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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Castro Alves vivia para a dor e se tornou Dia Nacional da Poesia que será marcado com Sarau na Casa Silva Freire

Foto: Reprodução

Castro Alves vivia para a dor e se tornou Dia Nacional da Poesia que será marcado com Sarau na Casa Silva Freire
Eu já não tenho mais vida/ Tu já não tens mais amor/ Tu só vives para o riso/ Eu só vivo para a dor.

O poema é de Antônio Frederico de Castro Alves, o poeta brasileiro que deixou órfão o país aos 24 anos de idade e para homenageá-lo, no dia do seu aniversário comemora-se o Dia Nacional da Poesia, em 14 de março. Em Cuiabá, para que a data não passe despercebida, a Casa Silva Freire, que fica na Praça da Mandioca, realiza um sarau poético na sexta-feira (14) às 18h. Acompanhe o evento pelo Facebook, AQUI.

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A homenagem não é sem sentido, afinal, com apenas 22 anos em sua breve vida, Castro Alves escreveu o poema “O navio negreiro” escrito em 18 de abril de 1869, e revela a extrema sensibilidade de sua alma inquieta que não aceitava as injustiças que vivenciava. Foi conhecido como o “cantor dos escravos” ou poeta dos negros.

"São os filhos do deserto,/ Onde a terra esposa a luz./ Onde vive em campo aberto/ A tribo dos homens nus.../ São os guerreiros ousados/ Que com os tigres mosqueados/ Combatem na solidão./ Ontem simples, fortes, bravos./ Hoje míseros escravos, / Sem luz, sem ar, sem razão...", trecho de Navio Negreiro.

Era um entusiasta das causas da liberdade e da justiça, o papel da imprensa, e a luta contra a escravidão. Castro Alves é o patrono da cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras.

Suas principais obras são: "Espumas Flutuantes", "A Cachoeira de Paulo Afonso" e o drama já mencionado "Gonzaga ou a Revolução de Minas". Ao livro "Os Escravos" pertencem "Vozes d'África" e "O Navio Negreiro", considerados os dois poemas mais representativos de sua obra.

Em Cuiabá, o contraste da poesia será revelado não apenas pelos gigantes brasileiros, como o próprio Castro Alves, mas também pelos nomes regionais que até hoje, marcam esta terra. Silva Freire é apenas um dos nossos gigantes mato-grossenses, com uma poesia ousada mesclada com a arte visual, foi um poeta de vanguarda.

Brindemos à poesia então, relembremos nossos nomes como Silva Freire e o poeta de La transmutación, Antônio Sodré. E para encerrar, deixo com os leitores, um humilde poema que fiz em homenagem a este dia, que deve invadir os corações e mentes para deixar fluir o sentimento.

“Vi um olho
Dentro de um poema
Que se fechou
Em poesia”.

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