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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Kenneth Branagh relança saga do espião Jack Ryan em novo filme

Jack Ryan, o espião americano criado pelo escritor Tom Clancy, retorna ao cinema interpretado por Chris Pine e sob a direção do britânico Kenneth Branagh, em uma história original que busca "a síntese entre a tradição e a modernidade".
"Operação Sombra: Jack Ryan" (no original, "Jack Ryan: Shadow Recruit"), que estreia nesta sexta-feira (17) nos Estados Unidos e no dia 24 de janeiro no Brasil, é o quinto filme do célebre agente que já foi interpretado por Alec Baldwin, Harrison Ford e Ben Affleck.
Diferentemente dos quatro filmes anteriores – "A caçada ao outubro vermelho" (1990), "Jogos patrióticos" (1992), "Perigo imediato" (1994), "A soma de todos os medos" (2002) –, esta quinta versão não é uma adaptação direta de um livro de Clancy.
"O autor concordou em nos deixar criar algo original, aproveitando elementos de todos os seus romances", explicou à AFP Kenneth Branagh. "Há muitos detalhes, em todos os livros, sobre o que os personagens fazem e suas características."
"Ele foi muito generoso neste sentido", acrescentou o diretor, que dedicou o filme ao autor de 100 milhões de livros vendidos, que morreu em outubro aos 66 anos.
Os aspectos fundamentais do universo de Jack Ryan foram respeitados: o espião é um ex-marine ferido em combate, contratado pela CIA em seu regresso à vida civil, e o inimigo dos Estados Unidos continua sendo a Rússia, mas já não há Guerra Fria.
"Precisávamos criar uma ligação entre o DNA original do mundo de Clancy, ancorado na Guerra Fria (...), com as novas tensões existentes entre Estados Unidos e Rússia, com novas questões em jogo e novos perigos", destacou o cineasta britânico.

No século XXI, Jack Ryan, interpretado por Chris Pine (o novo capitão Kirk de "Star Trek" e "Além da escuridão: Star Trek"), precisa enfrentar um oligarca russo que quer dinamitar a economia americana, combinando um ataque terrorista e movimentos financeiros gigantescos.
Em sua missão, contará com a ajuda de sua companheira Keira Knightley e seu 'mentor' Kevin Costner.
'Eu venho de um universo bastante clássico, que tenta alcançar uma síntese entre a tradição e a modernidade', afirma Branagh, que também se sentiu confortável com Shakespeare ('Muito Barulho por Nada', 'Hamlet'), óperas ('A Flauta Mágica') e filmes de super-heróis ('Thor').
Ator incansável, Branagh reservou para si mesmo o papel do oligarca russo Viktor Cherevin, com um forte sotaque e algumas frases na língua de Lermontov, a quem faz referência em uma cena com Keira Knightley.
"Uma das coisas que é diferente neste personagem é que ele sabe que vai morrer, então ele já está em outra realidade", observou. "Ele tem um profundo sentimento de dor pessoal. A seu ver, é um patriota e acredita que os Estados Unidos traíram o povo russo", declara.
"Ele também tem um senso de história e é implacável. Traz com ele uma coisa muito perigosa. Não tem nada a perder, o que dá um peso diferente para a história", acrescenta.
Para o cineasta, o filme não pretende "celebrar a violência ou os Estados Unidos, ou denegrir os russos". É uma reflexão sobre o patriotismo: "O que quer dizer ser patriota para Jack, um homem que faz perguntas e reflete? E para Viktor e sua forma torta e defeituosa?".
De acordo com ele, o público irá se identificar com Jack Ryan, que é "acessível, afável, gentil. Tem um ar comum. Desde o início, queremos segui-lo", considera. "Ele age com a coragem que gostaríamos de ter."
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