“Você não precisa ir para Nova York ou Paris para fazer arte universal. O mundo é redondo e qualquer ponto é um ponto”, declara Aline Figueiredo, idealizadora e curadora do Museu de Arte e Cultura Popular (MACP), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A partir desta terça-feira (10), o MACP estará de portas abertas com exposição “Percurso” que trará 35 artistas plásticos conhecidos nacionalmente.

Leia mais: "Caravana" levará turistas para conhecer pontos culturais de Cuiabá durante a Copa

A exposição foi concebida para comemorar os 40 anos do MACP, que serviu de nascedouro para artistas como Nilson Pimenta, Adir Sodré, Benedito Nunes, Germani de Paula e Marcelo Velasco. A mostra estará aberta durante a tarde, 13h30 às 17h30, no período dos jogos da Copa do Mundo, em Cuiabá, inclusive aos sábados e domingos. A exceção será no feriado de Corpus Christi no dia 19.

Enquanto alguns artistas montavam suas obrar no MACP, nesta quinta-feira (05), Aline Figueiredo vivenciava um extasse de emoção. Há 40 anos a frente do museu, ela vê sua história se misturar com ao do museu. “Desde os anos 60 a nossa arte luta com a ideia de vencer a província e o academismo, e, trazer uma novidade contemporânea. Todos os nossos artistas conseguem trazer essas características contemporânea e tradicional”, conta Aline.

A curadora explica que para a montagem da mostra foi levado em consideração os dois caminhos que a os artistas mato-grossenses traçam, da pintura e o experimental. “Vocês podem ver que praticamente todos têm óleo sobre tela e depois também experimentos como Gervani. Todos eles têm uma experimentação de suporte que dá toda uma tônica de arte Contemporânea”, detalha.

Maestro da orquestra da UFMT e também Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev -UFMT), Fabrício Carvalho, acompanhou de perto a montagem do cenário de exposição o qual ajudou em sua concepção. Para ele, o proposito de “Percurso” é de Desmistificar um espaço tido como nobre e de poucos para um espaço popular de integração.
Manter o museu aberto e colocar uma exposição gostosa de você entender, com artistas de Mato Grosso de alta relevância nacional, é desmistificar o acesso à arte.

Fabrício Carvalho também ambiciona a exaltação da arte cuiabana em outros países com o lançamento do catalogo do Museu construído em três línguas. “A gente quer Cuiabá seja conhecida e referenciada no mundo todo e aproveitar esse momento [da Copa] para colocar a arte e a cultura numa plataforma muito maior”, vaticina.

Percurso

Participam da mostra coletiva os artistas de Mato Grosso Adão Domiciano, Adir Sodré, Almira Reuter, Aleixo Cortez, Antonio Carlos Batista, Benedito Nunes, Carlos Lopes, Clovis Irigaray, Dalva de Barros, Elieth Gripp, Gervane de Paula, Gonçalo de Arruda, Herê Fonseca, Humberto Espínola, João Sebastião, Jonas Barros, José Pereira, Julio Cesar, Lara Matana, Luis Segadas, Marcelo Velasco, Marcio Aurélio, Mary Bueno, Mató, Miguel Penha, Monica Lobo, Nilson Pimenta, Paulo Pires, Regina Pena, Roberto de Almeida, Sebastião Silva, Vitória Basaia, Valques Rodrigues, Wander Melo.

Participa também a artista sul-mato-grossense Ana Ruas, com o painel da fachada do MACP e Centro Cultural com 264m², intitulado “Percurso”.