brasileiras entre os dias 30 de agosto e 19 de setembro revela que as pessoas que pretendem viajar nos próximos seis meses têm manifestado mais intenção se hospedar na casa de parentes ou amigos em comparação com o mesmo período de 2012.

Essa opção de estada foi citada por 39% das 2.100 famílias entrevistadas por telefone na "Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem", contra 36,7% no ano passado. O levantamento é mensal e tem sido feito desde 2005.

Esse fenômeno de escolher a casa de conhecidos foi visto em três dos quatro intervalos de renda familiar avaliados, tanto entre residências que recebem até R$ 2.100 quanto nas que ganham mais de R$ 9.600. Das capitais, Salvador foi a única em que o desejo de ficar na residência de parentes ou amigos ultrapassou o de se hospedar em hotel.

Os hotéis e pousadas ainda se mantêm no topo do ranking das intenções de hospedagem, mas registraram queda em um ano: de 52,3% em setembro de 2012 para 49,2% agora. Outras formas de estadia (como residências próprias ou alugadas, albergues e acampamentos) se mantiveram estáveis, sendo mencionadas por 11% dos pesquisados no ano passado e por 11,8% em 2013.

A FGV ouviu pessoas em domicílios das cidades de Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A sondagem também avaliou o público por renda familiar, faixa etária, grau de instrução, local de residência e gênero.

Segundo a pesquisa, setembro foi o mês com o maior índice de intenções de viagem registrado no ano, com 32,1% de respostas positivas na média das sete cidades. Entre os destinos mais desejados, estão os nacionais – que aumentaram de 70,2% para 74,1% de pretensão entre setembro de 2012 e de 2013 –, seguidos pelos internacionais (23,4%, contra 21,2% no ano passado).

O percentual sobre o exterior, porém, foi um dos mais baixos do ano, próximo ao verificado em janeiro, de 23,3%. Além disso, em 2012, 8,6% dos entrevistados não haviam decidido para onde ir no semestre seguinte, contra apenas 2,5% este ano.
Mais visados: Centro-Oeste e Sul

Entre os destinos domésticos, o Centro-Oeste foi o que teve maior destaque nas intenções de viagens dos brasileiros que vivem nas sete capitais analisadas. A região passou de 3,6% de citações em setembro de 2012 para 8% agora. O Sul vem em segundo lugar: passou de 16,2% das pretensões no ano passado para 17,9% em 2013.

As outras três regiões do país sofreram queda, e o Sudeste lidera a baixa – passou de 21,2% da preferência em 2012 para 18,5% desta vez. Na sequência, vem o Norte, que caiu de 8,9% para 6,8%. Depois, aparece o Nordeste, que, apesar da variação negativa, ainda é o destino turístico mais procurado do Brasil: citado por 48,8% das pessoas ouvidas em setembro deste ano, contra 50,1% em 2012.

Das sete capitais, Belo Horizonte e Salvador foram as únicas em que os moradores tiveram uma maior intenção de viagem para os próximos seis meses, em relação ao ano passado. Nas outras cinco, houve queda.
Gaúchos preferem carro e companhia

Os meios de transporte que as pessoas usam para viajar também foram avaliados pela FGV. O avião ainda é a forma preferida dos entrevistados (58,2% em setembro de 2013, contra 58,6% em 2012), mas o automóvel tem ganhado espaço: foi citado por 21,6% no passado e subiu para 26,7% agora.

Em seguida, aparecem o ônibus (12,2% este ano, contra 9,7% em 2012) e outros meios (como navio e caminhão), mencionados por 2,9% das pessoas desta vez, contra 10,1% há um ano.
Das capitais ouvidas, Porto Alegre é a que tem mais moradores com intenção de viajar de carro e acompanhados, com 41,2% e 98,7%, respectivamente. Sobre o uso de automóvel, na sequência aparecem Salvador (33,2%), São Paulo (31,5%), Brasília (22,7%), Rio de Janeiro (20,6%), Belo Horizonte (18,9%) e Recife (5,4%).
Em relação a viajar com acompanhante, depois da capital gaúcha vêm Rio de Janeiro (94,1%), Brasília (93,8%), Belo Horizonte (89,4%), Salvador (85,3%) e Recife (67,8%).
Renda afeta intenção
Entre as pessoas que reduziram a intenção de viajar nos próximos seis meses, a maioria faz parte das faixas de renda familiar até R$ 2.100 (baixou de 15,6% para 14,2%) e entre R$ 2.101 e R$ 4.800 (caiu de 28% para 24,2%).
A menor faixa de renda também manifestou maior pretensão de viajar dentro do Brasil, o que muda à medida que a renda aumenta, com destinos internacionais mais visados.

Idade e gênero
O grupo entre 35 e 44 anos é o que mais tem intenção de viajar no próximo semestre, segundo a pesquisa da FGV. Em seguida, vêm os idosos com mais de 60 anos, adultos com menos de 35 anos e, em último lugar, adultos de 45 a 60 anos.
Entre os homens, houve um aumento nas intenções de viagens: 38,7% em setembro de 2013, contra 37,9% no mesmo mês do ano passado. Já as mulheres foram mais cautelosas nas respostas: o número caiu de 31,3% em 2012 para 29,3% agora.
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