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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Teatro de Brinquedo dá vida aos bonecos em experiências cênicas

Teatro de Brinquedo dá vida aos bonecos em experiências cênicas
As luzes se apagam e tudo é escuridão. De repente, luz. E eles tomam conta do palco, expandindo aquilo que se conhece para mostrar outras realidades. Para trazer à tona suas vivências, experiências, arte e sentimentos, dão vida aos títeres, dialogam entre si, monologam, interagem, divertem, e fazem refletir. Seguindo a linha teatro de animação, o Teatro de Brinquedo, nascido de um grupo de jovens de Cuiabá, que estuda e se apresenta há oito anos, planeja um núcleo de pesquisa no SESC Arsenal, e apresentação em novembro no Festival Velha Joana em Primavera do Leste.

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Após oficinas ministradas pelo diretor da Cia Teatro Mosaico de Cuiabá, Sandro Lucose, em 2006, que também nomeou o grupo de Teatro de Brinquedo, os jovens começaram a estudar e montar suas próprias experiências teatrais. Com isto, em 2010, tornam-se independentes e iniciam o próprio trajeto. Coincidência ou não, o nome Teatro de Brinquedo batizado por Lucose, reflete o que o grupo trabalha agora: o teatro de animação.

“O Sandro deu o nome ao grupo, quando estreamos o primeiro espetáculo estudantil, em 2006 ainda! Devemos 80% do que somos a ele, que foi nosso mestre, nos ensinou a respirar, a falar, a nos mover em cena e, principalmente, conseguimos apreender o modo de direção dele, que é muito dinâmico e criativo”, contou Raquel Mützenberg, uma das atrizes-criadoras do grupo.

O teatro de formas animadas que trabalha com bonecos, máscaras, objetos, formas ou sombras, se tornou o foco destes jovens. “Na época que estudávamos teatro com o Sandro Lucose, tivemos um contato com Romeu e Julieta da Cia Mosaico, que é com bonecos. Acho que esta foi a primeira referência, uma sementinha de curiosidade. Porque trabalhar com bonecos é curiosidade, tem que testar, experimentar, mexer aqui e acolá”, disse.

Este processo começou com o Pequeno Príncipe, projeto aprovado pela Funarte Microprojetos na Amazônia Legal em 2010, e que resultou no primeiro espetáculo de bonecos do grupo, tendo sido apresentado para mais de cinco mil espectadores em 20 apresentações.

“Montar o Pequeno Príncipe, por exemplo, foi totalmente autodidata. Procuramos o Carlão dos Bonecos, e aprendemos alguns detalhes de confecção, mas a estrutura já estava pronta, ele mesmo disse que estávamos encaminhados”, lembrou Raquel.

Agora, para os projetos futuros o grupo já articula um núcleo de pesquisa no SESC Arsenal. Em novembro irão se apresentar no Festival Velha Joana em Primavera do Leste, em data a ser confirmada, com o espetáculo “Voadeira no Circo é Pipoca Estourando”, com bonecos e máscaras, que já foi apresentado no Fringe do Festival de Curitiba.

Voadeira no Circo é inspirado no balé Petrushka de Igor Stravinsky, em que um mágico malvado tem um circo de bonecos que adquirem vida. Na adaptação do Teatro de Brinquedo, a história conta a morte de Malafaias, que deixa um circo de bonecos como herança para a esposa Narcisa. Mas, Malafaias dá vida aos bonecos: Brutus, Fiorella e Pedrinho, que assim como na vida real, aprendem a amar e a odiar.

O Teatro de Brinquedo é composto por nove integrantes, entre atores, produtores, músicos, bailarinos, artista plástico, figurinista e cenógrafo.
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