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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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mamãe eu quero!

Relembre 10 marchinhas de Carnaval memoráveis que marcaram época e são reproduzidas até hoje

Foto: Reprodução

Relembre 10 marchinhas de Carnaval memoráveis que marcaram época e são reproduzidas até hoje
Nada remete mais ao carnaval do que as tradicionais marchinhas. Diferentemente do frevo e do samba - de caráter popular -, as marchinhas de carnaval surgiram como ritmo executado prioritariamente nos salões cariocas do final do século 19. Elas tiveram sua ascensão ao mesmo tempo em que a classe média aumentou sua participação nos carnavais de rua. O reinado das marchinhas durou 4 décadas: de 1920 a 1960, elas embalavam o carnaval brasileiro. A partir dessa década, os sambas-enredo tornaram-se a principal referência dos dias de folia. O Guia dos Curiosos fez uma lista para relembrar 10 marchinhas memoráveis:

1. Ó Abre Alas

Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar


"Ó Abre Alas" foi a primeira música composta especificamente para um bloco de carnaval. Quem escreveu a marchinha foi Chiquinha Gonzaga, em 1899.

2. Allah-la-ô

Allah-la-ô
Mas que calor, ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O Sol estava quente e queimou a nossa cara


Filho de imigrantes libaneses, o compositor e desenhista Antonio Gabriel Nássara nasceu no dia 11 de novembro de 1910, no Rio de Janeiro. Sua marchinha mais famosa, "Allah-la-ô", foi escrita em parceira com Haroldo Lobo em 1941.

3. O Retrato do Velho

Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
O retrato do velhinho faz a gente trabalhar


Haroldo Lobo escreveu, em 1951, a marchinha "O Retrato do Velho", inspirada no hábito de Getúlio Vargas de pendurar retratos seus nas repartições públicas. Interpretada por Francisco Alves, a música não agradou Getúlio, que odiava ser chamado de velho.

4. Cabeleira do Zezé

Olha a cabeleira do Zezé!
Será que ele é? Será que ele é?
Será que ele é bossa nova?
Será que ele é Maomé?
Parece que é transviado mas isso eu não sei se ele é


A inspiração para a marchinha surgiu no bar São Jorge, em Copacabana, Rio de Janeiro. Um dos garçons, apelidado de "Zezé", tinha cabelos compridos - uma ousadia em 1963 - e ainda por cima flertou com a namorada do compositor João Roberto Kelly, que - em parceria com o amigo Roberto Faissal - transformou a "cabeleira do Zezé" em música.

5. Jardineira


Oh! Jardineira por que estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu?
Foi a Camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu


Seu compositor, Benedito Lacerda, era flautista e policial militar. Humberto Porto, que também assina a composição, era estudante de Medicina. Composta em 1938, a música apareceu na comédia musical "Banana da Terra" (1939), que tinha no elenco Carmen Miranda, Oscarito e Emilinha Borba.

6. Chiquita Bacana

Chiquita bacana lá da martinica
Se veste com uma
Casca de banana nanica


A marchinha é uma das obras de Braguinha, o mais célebre compositor desse gênero musical. O artista também trabalhou nas versões brasileiras de músicas dos desenhos da Disney "Branca de Neve e os Sete Anões", "Pinocchio", "Dumbo" e "Bambi".

7. Mamãe Eu Quero

Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebê não chorar


José Luís Rodrigues, o "Jararaca", nasceu no dia 29 de setembro de 1896, em Maceió, Alagoas. A música foi lançada pela primeira vez em janeiro de 1937. Nos anos 40, ela foi traduzida e lançada no mercado norte-americano nas vozes de Bing Crosby e Carmen Miranda. A "pequena notável" cantou a música de Jararaca e Vicente Paiva no filme "Serenata Tropical" (1940), indicado ao Oscar em três categorias técnicas (Melhor Fotografia, Direção de Arte e Melhor Trilha Original). O compositor morreu no Rio de Janeiro, no dia 8 de setembro de 1977, aos 81 anos.

8. Máscara Negra


Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão


Gravada pela primeira vez em 1967, a marchinha "Máscara Negra" foi sucesso em uma época que as músicas tradicionais do Carnaval estavam saindo de moda. Sua autoria é disputado pelos músicos Zé Keti e Pereira Mattos, que processou o primeiro por plágio. José Flores de Jesus, o "Zé Kéti", nasceu no dia 16 de setembro de 1921 no Rio de Janeiro e morreu no dia 14 de novembro de 1999, aos 78 anos.

9. Teu cabelo não nega

O teu cabelo não nega mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega mulata
Mulata eu quero o teu amor


A marchinha - uma adaptação da composição "Mulata", dos irmãos pernambucanos João e Raul Valença, - foi gravada em 1932 por Lamartine Babo. Lamartine de Azeredo Babo nasceu - no dia 10 de janeiro de 1904 - e morreu na cidade do Rio de Janeiro, aos 59 anos, no dia 16 de junho de 1963.

10. Quem é o tal

Quem é que usa cabelinho na testa
e um bigodinho que parece mosca
Ê ê ê ê palhaço

Quem tem um G que representa a glória
quem tem um V que ficará na história
Com seu sorriso que nos dá prazer
Ê ê ê ê vitória


Até Adolph Hitler inspirou a composição de marchinhas. A letra acima, de autoria de Ubirajara Nesdan e Afonso Teixeira, é uma clara referência ao ditador nazista. Já o G e o V são uma menção a Getúlio Vargas, que instituiu no país o Estado Novo.
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