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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Turismo

Peregrinos da JMJ se apaixonam pelo Rio e planejam viagem de volta

O Brasil atinge nesta quinta-feira (5) o número recorde histórico de 6 milhões de turistas. Desde 2005, o país estava na marca dos 5 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). O local escolhido para comemorar a meta é o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, porta de entrada de quase 1 milhão de visitantes só em 2013.

Os eventos no Rio de Janeiro, como a Jornada Mundial de Juventude, em julho, ajudaram a divulgar a imagem da Cidade Maravilhosa para o mundo. Durante os seis dias do evento, milhares de peregrinos do Brasil e do Exterior visitaram a cidade. Na missa do último dia da jornada, 3,5 milhões de pessoas - entre brasileiros e estrangeiros - estiveram na praia de Copacabana, de acordo com o Ministério do Turismo. O número indica que foi a maior movimentação de visitantes em uma única cidade do país até aquela data.
E quem veio para a JMJ quer voltar ou ficou pela cidade para estudar, passear ou até buscar uma oportunidade de trabalho.

Felipe Carvalho, dono de um hostel, na Lapa, zona boêmia no Centro, contou ao G1 que, um mês após o encontro religioso, recebeu emails de jovens europeus que querem retornar ao Rio. "Eles são da Europa Oriental, principalmente Eslôvenia e Eslováquia, e me pedem para trabalhar em troca de moradia", disse. Segundo Carvalho, a maioria diz que deseja ficar alguns meses na cidade para conhecer melhor e experimentar a cultura do país.

Um desejo que a jornalista espanhola Ana Veciana, de 26 anos, já realizou. Ela chegou ao Rio em janeiro e se credenciou no trabalho voluntário para a jornada. Depois, decidiu continuar e arrumou emprego como correspondente para uma televisão mexicana e um jornal na Colômbia. "Vim pela primeira vez com meus pais para o reveillon de 2003 e me apaixonei. Com a crise econômica no meu país decidi mudar de vida e viver uma experiência nova com os brasileiros", revelou.

Ana só está dividida porque o namorado economista ficou em Barcelona, onde tem um emprego estável em uma multinacional. Ela diz que vai encontrá-lo no Natal e tem esperança de que ele consiga negociar uma colocação na filial da empresa em São Paulo, e venha para o Brasil. Mas se ele não vier, ela está disposta a continuar por aqui. "Eu tenho certeza de que até o Mundial eu fico aqui e depois vamos ver o que vai acontecer", afirmou.

Vista do Cristo Redentor com a Baía de Guanabara ao fundo (Foto: Marcos Teixeira Estrella/TV Globo)
O G1 conversou por e-mail com a polonesa Aleksandra Szymczak, que mora em Varsóvia, mas viveu no Rio durante um ano e também participou da JMJ. Ela disse que já tem data para voltar àquela que considera a sua segunda cidade e o lugar com que sempre sonhou. Aleksandra estudou português e fez uma monografia na universidade sobre o Rio de Janeiro. "Não faço ideia de quanto tempo vou ficar na próxima viagem. Planejo voltar não só uma mas várias vezes. Tenho meus projetos de colaboração cultural e na área de cinema entre Polônia e Brasil", revelou.

Quem já está de passagem marcada para retornar ao Rio é o inglês James Kelliher. Ele se programou para passar o Ano Novo na cidade e vai esticar por cerca de duas semanas. Segundo James, a saudade dos amigos, o calor e o amor que viu aqui durante a JMJ são os principais motivos para o retorno. Ele faz críticas ao sistema de transportes e aos altos preços de roupas e artigos de tecnologia, e reclama da falta de infraestrutura. Mas afirma que tudo isso é compensado pelas belezas naturais. E termina dizendo que sente falta do guaraná e da broa de milho que classifica como "espetaculares".
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