O envelhecimento da pele é um processo natural, mas pode ser acelerado por fatores externos, como a exposição solar sem proteção, alimentação inadequada e o acúmulo de radicais livres. Em meio à onda de calor que atinge Cuiabá, a dermatologista Elaine Togoe, da Clínica Luvittê, em Cuiabá, reforça que a hidratação associada ao uso de protetor solar é fundamental para reduzir os danos causados pelo clima extremo na pele dos cuiabanos.
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“Começamos com uma pele de bebê, saudável, mas ao longo da vida vamos acumulando lesões provocadas pelo sol, pela falta de protetor e até por fatores genéticos. Isso leva à destruição das fibras de colágeno e elásticas, ao aparecimento de rugas e manchas e, em alguns casos, ao desenvolvimento de câncer de pele”, explica a médica.
Ao
Olhar Conceito, Elaine explica que a proteção solar deve ser diária e estendida a todas as áreas expostas, como braços, pescoço, orelhas e pernas. “Mesmo quem não tem hábito de sair de casa precisa do protetor. O percurso até o banco, o shopping ou qualquer saída rápida já é suficiente para provocar danos cumulativos na pele. Esses efeitos não aparecem de um dia para o outro, mas vão se acumulando e deixando marcas”, alerta.
A recomendação é evitar o sol entre 10h e 15h, período em que a radiação ultravioleta é mais intensa, e reaplicar o protetor a cada três horas. Para facilitar o cuidado, a dermatologista sugere substituir o hidratante tradicional por um que contenha fator de proteção solar. “É muito mais prático. Você hidrata e, ao mesmo tempo, cria uma barreira contra os raios solares”, afirma.
No caso de Cuiabá, além das altas temperaturas, a baixa umidade intensifica os danos. “Com a seca, a pele perde a camada natural de ceramidas e óleos. Sem essa barreira, o calor agride ainda mais. O hidratante devolve essa proteção, e o filtro solar evita que o sol danifique as células”, destaca Elaine.
Ela explica que as manchas surgem a partir da agressão ao DNA dos melanócitos, responsáveis pela produção da melanina. “O tratamento clareia, mas se houver exposição solar em excesso sem proteção, a mancha volta. É um cuidado contínuo”, pontua.
A dermatologista lembra ainda dos sinais que indicam lesões provocadas pelo sol: “As melanoses solares, aquelas manchas escuras nos braços, podem evoluir para áreas brancas que não bronzeiam mais, porque o DNA já foi alterado. Também pode surgir a ceratose actínica, quando a pele fica áspera ao toque. Se não tratada, ela pode evoluir para câncer de pele”, explica.
Além do protetor solar, Elaine reforça que a nutrição da pele é importante para evitar o envelhecimento precoce. “Quando você tem uma pele hidratada e nutrida, com suplementação adequada, evita a formação de radicais livres e os danos celulares. Hoje temos ainda a medicina regenerativa, com cremes e tratamentos que atuam diretamente no DNA das células, ajudando a reparar os danos causados pelo sol”, conclui.
Na capital mato-grossense, onde o calor e a seca andam juntos, o alerta é claro: a prevenção deve ser prioridade. O uso de hidratante com proteção solar é um aliado para manter a pele saudável e reduzir os riscos das doenças mais graves.