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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Cáceres e Tangará da Serra lotam Casa Barão de Melgaço para prestigiar novo imortal; Veja fotos

Foto: Stéfanie Medeiros

Cáceres e Tangará da Serra lotam Casa Barão de Melgaço para prestigiar novo imortal;  Veja fotos
A Casa Barão de Melgaço, como tem acontecido muito nos últimos meses, estava mais uma vez em festa nesta quarta-feira (30). Mas esta era um tanto quanto especial. Depois de Ivens Cuiabano Scaff ter tomado posse em março, agora era a vez do professor, escritor e pós-doutor em literatura, Agnaldo Rodrigues da Silva, sentar-se oficialmente na cadeira número 10.

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Por volta das 20h, a cerimônia ainda não havia começado, mas os convidados circulavam pela área externa do casarão conversando, bebericando drinks coloridos – ou vinho - e sorrindo. Era como uma cena de filme: As luzes, a decoração, as pessoas... A área externa da Casa era realmente um sarau literário com toque parisiense. Mas ainda assim, tinha algo diferente, algo extremamente brasileiro circulando por aqueles salões e quintais.



Não digo “mato-grossense”, mas sim “brasileira”, pois ali naqueles salões celebrava-se a construção intelectual e literária de um país inteiro, não apenas de um estado. Sim, a festa era brasileira e transbordava com aqueles que andavam, esperavam sentados na mesinhas lendo ou conversando, e, em geral, confraternizavam. Alguns ainda aproveitaram a oportunidade para visitar a exposição com as fotografias de Rai Reis e painéis com a história da Academia Mato-Grossense de Letras (AML) em uma das salas, que ficou o tempo todo aberta ao público.

A solenidade que prometia seriedade começou com leveza, suavidade e um ambiente agradável. E então, começou a cerimônia. A mesa de honra foi composta: No centro, o presidente da AML, Eduardo Mahon. Também estavam presentes o reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), José da Silva, o secretário de Cultura de Cuiabá, Alberto Machado, o secretário adjunto de Cultura de Cuiabá, José Paulo Traven, o representante da Secretaria de Estado de Cultura, Raul Fortes, e o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT), Vinícius de Carvalho Araújo.



Na platéia, via-se em peso estudantes de Cáceres e Tangará da Serra que, para prestigiar seu professor, fizeram caravanas para chegar à Cuiabá. “Jovens ocupando a platéia garante o futuro da Academia”, disse Mahon ao declarar o início da cerimônia. E então, o novo acadêmico, acompanhado por três outros imortais, foi chamado para compor a mesa.

Assinando o livro de posse, Agnaldo oficialmente tornou-se um membro da AML, sentado na cadeira número 10, cujo patrono é Prudêncio Giraldes Tavares de Veiga Cabral e o último ocupante, Corsíndio Monteiro da Silva. O discurso de recepção foi proferido pelo acadêmico Sebastião Carlos Gomes de Carvalho.



“Este sodalício recebe nesta noite engalanada um homem que acordou cedo para o trabalho. Com efeito, Agnaldo Rodrigues da Silva madrugou no labor intelectual”, disse Sebastião em seu discurso. Logo após, seguindo a tradição, já envolto pela pelerine azul com o brasão da casa, Agnaldo levantou-se para compartilhar com seus amigos, colegas e alunos suas palavras.

“Sinto-me alegre por compartilhar este momento com cada um de você que prestigiam esta solenidade”, disse Agnaldo. Eu seu discurso, lembrou de sua cidade, de seus tempos de estudante e das pessoas de Cáceres. “Os cacerenses mais antigos ainda se referem a mim com a expressão ‘aquele menino’, como se o tempo não tivesse passado”. E na platéia, os olhos que vieram das margens do rio Paraguai brilhavam de orgulho e emoção do “menino” e mais uma de suas conquistas.



O discurso de Agnaldo, como ele mesmo lembrou em um trecho, a todo o momento recorre à educação. Em entrevista com o Olhar Conceito no dia anterior à posse (clique AQUI), o escritor contou que foi na faculdade que se apaixonou pela literatura, pela escrita e pelas ciências humanas. E, na sua posse, relembrou este fato. “Os grilhões que me prendiam na ignorância foram rompidos pela Educação. Educação que liberta, ilumina consciências, dissipa trevas de civilizações inteiras, transformando o mundo para melhor”.

E neste tom, a festa seguiu-se e a cerimônia foi finalizada. E a academia passou a agregar em seu legado mais um literato mato-grossense, com produção atual de mais de 30 livros e um futuro inteiro pela frente.
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