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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Sonolência

Distúrbio pode pôr a vida em risco por fazer com que pessoas literalmente caiam de sono

Foto: Reprodução/Ilustração

O jovem Mike, interpretado pelo ator River Phoenix, protagoniza cena de um ataque de narcolepsia com cataplexia no meio de uma estrada, no filme 'Garotos de Programa', de 1991.

O jovem Mike, interpretado pelo ator River Phoenix, protagoniza cena de um ataque de narcolepsia com cataplexia no meio de uma estrada, no filme 'Garotos de Programa', de 1991.

Em um dia comum, Mike está em uma calçada aguardando o sinal de trânsito abrir para atravessar a rua, quando repentinamente é acometido por um súbito sono que mal consegue manter-se em pé. A cena descrita acima faz parte do filme Garotos de Programa, de 1991, e retrata um ataque de Narcolepsia acompanhada de Cataplexia. Doença que pode colocar a vida dos portadores em situações de risco constante. 

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Narcolepsia é uma doença ligada ao sono e ainda é pouco conhecida. Quem é portador dela possui uma sonolência excessiva a qualquer hora do dia e em situações inusitadas, como por exemplo, estar dirigindo um automóvel, operando máquinas ou cozinhando. Por isso, as pessoas que a possuem precisam ser assistidas com maior atenção.

Segundo cálculo do Centro de Narcolepsia da Universidade de Stanford, na Califórnia, a Narcolepsia acomete um em cada dois mil indivíduos. Ela não se trata de uma doença mental e sim um distúrbio do sistema nervoso, como explica a especialista em Medicina do Sono, Carolina Carmona, que trabalha na empresa Duoflex.

Segundo ela, o diagnóstico não é fácil de ser revelado e pode até levar anos para ser preciso. “A dificuldade em detectar o problema é que ele pode ser naturalmente confundido com uma preguiça excessiva, sonolência em demasia ou transtorno de atenção, ainda que a pessoa durma bem durante a noite”, explica.

Os especialistas que estudam os casos de Narcolepsia acreditam que o problema é causado por quantidades reduzidas de uma proteína denominada hipocretina, que é gerada no cérebro. Porém, não se sabe ainda o que leva o cérebro a produzir pouca quantidade desta substância.

Em quadros mais graves a Narcolepesia pode vir com agravante, a Cataplexia. Ela está relacionada ao enfraquecimento do tônus muscular, perda da força e controle e faz com que a pessoas não se aguentem em pé, ou seja, caia no sono.

Este é um dos sintomas comuns a todos os portadores, porém, além da cataplexia, existem outros sinais que podem aparecer como: a paralisia do sono, quando a pessoa acorda e não consegue se movimentar; fragmentação do sono, despertares noturnos; e alucinações hipnagógicas, que são sonhos vividos na transição do sono com a vigília. Nesse último sintoma, algumas pessoas podem até interagir com os sonhos o que pode colocá-las em situações constrangedoras.

Por causa da demora no diagnóstico, muitos portadores da doença são apontados como pessoas preguiçosas, além de ter problemas na carreira profissional. Dessa forma, a especialista avisa que é fundamental o apoio psicológico e a busca por tratamento.

Depois da descoberta da doença, sua evolução do quadro pode demorar aproximadamente dez anos, por essa razão, a especialista do sono recomenda que a pessoa adote uma rotina de horários regulares, evite perder sono durante a noite, e, sempre que possível, cochile de 15 a 20 minutos duas ou três vezes durante o dia, para facilitar o controle da sonolência diurna. Tudo isso acompanhado de um tratamento farmacológico indicado pelo médico que o acompanha.
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