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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Orgasmo ajuda a prevenir doenças, mas mitos sobre a libido feminina podem dificultá-lo

Foto: Reprodução / Ilustração

Orgasmo ajuda a prevenir doenças, mas mitos sobre a libido feminina podem dificultá-lo
Quando o tema é sexo, a curiosidade e interesse são grandes. Mas o que poucos sabem é que um orgasmo, além de ser, como descrevem alguns cientistas, “um sinfonia no cérebro” ou “show de fogos de artifício”, também ajuda a prevenir doenças físicas e mentais.

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A psicanalista espanhola especializada em sexo, Magdalena Salamanca, informou à BBC que a ausência de prazer sexual pode provocar doenças e transtornos mentais. Ela ainda alerta que muitos problemas profissionais e sociais estão ligados à insatisfação sexual. A ansiedade, por exemplo, é um dos transtornos que mais está relacionado à ausência de orgasmo.

Outros estudos mostram que a descarga de muitas tensões que o ser humano acumula acontece no momento do orgasmo. Cientistas da Universidade de Rutgers explicam que o orgasmo ativa mais de 80 regiões diferentes do cérebro.

Em um experimento que monitoraram a atividade cerebral de uma mulher de 54 anos enquanto ela tinha um orgasmo, viram que quase todo o cérebro se torna amarelo, indicando que o órgão está praticamente todo ativado.

A pesquisa mostrou como a atividade cerebral iniciada pelo orgasmo se propaga por todo o sistema límbico, relacionado às emoções e à personalidade.

No entanto, vários estudos publicados nas últimas décadas afirmam que uma grande procentagem de mulheres nunca teve um orgasmo. Na Universidade do Texas, Estados Unidos, uma pesquisa concluiu que 40% do público feminino passará a vida toda sem um orgasmo causado por penetração.

Muito desta insatisfação sexual se deve aos mitos que circundam a libido e orgasmo feminino.

Veja alguns deles:

Toda mulher tem problemas de libido?

Poucas pessoas ainda acreditam nessa afirmação, que realmente é um mito. Mas isso não significa que muitas mulheres não sofram com esse problema. O aspecto social tem influência muito grande sobre a sexualidade de todos e a mulher muitas vezes ainda tem que fingir que não gosta de sexo

Além disso, muitas mulheres podem apresentar problemas de libido esporadicamente, como, por exemplo, logo após a gravidez e na menopausa.

O homem sempre gostará mais de sexo do que a mulher?

Esse é um mito, mas com razão de ocorrer. Biologicamente a substância ligada ao desejo sexual é a testosterona, também conhecida como hormônio masculino, já que o homem a apresenta em quantidade cerca de vinte vezes maior do que a mulher.

Mas para os especialistas o fator social tem um peso muito maior nesse ponto também. Historicamente, apenas os homens tinham permissão para viverem a própria sexualidade, pois isso eles expressam melhor seu desejo, mas isto não significa que eles gostem mais de sexo.

A mulher pode perder ou conquistar a excitação durante o sexo?

Verdade! Enquanto os homens tem uma progressão mais linear durante o sexo, a mulher está mais suscetível a perder ou até mesmo conquistar a excitação a qualquer momento durante o ato.

Nesse aspecto é importante que o parceiro não pense apenas nos órgãos genitais e invistam em estímulos em outras zonas erógenas do corpo feminino, que variam em cada mulher.

Masturbar-se com ou sem vibradores pode atrapalhar o prazer com o parceiro?

Eis um grande mito. Conhecer seu corpo é a melhor forma da mulher sentir mais prazer durante o sexo também. A mulher que se toca é aquela que se conhece, que sabe como fazer para obter satisfação sexual. Mas, normalmente, esse tipo de mito se cria porque há um tabu em torno masturbação feminina.

É claro que masturbar-se tem suas vantagens: o vibrador segue o desejo da mulher e sempre será usado quando ela sentir necessidade, não tem as vontades e às vezes o egoísmo do parceiro.

A fase em que as mulheres têm maior desejo sexual é aos 30 anos?

Depende. A casa dos 30 anos é muitas vezes chamada de "idade da loba", e dizem ser a época do auge sexual feminino. Isso foi estabelecido a partir de um estudo de 1956, mas continua sendo repetido até hoje.

A ideia principal é que nessa faixa etária a mulher já teria tido filhos, saído de algum relacionamento mais longo e estaria mais amadurecida com a própria sexualidade.

Provavelmente dizem isto porque aos 30 elas ainda possuem vigor físico e ao mesmo tempo maturidade suficiente para se desprender de questões que impossibilitam uma vivência sexual satisfatória.

De fato, a experiência ajuda as mulheres a terem mais prazer sexual. Aos vinte anos o emocional e a descoberta ainda são mais preponderantes na relação da mulher com o sexo, ela ainda está experimentando e vendo do que gosta e do que não gosta. Porém, o mais importante de se ressaltar é que isso nem sempre é válido, e mesmo depois dos 30 anos é possível ter uma vida sexual plena e satisfatória.
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