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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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no sesc arsenal

Retalhos da década de 80 estão dispostos em livro "Cuiabália" de Hélio Pimentel que será lançado hoje

Foto: Reprodução

Helio Pimentel com a dupla Nico & Lau

Helio Pimentel com a dupla Nico & Lau

“Cuiabália'' foi o nome escolhido pelo jornalista e escultor Hélio Pimentel para agrupar cerca de uma centena de trabalhos avulsos publicados na imprensa local, a partir da década de 1980, quando chegou a Cuiabá. Realizado por meio do Programa de Apoio à Cultura (Proac), da Secretaria Cultura de Mato Grosso (SEC), o lançamento do livro será nesta sexta- feira (28), às 20h, no Sesc Arsenal.

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A obra conta com o artista plástico Marcelo Velasco que assina a capa e a casa publicadora a Entrelinhas Editora. O autor tem profunda admiração por Cuiabá, e isto explica o seu entusiasmo pela expressão que elegeu para o título do seu novo trabalho. “‘Seja ele bem-vindo e auspicioso em nossos meios culturais.”

Essas palavras apresentam o livro de crônicas do poeta e foram escritas em 14 de junho de 1990, por Luís-Philippe Pereira Leite, historiador, escritor, advogado, cartorário e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil e de Mato Grosso. O que o historiador não contou é que ''Cuiabália'' é o nome da filha de Hélio Pimentel e título de uma bela canção que ele gravou em homenagem a Cuiabá.

"O tempo passou com uma velocidade incrível, mas as crônicas permaneceram intactas e, de certa forma, atuais, uma vez que os problemas continuam. Retomamos o projeto e enfim, em forma de livro", explica o autor.

"Nos anos 80 do século passado vivíamos em constantes dificuldades com referência à preservação de bens móveis e imóveis dentro da temática Patrimônio Histórico, originando aí a nossa indignação. Alguma coisa mudou neste um quarto de século, porém há ainda muito por fazer para incentivo à preservação e conservação do que restou deste patrimônio”, alerta Hélio Pimentel.

Porque demorou tanto tempo para o livro ser publicado? A editora do livro, Maria Teresa Carrión Carracedo, tem uma explicação: "são os descaminhos do setor cultural mato-grossense, onde a falta de parâmetros provoca uma poluição quase insuportável a todos os nossos sentidos, invertendo valores. Só agora essa falha foi reparada e o atual conselho de Cultura considerou importante publicar o livro."

E com a palavra, o autor de Cuiabália

“Os prados que me viram nascer estão em Minas Gerais! Uma pequena cidade chamada Córrego do Bom Jesus! Nesta cidade nasci, cresci e vivi até os meus trinta e três anos! Quase tudo o que sei foi em Córrego que aprendi. Foi ali que descobri em mim o dom da arte, tanto na literatura quanto nas artes plásticas e na música. [...] Nas artes plásticas aprendi a restaurar esculturas sacras, a esculpir em madeira, argila e outras matérias-primas.

Herdei do meu pai – o alfaiate/artesão Sebastião Ferreira Pimentel –, o dom da música (ele tocava violão). Descobri que era capaz de tocar não só violão, mas também outros instrumentos, como sanfona, teclado, cavaquinho, guitarra, baixo tuba – com algumas noções sobre bandolim –, e o meu instrumento predileto, a viola caipira [...]

Descobri que era capaz de fazer versos e musicá-los; descobri que podia ser um compositor. “Com o tempo fui me aperfeiçoando, amadurecendo, e realmente me considero, hoje um compositor e um poeta”.

Hélio Pimentel


(Com assessoria)

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