Tipicamente brasileira, cheia de apelidos e inserida de forma intensa na história da alimentação no Brasil, a Cachaça foi tema de discussão em uma rodada de degustação durante o 18º Encontro Regional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso (Abrasel-MT), em Cuiabá, comandada pelo chef e cachacier (sommelier de cachaças) Mauricio Maia.

Segundo o cachacier, hoje a cachaça se iguala aos melhores destilados do mundo e é a terceira bebida destilada mais consumida mundialmente.

De acordo com a assessoria do evento, durante a degustação o sommelier de cachaças deu diversas informações interessantes sobre a bebida, uma delas é que, apesar do famoso apelido “branquinha”, a bebida pode apresentar tons diversos, que vão do transparente ao marrom escuro, dependendo do processo de envelhecimento.

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Cada tipo de madeira dá à cachaça uma coloração específica. Por ser envelhecida em diversas madeiras da flora brasileira (já existem mais de 36 catalogadas), à cachaça são conferidos cor, aroma e sabor diferentes.

“Quanto mais dura for a madeira, menor vai ser a troca entre ela e a cachaça. E, quanto mais porosa, maior e mais rápida a troca”, afirma Maurício Maia. As madeiras mais comuns são a umburana e o carvalho. “A primeira dá à cachaça um gosto leve e adocicado, e a segunda, um sabor maltado, que lembra o uísque”, disse.

Mauricio ainda comentou que há quem diga que a versatilidade da bebida é seu maior trunfo: aquece no frio e refresca no calor. “É possível bebê-la também com pedras de gelo. Com cuidado para que ela não gele demais, nem fique aguada com o derretimento do gelo”, ensinou.

O cachacier ainda explicou que uma boa cachaça tem aroma suave e sabor agradável, que envolvem os aspectos frutado, alcóolico, ácido e ardência. A pungência ou ardência verificada na cachaça não deve ser acentuada a ponto de irritar nariz, boca e garganta, é preciso equilíbrio, divulgou a assessoria do evento.