Ela já vem para quebrar um jejum de 14 anos, e o tema da exposição revela bem o que haverá para se ver a partir desta quinta-feira (13) às 19h: “Só gosto quando tem cor, tem cura doutor?”. A artista plástica Rita Duarte traz mais de 23 obras inéditas para apreciação do público que poderá ver a exposição pelo período de 40 dias, a partir do dia 13, na Casa do Parque em Cuiabá.

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"Senti o prestígio sobre o meu trabalho quando fui convidada para abrir o ano da Casa do Parque. Começamos dois mil e catorze com o pé direito”, comemorou Rita, que há 25 anos escolheu se dedicar às telas com suas marcantes
pinceladas multicoloridas.

A artista disse só ter aceitado realizar a exposição porque seria na Casa do Parque. “Aquele é um lugar muito bonito, elegante, bastante contemporâneo, com boa iluminação e todos os quesitos que atendem a uma exposição de qualidade”.



A idealizadora da Casa do Parque, Flávia Salem, está entusiasmada com a nova etapa. “Abrimos a temporada 2014 de exposições em grande estilo. As obras da Rita Duarte possuem o colorido e a grandeza perfeitos que dialogam com a arquitetura da nossa galeria e da Casa como um todo. Esta mostra com certeza vai encantar o publico”, observou.

E o local onde Rita trabalha é tão característico quanto as peças que compõe. A casa na Rua Cândido Mariano, de ladrilhos metálicos que compõe a idade e história do local, recebem agora respingos de arte, extensões dos traços da artista.

Assim como o chão, as mãos e quase todo o espaço são tomados pelas cores que a artista retrata em suas telas.
O ateliê foi montado no quintal. Isso acontece porque a artista aprecia a iluminação, o dia, o sol e o trabalho ao ar livre. “O exercício do trabalho é dinâmico e a influência externa é refletida no meu trabalho no ateliê”, descreve.

O trabalho de Rita Duarte caracterizado pelo abstracionismo é reinventado com elementos de pop arte, figurativo, e técnicas mistas com intervenção na imagem e muita cor, elementos que levaram ao batismo da exposição.

As várias fases vivenciadas na carreira culminando com o atual “colorido” se dão porque Rita enjoa e não consegue fazer “mais do mesmo”.

A artista recorda o caminho percorrido desde a formação na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde residiu por 18 anos e fez a primeira exposição na Galeria da Caixa Econômica Federal aé as recentes e premiadas participações em decorações de ambientes, como o Casa Cor e Morar Mais.

E o início que marcou a carreira de Rita é para onde a artista se sente retornando com a atual exposição. “Apesar dos elementos diferentes, existe muita presença nesses trabalhos dos turquesas, carmim, um quase barroco que eram presentes nas minhas fases iniciais”, relata a artista plástica.

Premiações - O extenso currículo marcado por diversos cursos, exposições e a presença de peças em acervos internacionais como o Citibank em Londres, culminaram em 2013 com a vitória no evento Morar Mais Nacional. O ambiente das arquitetas Carla Almeida e Anelise Pastorello ganhou mais identidade com uma das obras de Rita. O trio se prepara agora par receber a premiação no Salão Internacional do Móvel de Milão o Saloni.

(Com assessoria)