Quem nunca sofreu com as ‘rebeldias’ do seu cão, que atire a primeira pedra. Móveis roídos, sapatos destruídos, roupas rasgadas, xixi e cocô feitos fora do lugar, agressividade e latidos em excesso, hiperatividade, falta de sociabilidade e comportamentos demasiadamente humanos são alguns dos exemplos que podem ser resolvidos com o adestramento do animal, segundo o adestrador e proprietário da Faculdade dos Cães, Otniel Correa.

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Segundo ele, que já ajudou famosos como Betty Gofman, Carol Castro, Fiorella Mattheis, Marco Antônio Gimenez, Maurício Mattar e Anderson Müller a treinarem os cães deles durante o quadro Cachorrada VIP, do Domingão do Faustão, antes de adestrar qualquer animal, é necessário o educar e treinar o dono.

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“Tudo em excesso faz mal e cachorro não gente, apesar da gente amá-los do mesmo jeito. As pessoas acabam humanizando demais os cães, daí o que acontece é que eles passam a agir como se nós fossemos cachorros também e, nós, passamos a pensar como se gente eles fossem. Muita gente me procura por que seus animais têm problema de comportamento: morde, pula. Tudo isso é causado justamente pelo fato de o animal não conseguir diferenciar quem ele é”, explica.

O adestrador afirma que os cães têm capacidade para aprender durante a vida, mas o ideal é que comecem os exercícios de adestramento a partir do primeiro mês de nascidos. Entre o primeiro e quarto mês de vida eles passam pela fase de’ imprint’, onde absorvem mais rapidamente todas as impressões que vão que levar ao longo de sua vida. “Nesta fase você imprime nele aquilo que quiser e ele absorve tudo com muito mais facilidade”, afirma.

Otniel aprendeu o ofício de adestrador com o pai, mas posteriormente se especializou no método Siborg de adestramento. Nesta técnica o animal a faz exercícios junto com seu dono e somente depois que aprende a mecânica de cada movimento, aprende os comandos (senta, deita, fica, junto).

“Usamos motivações para reforçar o comportamento desejado do cão, que incluem petiscos, brincadeiras e objetos. Com eles vamos reforçar os estímulos positivos e negativos. Por exemplo, associar um som que incomode o animal todas as vezes em que ele fizer xixi no lugar errado , posteriormente, gratifica-lo com um petisco quando fizer no lugar certo. Assim ele vai gostar de fazer apenas no lugar ensinado”, explica.

Segundo Otniel, repreender com agressividade, bater, nunca é a melhor saída para educar. “Isso não é educação. De que adianta um cachorro que até faz o que você manda, mas é triste? Estressado? Fica com medo ao ouvir o som da sua voz? O cão tem achar que é uma brincadeira e executar os exercícios passados pelo adestrador com alegria e com treinamento se consegue isso”, diz.

Para finalizar ele lembra que cães adestrados são mais felizes. “Quando você retira dos animais os comportamentos que incomodam o dono, ele se sentir mais à vontade para deixa-lo mais próximo às pessoas, vai sentir mais prazer em sair pra passear com o cão para passear, para brincar e isso acaba fazendo o animal amais feliz”, finaliza.

O adestramento funciona de duas maneiras: quando o dono do cão mora longe, o animal pode ficar em regime de internato com o adestrador, que depois terá que treinar o proprietário do animal para repassar os comandos a ele. A segunda maneira e, segundo Otniel a mais eficiente, é que o adestrador vá ao habitat do animal, observe os hábitos da família e ensine o dono a fazer os exercícios para corrigir os desvios de comportamento no ambiente dele.

Os valores para esse tipo de consultoria são a partir de R$ 400. Tudo depende de quantas vezes o treinador visita a residência e do tipo de treinamento que a o dono requisita. Maiores informações sobre adestramento podem ser obtidas pelo telefone 99132253.

Dicas para que seu cão te obedeça:

Os cães são sensoriais e com tal, primeiro se ligam na postura do dono, depois nos gestos, para posteriormente a isso obedecerem um comando de voz. Ou seja, vale muito a sua postura perante ele e os seus gestos corporais do que gritos de repreensão e comandos.